Na
batalha de Lepanto: A vitória salvadora.

Mas, apesar da bravura dos
soldados de Cristo, a numerosíssima frota do Islã, comandada por Ali-Pachá,
parecia vencer. Após 10 horas de encarniçado embate, os batalhadores católicos
receavam a derrota, que traria graves conseqüências para a Civilização Cristã
européia. Mas, ó prodígio! Ficaram surpresos ao perceberem que,
inexplicavelmente e de repente, os muçulmanos, apavorados, bateram em
retirada...
Obtiveram
mais tarde a explicação:
aprisionados pelos católicos, alguns mouros confessaram que uma brilhante
e majestosa Senhora aparecera no céu, ameaçando-os e incutindo-lhes
tanto medo, que entraram em pânico e começaram a fugir.
Logo no início da retirada
dos barcos muçulmanos, os católicos reanimaram-se e reverteram a batalha: os
infiéis perderam 224 navios (130 capturados e mais de 90 afundados ou
incendiados), quase 9.000 maometanos foram capturados e 25.000 morreram. Ao
passo que as perdas católicas foram bem menores: 8.000 homens e apenas 17
galeras perdidas.
Vitória
alcançada pelo Rosário.
Enquanto se travava a batalha contra os
turcos em águas de Lepanto, a Cristandade rogava o auxílio da Rainha do
Santíssimo Rosário. Em Roma, o Papa São Pio V pediu aos fiéis que
redobrassem as preces. As Confrarias do Rosário promoviam procissões e orações
nas igrejas, suplicando a vitória da armada católica.
O Pontífice, grande devoto
do Rosário, no momento em que se dava o desfecho da famosa batalha, teve
uma visão sobrenatural, na qual ele tomou conhecimento de que a armada católica
acabara de obter espetacular vitória. E imediatamente, exultando de alegria,
voltou-se para seus acompanhantes exclamando: “Vamos agradecer a Jesus
Cristo a vitória que acaba de conceder à nossa esquadra”.
A milagrosa visão foi
confirmada somente na noite do dia 21 de outubro (duas semanas após o
grande acontecimento), quando, por fim, o correio chegou a Roma com a notícia.
São Pio V tinha meios mais rápidos para se informar...
Em memória da estupenda
intervenção de Maria Santíssima, o Papa dirigiu-se em procissão à
Basílica de São Pedro, onde cantou o Te Deum Laudamus e introduziu a
invocação Auxílio dos Cristãos na Ladainha de Nossa Senhora. E para perpetuar
essa extraordinária vitória da Cristandade, foi instituída a festa de Nossa
Senhora da Vitória, que, dois anos mais tarde, tomou a denominação de festa
de Nossa Senhora do Rosário, comemorada pela Igreja no dia 7 de outubro
de cada ano.
Ainda com o mesmo objetivo,
de deixar gravado para sempre na História que a Vitória de Lepanto se deveu à
intercessão da Senhora do Rosário, o senado veneziano mandou pintar um
quadro representando a batalha naval com a seguinte inscrição: “Non virtus, non
arma, non duces, sed Maria Rosarii victores nos fecit”. (Nem as tropas, nem
as armas, nem os comandantes, mas a Virgem Maria do Rosário é que nos deu a
vitória).
Milagre: tropas soviéticas retiram-se da
Áustria
Expulsos pelo Rosário Sem
armas e sem sangue, Áustria se liberta dos comunistas.
Após a II Guerra Mundial, parte do território
austríaco ficou sob domínio comunista. Tudo foi feito para que os russos se
retirassem, todos os meios diplomáticos foram empregados. Contudo parecia
impossível obter a retirada dos tiranos soviéticos que oprimiam o país
católico.
Através da recitação do Rosário, a nação
austríaca inteira implorou a libertação a Nossa Senhora de Fátima, pois
só um milagre a salvaria.
Foi constituído um movimento chamado
Rosenkranzsühnekreuzzug (Cruzada Reparadora do Santo Rosário), por
iniciativa do Padre capuchinho Petrus Pavlicek (1902 – 1982). Em todas as
cidades, vilas e aldeias cresciam o número de pessoas que aderiam ao movimento,
comprometendo-se a rezar o Rosário numa determinada hora. De tal modo que, 24
horas por dia, sempre havia austríacos rezando, rogando à Virgem Santíssima
pela libertação do país do jugo comunista.
Muitas procissões foram organizadas nessa
intenção. A maior delas talvez tenha sido a realizada em 12 de setembro de
1954: uma enorme procissão “aux flambeaux” (com tochas) em homenagem a Nossa
Senhora de Fátima, da qual participaram muitas autoridades.
500 mil austríacos já
haviam aderido a essa Cruzada de orações em 1955. A Senhora do Rosário
atendeu as insistentes súplicas, e o impossível – naturalmente falando –
ocorreu: em maio de 1955 as tropas soviéticas abandonaram o território
austríaco. Um autêntico milagre!
O que
é o Terço?
Cada Terço corresponde (a terça parte de um
Rosário) e compõe-se de cinco Mistérios, ou cinco dezenas; cada dezena
corresponde a um Pai-Nosso, dez Ave-Marias e um Glória ao Pai (é aconselhável
que se reze após o Glória a oração: “Ó meu Jesus perdoai-nos...”, que Nossa
Senhora em Fátima recomendou aos três pastorinhos de Fátima).
Antes de iniciar cada dezena, enuncia-se o
Mistério correspondente e nele devemos MEDITAR, ou seja, PENSAR,
enquanto rezamos as Ave-Marias. No final de cada Terço (que equivale a 50
Ave-Marias), é recomendável rezar uma Salve Rainha ou um Lembrai-Vos.
O Terço e também o Rosário
inicia-se com a recitação do Credo (resumo das principais verdades cristãs, nas
quais todo católico deve crer), mas antes de começar a rezá-lo convém enunciar
as intenções pelas quais estamos pedindo. Pode-se colocar quantas intenções se
desejar, bem como pedir a graça de orar com piedade, fervorosamente e sem
distrações.
Qual é
o conteúdo do Rosário?
O Rosário se organizou tendo como referência
os 150 salmos contidos na Sagrada Escritura. A cada salmo, corresponde a uma
Ave-Maria. A cada dezena de Ave-Marias, intercalou-se um fato da vida de
Jesus, um “mistério”. Mistérios da alegria, da dor e da glória.
Portanto 15 Mistérios ou 15 dezenas, equivale a 150 Ave-Marias (lembram
os 150 salmos — poemas religiosos — de Davi, como já se mencionou
acima). Assim o Rosário é a soma dos três Terços.
Quando rezar o Rosário, pode-se — e por vezes
é até conveniente — recitar os três Terços separadamente, como, por exemplo,
rezando um Terço no período da manhã, outro à tarde e o terceiro à noite. No
final recomenda-se recitar a Ladainha lauretana.
No primeiro Terço contemplam-se os Mistérios
Gozosos (as alegrias da Virgem Santíssima), no segundo os Mistérios
Dolorosos (as dores de Nosso Senhor Jesus Cristo na Paixão e Morte) e no
terceiro os Mistérios Gloriosos (os triunfos de Nosso Senhor e de Nossa
Senhora). Alguns anos antes de falecer o Papa João Paulo II instituiu os Mistérios da Luz que são os mistérios: do batismo de Jesus, a revelação do
Reino de Deus nas bodas de Caná, a proclamação do Reino de Deus na vida pública de Jesus, a sua
transfiguração no monte Tabor e a instituição
da Eucaristia.
Quando a pessoa reza apenas um Terço (e não o
Rosário inteiro), o costume é, nas segundas e sábados, meditar os Mistérios
Gozosos; nas terças e sextas-feiras os Dolorosos; e nas quartas e domingos os
Gloriosos; nas quintas os mistérios luminosos.
Esses 20 Mistérios correspondem aos principais
acontecimentos da Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor e aos
principais acontecimentos da vida de sua Santíssima Mãe.
Continua... Em o Poder do Santo Rosário VI
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