sábado, 27 de abril de 2013

ORAÇÕES PEDINDO GRAÇAS A NOSSA SENHORA

Oração pedindo uma Graça a Nossa Senhora das Graças


   Ó Senhora da Graça, o Deus Todo poderoso, de infinita bondade e misericórdia, vos escolheu desde a eternidade, para ser a Mãe do Salvador. Vós como Mãe que se preocupa com seus filhos, conheceis as nossas dificuldades, angústias e preocupações. Conheceis também os pecados, as injustiças que sofremos e que cometemos. Sabeis, portanto, o problema difícil por que estou passando. Venho hoje a vós com profundo respeito e humildade, pedir vossa proteção e ajuda para mina vida. Peço com muito fervor que vós intercedeis junto a seu Filho Jesus Cristo, a fim de que, se for da vontade de Deus, eu consiga a Graça... Que tanto necessito. 
   Ó Mãe santíssima, não me deixes desamparado. Socorrei-me ó Mãe de misericórdia, Sois poderosa para nos salvar das necessidades e dos perigos. 
   Rogai por nós Nossa Senhora da Graça... Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém. 


                                                             (Com aprovação eclesiástica). 


Oração Para aprender A Amar A Deus.


   Ó Doce Mãe de Deus, Vós sois o modelo da minha vida, Vós sois minha aurora brilhante, em vós mergulho, toda elevada. Ó Mãe, Virgem Imaculada, em vós vejo refletido um raio de Deus. Vós me ensinais como amar o senhor, em meio às tempestades. Vós sois meu escudo e minha defesa contra o inimigo. Amém.

   Referência: Devocionário à mãe da divina misericórdia p. 49 – Pe. Antônio Aguiar.


Prece Trinitária


Virgem Santíssima,
Filha predileta do Pai celeste,
Mãe excelsa do Divino Filho,
Imaculada esposa do Espírito Santo,
Rogai por nós. Amém.

Autor: São Francisco de Assis.


Oração Para Pedir Ajuda No Sofrimento


   “Mãe de Deus, cuja alma estava mergulhada num mar de amargura, olhai para Vossa filha e ensinai-a a sofrer e a amar sofrendo. Fortalecei minha alma, que a dor não a quebrante. Ó Mãe da Graça, ensinai-me a viver com Deus!”
    “Ó Maria, uma espada terrível transpassou hoje vossa santa alma. Além de Deus, ninguém sabe do vosso sofrimento. A vossa alma não se abate, mas é corajosa, porque está com Jesus. Doce Mãe uni meu coração a Jesus, porque só então suportarei todas as provações e experiências e, só em união com Jesus, os meus pequenos sacrifícios serão agradáveis a Deus. Mãe dulcíssima, ensinai-me a vida interior. Que a espada dos sofrimentos nunca me abale. Ó Virgem Pura, derramai coragem no meu coração e velai por ele”.

Referência: Devocionário da divina misericórdia p. à mãe 48 – Pe. Antônio Aguiar.


Oração De Consagração Ao Imaculado Coração De Maria


   Ó Coração Imaculado de Maria, repleto de bondade, mostrai-nos o vosso amor. A chama de vosso Coração, ó Maria, desça sobre todos os homens! Nós vos amamos ilimitadamente. Imprimi em nossos corações o verdadeiro amor, para que sintamos o desejo de vos buscar incessantemente. Ó Maria, vós, que tendes um Coração suave e humilde, lembrai-vos de nós, quando cairmos em pecado. Vós sabeis que todos os homens pecam. Concedei que, por meio do vosso Imaculado e materno Coração, sejamos curados de toda doença espiritual. Fazei que possamos sempre contemplar a bondade do vosso materno Coração e nos convertamos por meio da chama do vosso Coração. Amém. 

                                                            (Com aprovação eclesiástica).



NOSSA SENHORA DE ALTAGRÁCIA - PADROEIRA DA REPÚBLICA DOMINICANA

   Embora muito difundido na República Dominicana, não se tem conhecimento de quando começou a ser venerada a SS.Virgem com o título de Altagrácia. Pouco depois de conquistada a ilha pelos espanhóis, no entanto, o culto já havia se alastrado pelas vilas do país. 
   Conta-se que um comerciante residente na região de Duey, conhecida atualmente como Salvaleón de Higüey, viajaria a negócios para Santo Domingo e recebeu da filha um pedido para que lhe trouxesse a estampa de Nossa Senhora de Altagrácia. 
   Já na capital, o homem buscou a estampa nas poucas livrarias existentes, em igrejas, com pessoas relacionadas ao clero e até mesmo com o Arcebispo de Santo Domingo, mas não teve sucesso em sua jornada. A maioria das pessoas desconhecia a imagem de Santa Maria de Altagrácia, embora estivesse a par do culto. 
   Chateado por não poder atender sua filha, o comerciante retornou à terra natal. No caminho a Duey, deu carona a um velho de barbas brancas que, agradecido pela oferta, principiou uma agradável conversa. 
   Em seu diálogo com o comerciante, o senhor soube do aborrecimento daquele homem; abriu, então, sua sacola e tirou de lá uma tela enrolada, na qual havia a pintura tão desejada. A imagem representava Maria, Mãe de Deus, contemplando o Menino Jesus deitado numa manjedoura. Ao seu lado estava São José, olhando ternamente para o Deus infante. No alto da tela, um foco de luz iluminava a face do Menino Deus. 
   Ao chegar em casa, o pai entregou a preciosa encomenda à filha, presente do misterioso idoso, do qual não teve mais notícias. No local de sua residência, foi construído anos mais tarde um templo, hoje conhecido como o Santuário Nacional de Higüey. Colocada no altar-mor da paróquia, a tela de Nossa Senhora de Altagrácia que é visitada diariamente por diversos romeiros. 
   Altagrácia tornou-se nome de destaque nas terras dominicanas e também fora delas. Em 1876, o rei Afonso XII condecorou a João Alés Escobar, ex-governador civil de Cuba, com o título de Marquez de Altagrácia. Também na Argentina, na província de Córdoba, há uma cidade chamada Altagrácia, nomeada em homenagem ao culto dominicano. 

   Nossa Senhora de Altagrácia é considerada a Padroeira da República Dominicana. 

                                                               Por Pe. Roque Vicente Beraldi, cmf

Oração: Ó Deus que multiplicais os títulos de glória de Maria SS., perpetrando sua profecia "chamar-me-ão bem aventurada” em todo o mundo, fazei que sejamos beneficiados por esta que louvamos com o sugestivo título de Altagrácia. Amém. 





sábado, 20 de abril de 2013

NOSSA SENHORA DO CARMO E A ORIGEM DO ESCAPULÁRIO



        A cada 16 de julho, a Igreja Católica celebra a memória de Nossa Senhora do Carmo, também conhecida por Nossa Senhora do Monte Carmelo. Esse título dedicado à Virgem Maria remonta ao século XI, quando, um grupo de homens dispostos a seguir Jesus Cristo reuniu-se no Monte Carmelo, em Israel. Ali construíram uma capela em honra de Nossa Senhora. Nascia ali os carmelitas ou a Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo. Tempos depois, os carmelitas mudaram-se para a Europa e passavam por grandes dificuldades. No dia 16 de julho de 1251, quando rezava em seu convento de Cambridge, Inglaterra, S. Simão Stock, superior geral da Ordem, pediu a Nossa Senhora um sinal de sua proteção que fosse visível aos seus inimigos. Recebeu, então, de Nossa Senhora o escapulário, com a promessa: “Recebe, filho amado, este escapulário. Todo o que com ele morrer, não padecerá a perdição no fogo eterno. Ele é sinal de salvação, defesa nos perigos, aliança de paz e pacto sempiterno”. A partir dessa misericordiosa intervenção da Mãe de Deus, a Ordem Carmelita refloresceu em todo o mundo e o Escapulário passou a percorrer sua milagrosa trajetória, como sinal de aliança de Nossa Senhora com os Carmelitas e com toda a humanidade. Setenta anos mais tarde, Nossa Senhora apareceu ao Papa João XXII e lhe fez nova promessa, considerada como complemento da primeira: “Eu, como terna Mãe dos Carmelitas, descerei ao purgatório no primeiro sábado depois de sua morte e os livrarei e os conduzirei ao Monte Santo da vida eterna.”
        Essa segunda promessa de Nossa Senhora deu origem à célebre Bula Sabatina do Papa João XXII, publicada em 03 de março de 1322, confirmada posteriormente por vários Sumos Pontífices como Alexandre V, Clemente VII e Paulo III. De início, o Escapulário era de uso exclusivo dos religiosos Carmelitas. Mais tarde, a Igreja, querendo estender os privilégios e benefícios espirituais desse uso a todos os católicos, simplificou seu tamanho e autorizou que sua recepção ficasse ao alcance de todos. O escapulário do Carmo é um sinal externo de devoção mariana, que consiste na consagração à Santíssima Virgem Maria pela inscrição na Ordem Carmelita, na esperança de sua proteção maternal. O distintivo externo desta inscrição ou consagração é o pequeno escapulário marrom. O escapulário do Carmo é um sacramental, quer dizer, segundo o Concílio Vaticano II, “um sinal sagrado segundo o modelo dos sacramentos, por meio do qual se significam efeitos, principalmente espirituais, obtidos pela intercessão da Igreja”.
        Da mensagem do Santo Padre, o Bem aventurado João Paulo II à Ordem do Carmelo por ocasião da dedicação do ano 2001 à Virgem Maria: “Este rico patrimônio mariano do Carmelo tornou-se, no tempo, através da difusão da devoção do Santo Escapulário, um tesouro para toda a Igreja. Pela sua simplicidade, pelo seu valor antropológico e pela relação com o papel de Maria em relação à Igreja e à humanidade, esta devoção foi profunda e amplamente recebida pelo povo de Deus, a ponto de encontrar a sua expressão na memória de 16 de Julho, presente no Calendário litúrgico da Igreja universal.”
“O Escapulário é signo de aliança entre Maria e os fiéis. Traduz concretamente a entrega, na cruz, de Maria ao discípulo João” (Jo 19, 25-27).


                 Por Rita de Sá Freire - Associada da Academia Marial de Aparecida.

SÁ FREIRE, Rita de Cássia Pinho França de - Nossa Senhora Auxílio dos Cristãos: Títulos Orações e Devoções. Ed. Petrus: 2010. (São Paulo).



sábado, 13 de abril de 2013

NOSSA SENHORA DE SUYAPA - PADROEIRA DE HONDURAS

  Sua festa é celebrada no dia 2 de fevereiro.


                                                             
   Segundo a tradição, esta é a história da Padroeira de Honduras: todo sábado o jovem lavrador Alejandro Colindres e seu companheiro, o menino Lorenzo Martinez, deixavam mais cedo o trabalho na roça para chegar ao anoitecer a sua terra, Suyapa. Naquele sábado de fevereiro de 1747, inexplicavelmente, saíram mais tarde do trabalho. Surpreendidos pela noite, resolveram achar um lugar para descansar.
   Deitados na relva, os dois companheiros tentavam dormir. O menino dormiu logo.   Alejandro não conseguia adormecer, pois alguma coisa incomodava suas costas. Sem saber se era pedra ou raiz, livrou-se do objeto atirando-o para bem longe. Começava a dormir quando sentiu-se incomodado pelo mesmo objeto. Pegou de novo aquela pedra ou raiz e, para não ser novamente incomodado, guardou-a dentro da mochila.
   Ao amanhecer, os dois continuaram a caminhada. Já em casa, Alejandro deixou a mochila com sua mãe, que logo começou a desfazê-la. Enrolado em sua camisa, a mãe encontrou o objeto que incomodara seu filho na noite anterior. Seria uma pedra? Uma raiz? Nada disso. Era uma imagem da Imaculada Conceição, esculpida em madeira. Aquela família, tomada por um profundo espírito religioso, começa ali mesmo a devoção à Imaculada Conceição de Suyapa.
   O primeiro prodígio da Virgem de Suyapa aconteceu com José de Zelaya y Midense, capitão dos Granadeiros. Ainda muito jovem, sofria de sérios problemas renais, e não havia remédio que o curasse. No auge de seu sofrimento, alguém lhe fala da Imagem de Nossa Senhora de Suyapa. Pede para vê-Ia. A mãe de Alejandro deixa que a levem até a casa do capitão. Este a recebe de joelhos e pede-lhe a cura, prometendo construir-lhe uma capela em sua aldeia. Não passaram três dias e o capitão expeliu as pedras que durante anos foram a causa de suas dores.
   Depois de alguns anos o capitão, completamente curado, construiu II em sua fazenda, no vale de Suyapa, uma capela para a Virgem. A pequena capela passou por diversas transformações, e hoje é o Santuário de Nossa Senhora de Suyapa.

Fonte: nossasenhoradasamericas.blogspot.com


sexta-feira, 12 de abril de 2013

NOSSA SENHORA DO SILÊNCIO DE KNOCK


   A aldeia de Knock está situada a oeste de Dublin e a norte de Galway, no condado de Mayo.
   Em 1829, foi aí construída uma pequena e pobre igreja paroquial onde não cabiam mais de 30 pessoas.
  Foi dedicada a S. João Baptista. Em torno da Igreja havia uma pequena escola para rapazes e outra para moças.
   O terreno da igreja era rodeado por um muro de pedra. Durante todo o século XIX, a Irlanda sofreu uma depressão da sua economia por causa das más colheitas, sobretudo da batata.
   No ano de 1879, os agricultores quase não tinham de comer. Nesse ano, houve mais uma desastrosa colheita de batata o que anunciava mais miséria e fome. As pessoas morriam de fome e de doenças, minadas por uma vida muito dura.
  Bartholomew Cavanah foi nomeado prior da igreja em 1867. Era um santo homem, profundamente devoto de Nossa Senhora da Imaculada Conceição.
    Era de bom grado que sacrificava os seus bens materiais para ir em auxílio dos pobres e famintos, e nunca teve conta bancária. Também assim considerava as pobres almas do Purgatório.
    Considerando a Virgem Maria como Mãe de Deus e de todos os filhos de Deus, recorria à sua intercessão por todos os que estavam no Purgatório.
    Na verdade, alguns meses antes da aparição em Knock, o Padre Cavanah começou a dizer 100 missas pelas pobres almas do Purgatório que Nossa Senhora mais desejasse ver libertas. Surpreendentemente, foi no dia da centésima missa que Nossa Senhora visitou Knock, ao final da tarde de 21 de Agosto de 1879. Foi um dom maravilhoso que exprimiu a gratidão de Nossa Senhora e das almas que foram para o Céu. Nesse dia, o céu estava coberto de pesadas nuvens.
    O Padre Cavanah tinha ido visitar paroquianos em regiões vizinhas. Nessa tarde, uma chuva cerrada encharcou-lhe a roupa e a aldeia ficou toda molhada pela noite fora.
    Mary McLoughlin, a sua empregada, acendeu a lareira para lhe secar as roupas e depois se foi embora visitar uma amiga, Mary Beirne, que ali morava próximo.
    Ao passar junto à igreja deu conta de estranhas figuras e de um altar junto à empena da igreja voltada a sudoeste. Parecia haver uma luz estranha em volta daquelas figuras, mas pensou que era um efeito da luz brilhando através da bruma. Depressa achou que talvez o prior tivesse encomendado algumas imagens novas.  Mais ou menos ao mesmo tempo, outro membro da família Beirne, Margaret Beirne, chegou à igreja para fechá-la durante a noite. Também ela deu conta dum brilho estranho que vinha do lado sudoeste da igreja. Mas, com pressa de se abrigar, não olhou mais, nem disse a ninguém nada sobre o brilho naquela noite. 
   Quando terminou a visita, a amiga Mary Beirne acompanhou Mary McLoughlinde de volta, em direção à igreja. Diziam que as figuras eram imagens iluminadas pela luz. Mas, quando se aproximaram, Mary Beirne exclamou: "Mas não são imagens, estão a mexer-se. É a Santíssima Virgem!" Por baixo da parede da igreja voltada a sudoeste, três imagens estavam de pé, por cima da erva crescida e não cortada.
     As duas mulheres tomaram consciência que não podiam ser imagens porque aqueles seres passeavam-se por cima do monte de erva por baixo delas.
   Todos vestia branco e brilhavam como prata. Uma luz dourada, brilhante, envolvia-as, bem como um altar que estava colocado um pouco por trás delas, virado a oeste. Sobre o altar estava um cordeiro e por cima do cordeiro erguia-se uma grande cruz branca. Seis anjos com asas que se moviam, rodeavam o altar e a cruz.
       A certa altura, Mary Beirne correu para os vizinhos mais próximos e disse-lhes para vir ver "a visão maravilhosa!"
    Rapidamente outros se juntaram a elas para ver e rezar diante da aparição do céu.Todos os que testemunharam o acontecimento, afirmaram que se tratava da Virgem Maria com S. José à sua direita e S. João Evangelista, à esquerda.
    Maria tinha um manto de um branco puro e uma coroa dourada na cabeça. Ao meio da coroa, acima da testa, brilhava uma rosa de ouro plenamente aberta. Tinha as mãos erguidas, como se rezasse. S. José tinha uma barba grisalha e a cabeça inclinada para frente. S. João segurava o livro dos Evangelhos. Estava vestido com traje de bispo e parecia estar a pregar. No entanto, nenhum deles disse uma palavra durante as duas horas que durou a aparição.
    A mais velha das videntes era Bridget Trench, de 75 anos. Caminhou em direção à visão e, à chuva, tentou beijar os pés de Maria. Mas não conseguiu: parecia que Maria se afastava um pouco.
   Quando as mãos e a cabeça inclinada de Bridget entraram na área da visão, caiu de joelhos na erva seca. Nessa área, não lhe caiu em cima uma gota de chuva. Mais tarde, disse: "Não percebo porque não consegui palpá-los com as minhas mãos, da mesma forma que os via com os olhos."
     Os quinze videntes permaneceram fixados à visita luminosa durante duas boas horas. Rezaram o terço em conjunto. Mais tarde a aparição desvaneceu-se.
   Durante as semanas e meses que se seguiram à aparição, toda a aldeia continuava a perguntar: "Porque é que Nossa Senhora lhes tinha aparecido?"
    Multidões de pessoas começaram a afluir a Knock.
   Deram-se numerosas curas e várias delas foram relacionadas com a aplicação de terra retirada da parede da empena. Tanta terra tirara que a parede estava em perigo de cair.
   Nos primeiros três anos que se seguiram à aparição de "Nossa Senhora do Silêncio", o Padre Cavanah registou aproximadamente 300 curas milagrosas associadas com o santuário de Knock!


Reconhecimento da Igreja


   Em 1880, a primeira comissão eclesiástica aprovou o testemunho de todos os 15 videntes como "digno de confiança e satisfatório".
Em 1936, provas confirmadas e centenas de curas milagrosas foram enviadas para Roma.
   A aparição de Knock teve a sua aprovação total e o reconhecimento da Igreja Católica.
  Cem anos depois da aparição, em 1979, o papa João Paulo II abençoou o local com a sua presença na celebração do centenário. Meio milhão de peregrinos juntaram-se no santuário onde o papa declarou a passagem da Igreja de Nossa Senhora, Rainha da Irlanda, a Basílica.
   O Papa João Paulo II presenteou Knock com a rosa de ouro, símbolo do apreço à devoção à santíssima Virgem e reconhecimento da importância da Basílica.
              

Fonte: rezairezairezai.blogspot.com.br







quinta-feira, 11 de abril de 2013

A MEDIAÇÃO UNIVERSAL DE MARIA SANTÍSSIMA -Parte I.

   Um dos objetivos deste site (e deste blog) é resgatar a autêntica espiritualidade Católica, que nasce e se apóia na prática, no respeito e principalmente no entendimento da sacralidade presente na Doutrina, nos Dogmas e na Tradição herdada dos santos Apóstolos, santos Papas, e santos Doutores de nossa amada Igreja, da qual o próprio SALVADOR e REDENTOR JESUS CRISTO, é a Cabeça e o Divino Condutor. 
   Por tudo isso, decidimos resgatar importantes pensamentos e conceitos teológicos sobre a “Mediação Universal de MARIA Santíssima”, A MÃE de DEUS e nossa quando em 1954, a Igreja comemorava o centenário do Dogma da Imaculada Conceição, reconhecido pelo Papa Pio IX e instituído em 1854. 
   Antes de apresentarmos a Doutrina desta Mediação da Mãe, cumpre-nos explicar e expor o Ofício Medianeiro de CRISTO. 
   Ao falar da Mediação de CRISTO, santo Tomás de Aquino ensina: “O Ofício de Medianeiro entre DEUS, e os homens consiste em uni-los”. (Suma Teológica3, q.26, a.1). A essência, pois, e a finalidade da Mediação de CRISTO está em unir os homens com DEUS. 
   O Medianeiro, segundo Santo Tomás, apresenta a DEUS as orações dos homens, oferece o Sacrifício, que é o ato principal da virtude da religião, e distribui aos homens os Dons Divinos que santificam as almas. 
   Este Ofício de Medianeiro, elevado a suprema perfeição, cabe e pertence exclusivamente a CRISTO Homem-DEUS, o único que nos pode reconciliar com DEUS, oferecendo-LHE um Sacrifício de valor infinito, que é perpetuado substancialmente no Sacrifício da Santa Missa. Somente CRISTO, Cabeça da humanidade, nos conquistou, com direito de Justiça, todas as graças necessárias a nossa salvação. É precisamente neste sentido que São Paulo ensina: “Há um só Medianeiro entre DEUS e os homens, o Homem JESUS CRISTO, que se deu a Si mesmo em Redenção por todos.” (1 Tm. 2, 5-6). 
   Com estas palavras o Apóstolo quer dizer que nenhuma outra pessoa, tem, em si mesma, autoridade própria, nem merecimentos próprios, para se apresentar diante de DEUS, como Medianeiro dos homens, e neste sentido, a Mediação de CRISTO é única e exclusiva. 
   Mas esta Mediação absolutamente necessária, superabundante e suficientíssima, e que não carece absolutamente do auxílio de quem quer que seja não exclui medianeiros subalternos e dependentes de CRISTO. 
   Com diáfana clareza o Papa Leão XIII na Encíclica “Fidentem piumque” de 20 de setembro de 1896, nos prova esta asserção: “Há quem ache ousada a grande confiança no patrocínio da Virgem Maria e queira repreender-nos. Em verdade, somente a CRISTO compete o nome e partilha de Medianeiro, a CRISTO que é uma só pessoa DEUS e Homem, e assim restaurou o gênero humano na graça: “Há um só Medianeiro entre DEUS e os homens, o Homem JESUS CRISTO, que se deu a Si mesmo, em Redenção por todos.” (1 Tm. 2, 5-6). 
   Mas, como ensina o “Anjo da Escola”, nada se opõe a que também outros se designem medianeiros entre DEUS e os homens, enquanto como ministros e instrumentos, cooperam na união dos homens com DEUS (Suma Teológica 3, q. 26, a.1,2), como os Anjos e Santos do Céus, os profetas e sacerdotes de ambos os Testamentos. 
   Esta dignidade gloriosa cabe em ponto mais elevado, à Santíssima VIRGEM. Pois não se pode imaginar uma só personalidade que operasse na reconciliação dos homens com DEUS como MARIA, ou pudesse jamais operar como ELA. Quando os homens tinham incorrido na eterna perdição, MARIA deu-nos o SALVADOR. Pois foi ELA quem, em lugar de todo o gênero humano deu o Seu consentimento, quando o Anjo anunciou o Mistério da Paz (Suma Teológica 3, q. 30, a. 1). É Dela que nasceu JESUS, e ELA é verdadeiramente SUA MÃE e, por esta causa, Digna e Legítima Medianeira do Medianeiro. 
   É, pois, este o pensamento do papa Leão XIII: “Há um só Medianeiro, e esse é JESUS CRISTO. Mas há junto de JESUS CRISTO, a Santíssima Virgem, MÃE de DEUS, que por sua íntima cooperação com a Obra da Redenção, foi constituída Medianeira, e nesta Sua posição central, MARIA supera a todos os Anjos e Santos; é Medianeira num sentido, como nenhum Anjo e Santo o pode ser”. 
   Mas, se de fato, a mediação de JESUS CRISTO foi suficientíssima, superabundante, não carecendo do auxílio de quem quer que fosse, para executá-la, qual a razão, então, de MARIA Santíssima cooperar intimamente nela e merecer o título de Medianeira? 
   MARIA Santíssima é Medianeira Universal, não porque DEUS dELA necessitasse, mas porque unicamente assim o quis. 
   DEUS, infinitamente livre, podia querer e não querer a Redenção. E querendo a Redenção, podia escolher aquele modo de remir os homens que mais LHE agradasse. Pois, infinitamente sábio, tinha a sua disposição infinitos planos redentores. 
   Entre os infinitos planos, então, escolheu e executou aquele em que MARIA Santíssima ocupa, junto ao Divino Redentor, a posição central de MÃE e Medianeira Universal. 
   Segundo esse plano, na hora estabelecida por DEUS, o VERBO Eterno assume a natureza humana, por Obra do Divino ESPÍRITO SANTO; mas a assume no seio castíssimo da Virgem, e somente após ELA ter dado seu livre, espontâneo e pleno consentimento. A Virgem, portanto, por Sua própria vontade, torna-se MÃE do Salvador, fornecendo-LHE o Sangue Preciosíssimo a ser derramado e o corpo Santíssimo a ser imolado no Santo Sacrifício da Cruz. 
   Durante os anos que levou a preparação do Santo Sacrifício, MARIA Santíssima vive com o FILHO em perfeita, ininterrupta e íntima comunhão de sentimentos e dores. 
   Na Sexta Feira Santa, no alto do Calvário, MARIA Santíssima apresenta a DEUS a Vítima Divina. MÃE e FILHO entrelaçados num só sentimento, numa só vontade, oferecem o Sacrifício Redentor à Justiça Divina. Eis, pois, JESUS, o Redentor do gênero humano, satisfazendo plenamente pelos pecados dos homens, e eis a Seu lado a Santíssima MÃE a Co-Redentora, que por Seus sofrimentos, se torna MÃE de todos os remidos. 
   E agora perguntamos: A missão da Santíssima Virgem estará concluída com a morte do Redentor ou continuará ELA pela distribuição das Graças, conquistadas com Sua cooperação, na dolorosa Obra da Redenção? 
   A mesma Vontade Santíssima que escolheu a Virgem para MÃE do Redentor, que LHE pediu assistência Maternal para os 33 anos de vida e para à hora do Sacrifício Supremo, esta mesma Vontade quer e determina que ELA seja, junto do FILHO, a Dispensadora de todas as Graças. Pois, o Plano Redentor, abrange não só a conquista de todas as Graças, realizadas aqui na Terra, mas também a distribuição das mesmas que se faz nos Céus. 
   Seria até de estranhar, se Deus convidasse a Virgem para acompanhar o SALVADOR na Sua crudelíssima jornada, começada na Encarnação e concluída no Calvário, e não A associasse a CRISTO nas alegrias da distribuição de todas as graças, fruto preciosíssimo também do sofrimento da MÃE Celeste. 
   Portanto, a Santíssima Virgem, unida a CRISTO, aqui na Terra nos sofrimentos cruéis da Redenção, está agora unida a CRISTO nos Céus, na distribuição dos frutos da Redenção. 
   Como vemos, aqui temos enfeixado, em poucas palavras, o Plano da Redenção do gênero humano, e neste Plano está contida a Mediação da Santíssima Virgem. Distinguimos duas fases da Mediação Universal de MARIA Santíssima: A primeira compreende a participação de MARIA SANTÍSSIMA nos mistérios da salvação humana: a começar da Encarnação do VERBO, por ELA livremente aceita, continuada durante os 33 anos da Vida do SENHOR e concluída com o Sacrifício da Cruz. Esta primeira parte da Mediação confere a MARIA Santíssima o glorioso título de Co-Redentora do gênero humano, e disso tratará as três próximas partes. 
   · A segunda fase da Mediação universal de MARIA Santíssima diz respeito à distribuição de todas as Graças, iniciada no Dia da Gloriosa Assunção da Santíssima Virgem e a perpetuar-se até o fim do mundo, e que Lhe dá o consolador título de Dispensadora de Todas as Graças. Fatos que abordaremos a partir da quinta parte. Pois, enquanto a aquisição das Graças pela Mediação da Virgem é um fato já realizado e consumado, a Distribuição das mesmas é um fato a consumar-se diariamente, até o Juízo Final. 
   Mais adiante falaremos ainda da devoção que devemos ter à Medianeira de Todas as Graças e de exemplos Marianos, onde poderemos admirar as infinitas maneiras pelas quais a Santíssima Virgem exerce Sua missão Celestial de Medianeira do Medianeiro. 


Continua na II Parte.


Fonte: www.ultimasederradeirasgraças.com.br

A MEDIAÇÃO UNIVERSAL DE MARIA SANTÍSSIMA Parte II.


   A maioria do povo eleito tinha uma ideia completamente errônea da genuína missão do Messias. Vivendo num país pequenino e dominado pelos romanos, ansiava pela vinda do SALVADOR que viesse libertar do jugo estrangeiro. 
  Havia, porém, um pequeníssimo número de almas privilegiadas, conhecedoras, através dos livros Sagrados, da missão sofredora e redentora do MESSIAS, que os libertaria da escravidão do demônio e dos pecados. 
   Entre essas almas santas, ocupava o primeiro lugar a Santíssima Virgem Maria de Nazaré. Escolhida desde a eternidade para MÃE do Senhor, Imaculada desde a Sua Conceição (concepção) e preparada, com a Plenitude de todas as Graças e Dons do Divino ESPÍRITO SANTO, para ser digna Morada do Verbo Eterno, devia conhecer, pelo menos em linhas gerais, o futuro do FILHO e o Seu próprio futuro. Embora Seu conhecimento no Dia da Anunciação não fosse detalhado e minucioso, contudo havia de ser suficiente para que o Seu Sim à Encarnação do REDENTOR, fosse espontâneo, livre e consciente. 
   O Arcanjo São Gabriel Lhe oferece, em Nome de DEUS, para ser ELA a MÃE do DEUS-MESSIAS prometido e REDENTOR do gênero humano: e Lhe pede Seu livre consentimento. Neste momento DEUS LHE pede para ser a Mãe do REDENTOR! SER MÃE do REDENTOR; porém, não consistia só em Concebê-Lo, Gerá-Lo e Alimentá-Lo, mas também em Acompanhá-Lo, em perfeita comunhão de sentimento e dores, até a completa consumação da Obra Redentora. 
   Ao aceitar a oferta e pronunciar as palavras: “Eis aqui a escrava do SENHOR, faça-se em MIM segundo a tua palavra”, MARIA Santíssima aceita ser Mãe do REDENTOR e também todas as conseqüências sofredoras que esta Sua posição central, nos mistérios da redenção humana, Lhe há de trazer. 
   O VERBO Eterno ao assumir a natureza humana no Seio Castíssimo da Virgem, dá o primeiro passo como REDENTOR do gênero humano, e, MARIA Santíssima ao tornar-se, por Sua livre vontade, MÃE do SALVADOR, dá o primeiro passo como Co-Redentora do gênero humano. Quando termina a Virgem Santíssima as palavras do “Fiat”, o VERBO se faz Carne, entra no mundo, e no mesmo instante faz a oferta inicial de toda a Sua vida, dizendo: “Não quiseste sacrifício nem oblação mas ME formaste um Corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não te agradam. Então EU disse: Eis que venho (porque é de MIM que está escrito no rolo do livro), venho ó DEUS, para fazer a TUA vontade. (Sal. 39,7 ss). (Hb.10, 5-7). 
   MÃE e FILHO, portanto, no momento da Encarnação se ligam eternamente à Vontade soberana do PAI. Cumprir esta vontade à risca, eis o programa de vida do FILHO e da MÃE. Mais tarde dirá CRISTO a Seus discípulos que LHE ofereciam comida: “...Tenho um alimento para comer que não conheceis... Meu alimento é fazer a Vontade d’Aquele que Me enviou, e cumprir a Sua Obra”. (Jo. 4, 32-34). 
   Mesmo do alto do Calvário, cravado cruelmente à Cruz, moribundo, entrega a Sua Alma ao PAI depois do “Consummatum est” “Tudo está consumado” (Jo. 19,30), isto é, depois de ter verificado que a Vontade de DEUS fora integralmente cumprida, desde o instante da Encarnação até ao derradeiro momento da última gota de Sangue, do último suspiro. Assim também ocorreu com a Santíssima Virgem. 

   O “Fiat” pronunciado no Dia da Anunciação será o único e total programa de Sua Vida. Sim, palavra singela, o “Fiat”, mas que significa e exprime a mais absoluta entrega e sujeição de todo o Ser e viver da Virgem à Vontade de DEUS. Sim, palavra humilde, o “Fiat”, mas que deu inicio à maior Obra jamais realizada pelo próprio DEUS. Sim, palavra brevíssima, o “Fiat”, mas que não o esquecerão nem o rolar dos séculos, nem o passar da eternidade. O “Fiat” acompanhará sempre a Virgem Santíssima, num crescendo vertiginoso, até alcançar o seu auge, na hora suprema da consumação do Sacrifício da Cruz. 
   Em relação ao Mistério da Anunciação, os santos padres e doutores da Igreja freqüentemente fazem a comparação entre Eva e MARIA e, chamam MARIA Santíssima de Nova Eva, seguindo o exemplo de São Paulo que chama a CRISTO de Novo Adão. 
   Santo Irineu, séc. II, opondo MARIA a EVA, diz: “Assim como por uma virgem desobediente foi o homem ferido, caiu e morreu, assim também por meio de uma Virgem obediente à Palavra de DEUS, o homem recobrou a vida. Era justo e necessário que Adão fosse restaurado em CRISTO, e que Eva fosse restaurada em MARIA, a fim de que uma Virgem apagasse e abolisse pela Sua obediência virginal a desobediência de uma virgem.“ (Ir. Demonstr. Apost. Praed., Vers. Weber, pg. 59-60). 
   O mesmo pensamento, em torno de MARIA, a Nova EVA, é admiravelmente exposto, pelo grande Santo Efrem, quando afirma: “O Anjo desceu dos Céus e falou à Virgem Santíssima: começou-se a tratar da reconciliação, encaminhou-se o tratado de paz. Em vez da serpente apresentou-se Gabriel, e em vez de Eva, a Virgem MARIA. Com as palavras que dirigiu a MARIA, Gabriel desfez as palavras que o execrável homicida dirigiu à virgem Eva. Eva assinou a escritura da dívida, a Santíssima Virgem pagou a dúvida. Eva tinha caído, MARIA Santíssima levantou-a de novo.” (Ephr. Lamy. 3, 976-978). 
   São João Damasceno, o grande devoto e apóstolo das imagens dos santos e da Virgem Santíssima, exprime idêntico pensamento, dizendo: “Eva tornou-se culpável de prevaricação e por ela entrou a morte no mundo; MARIA santíssima, dando o Seu consentimento, e sujeitando-se à vontade de DEUS, enganou a serpente enganadora.” (Damasc. M.G. 96 ,671). 
   A mesma doutrina ensinavam os grandes doutores São Jerônimo e Santo Agostinho. São Jerônimo escreveu: “A morte por Eva, a vida por MARIA.” (Hier. M. L. 22, 408). 
   Santo Agostinho: “Por uma mulher a morte, por uma mulher a vida.” (Ang. M.L. 38, 1108). Mas ninguém mais ternamente exprimiu este pensamento do que o devotíssimo da Santíssima Virgem, São Bernardo: “Ouvistes, ó Virgem, o Anjo aguarda a Vossa resposta; nós também esperamos. O preço de nossa salvação está nas vossas mãos: se consentis, seremos salvos. Eis que o mundo inteiro, prostrado a vossos pés, de vós espera. Das vossas palavras está pendente a salvação de todos os filhos de Adão.” (Bern. M.L. 183, 83-84). 
   Pelo que acabamos de ler, vemos claramente que os santos padres ensinam que MARIA Santíssima, por Seu livre consentimento à Encarnação do VERBO Eterno, reparou o mal que Eva nos causara; por intermédio de MARIA nos veio à salvação. 
   Preciosíssima é a doutrina do Papa Leão XIII sobre a Anunciação, expressa na Encíclica “Octobri mense”, de 22 de setembro de 1891: “Querendo o Filho do Eterno PAI, para a Redenção e honra do homem, vestir a sua natureza e contrair com o gênero humano místicos esponsórios, não pôs em obra os Seus desígnios senão depois de ter obtido o pleno e livre consentimento d’Aquela que havia escolhido para MÃE e que representava, em certo modo o gênero humano, conforme a luminosa e acertadíssima sentença do Doutor Angélico: “No dia da Anunciação era esperado o consentimento da Santíssima Virgem em lugar de toda a natureza humana”. De onde se pode, com não menos verdade e exatidão, afirmar que nada desses tesouros de infinitas graças que o SENHOR os trouxe, pois que a Verdade e a Graça vem de JESUS CRISTO, nos foi comunicado senão por MARIA. E deste modo, como ninguém pode ir ao PAI senão pelo FILHO, assim também, quase de igual modo, ninguém pode ir a JESUS CRISTO, senão por Sua MÃE.” 
   A mesma doutrina sabiamente destaca-a Leão XIII na Encíclica “Fidentem piwnque”, de 20 de setembro de 1896: “Esta dignidade (de Medianeira) cabe, em grau muito elevado, à Santíssima Virgem, pois só ELA cooperou na reconciliação do gênero humano como mais ninguém. E esta cooperação inefável está contida, essencialmente, em Seu consentimento, Sua prontidão de pequena serva confiante na Obra Divina, em Seu Admirável “Fiat”: “Faça-se em MIM.”” 
   O pensamento claro do grande Pontífice Leão XIII é o seguinte: DEUS, fazendo depender do consentimento da Virgem a Obra da Redenção, manifestou a disposição de Sua Vontade de por nas mãos de MARIA Santíssima todo o tesouro das Graças que JESUS nos veio trazer. 
   Na Encíclica “Octobri mense”, de 22 de setembro de 1891, continua Leão XIII: “O Pai Celestial comunicou a MARIA Santíssima sentimentos profundamente maternos, que não respiram outra coisa senão amor perdão. Aos cuidados e solicitude de MARIA recomenda JESUS, do alto da Cruz, todo o gênero humano, em Seu discípulo João”. 
   MARIA entrega-se aos filhos como MÃE, e como herança do FILHO, a morrer em meio a imensos sofrimentos, começa, com grande empenho, a empreender o Ofício Materno. Foi este o Desígnio de DEUS com MARIA, aprovado pelo Testamento de CRISTO. Desde o começo, os santos Apóstolos e os primeiros fiéis lhe experimentaram a doçura. Experimentaram-na e ensinaram-na os Padres da Igreja e, em todas as épocas foi aceita por unânime consenso dos povos cristãos. 
   Mesmo se a Tradição se calasse e se os Escritos faltassem, romperia uma voz de todos os peitos cristãos e clamaria com eloquência suprema. 
   Não é outra coisa do que fé divina que, por um impulso fortíssimo, nos leva e arrebata com infinita suavidade para MARIA. Nada mais antigo e mais grato que confiar em Sua proteção, em Sua fidelidade, entregando-Lhe tudo o que é nosso: preces e anseios, de modo que, por mais confiante que seja nossa fé em DEUS, o que LHE for exposto por nós, indignos, logo se torna caro e aceito, se for recomendado por Sua MÃE Santíssima. 

Continua na parte III 


sábado, 6 de abril de 2013

A MEDIAÇÃO UNIVERSAL DE MARIA SANTÍSSIMA - Parte III.


         Quem poderá imaginar ou descrever os transportes de júbilo e alegria que dominam uma jovem mãe, junto do berço do seu primogênito?
         E tal o êxtase que até parece que sua vida deixa de existir, para dar lugar ao pequenino. Com imensa ternura lhe vai segredando uma e muitas vezes: “Meu querido filhinho...”. Toda a sua existência concentra-se no zelar pelo ente amado, conservando-lhe, com extremos de carinho, a preciosa vida, educando-o para que um dia possa ser útil à sociedade, galgando postos de destaque, vivendo feliz e honrado por todos.
         Para a mãe a felicidade do filho é seu viver e o sofrimento do filho é seu penar.
         Junto da gruta de Belém, na noite de Natal, a Virgem experimenta as inefáveis doçuras da Maternidade, embalando em Seus braços o próprio DEUS-Menino e chamando-O, com tanta ternura, Seu Bem Amado Filhinho. Haverá na Terra ou entre os Santos e Anjos do Céus quem possa compreender a felicidade divina da Bendita entre todas as mulheres, apertando em Seu Peito o Seu Diletíssimo JESUS?
         MARIA Santíssima, porém, mesmo nas maravilhas e encantos da Maternidade, vividos em torno do INFANTE Divino, não esquece a palavra dada a DEUS, no Dia da Anunciação, de que seria a Sua escrava: escrava para ser MÃE de DEUS, escrava para zelar e conservar a Vida do MENINO, escrava para apresentá-LO ao Sacrifício e escrava para as dores do Calvário.
         O Papa Pio X destaca esta santa missão da Virgem admiravelmente na Encíclica “Ad diem illum”, de 02 de fevereiro de 1904: “À Virgem Santíssima não somente coube a glória de haver ministrado a substância de Sua Carne ao Unigênito do Eterno, que devia nascer Homem, Hóstia excelentemente preparada para a salvação dos homens, mas igualmente teve a Missão de Zelar e conservar esta Hóstia e, ao tempo devido, apresentá-la ao Sacrifício.”
         DEUS LHE lembra esta Sua Missão, quando apenas decorridas 40 dias do Nascimento do FILHO, vai ao Templo e, numa oferta total, entrega e Consagra solene e oficialmente o Seu JESUS ao Eterno PAI. São Lucas nos descreve esta oferta, no capítulo 2, versículos de 22 a 24, do seu Evangelho: “Concluídos os dias da sua purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor, conforme o que está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor” (Ex. 13,2); e para oferecerem o sacrifício prescrito pela Lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos.”
         MARIA compreende a diferença essencial que existe entre o Seu oferecimento e o das outras mães. Pois estas cumpriam uma cerimônia: ofereciam os filhos e em seguida os tornavam a receber, pagando o resgate.
         MARIA sabe que oferece Seu FILHO para a morte, e que DEUS O aceita, e que a morte infalivelmente será executada.
         Pela boca do santo e idoso Simeão, DEUS Lhe manifesta que também ELA acompanhará os Martírios da Vítima com sofrimentos inauditos, pois. Lhe diz o santo: “E uma espada transpassará a Tua própria Alma.”
         A participação que a Virgem terá nos sofrimentos do FILHO, Leão XIII a expõe na Encíclica “Jucunda semper expectatione”, de 8 de setembro de 1894:
         “Quando se ofereceu a DEUS como escrava para a Missão de MÃE, ou quando se ofereceu com Seu FILHO como total holocausto, no templo, desde esses fatos, se tornou Co-participante da laboriosa Obra da expiação do gênero humano.”
         Pelo que não se pode duvidar da Sua máxima participação, em Espírito, das terríveis Angústias e Sofrimentos do FILHO. Aliás, aquele Divino Sacrifício, para o qual nutria generosamente do Seu Sangue a VÍTIMA, tinha que consumar-se, na Sua presença, e à Sua vista.
         A Mediação Universal exige-Lhe uma longa caminhada rumo à Cruz; uma jornada de trinta e três anos, com seus dias intermináveis de dores e com Suas noites de prolongadas vigílias.
         Embora as riquezas e frutos da Redenção consolem a Virgem e a encorajem, cada vez mais, a se entregar como Escrava do SENHOR à Sua tarefa, contudo, ELA não pode e nem deve esquecer que a hóstia do Sacrifício que está preparando, é Seu próprio FILHO.
         JESUS, condenado à morte, sobe o monte Calvário, carregando a Cruz às Costas. Jerusalém em peso quer assistir a Crucificação do MESSIAS.
         JESUS, enfraquecido pela flagelação e coroação de espinhos, caminha, com extrema dificuldade, gotejante de Sangue.
         A imensa turba de curiosos contempla esse trágico espetáculo. Todos o fitam, JESUS levanta os olhos à procura de alguém que o queira animar.
         Não passara ELE a vida fazendo o bem? “Pertransiit bene faciendo”, como diz São Lucas. Onde agora se encontram os miraculados? Onde os cegos a quem abrira os olhos, com tanto carinho? Por que não são vistos, a SEU lado, os coxos, a quem outorgara a caminhar? Os surdos a quem fizera de novo ouvir? E onde, sim, estão os mortos, aqueles a quem, com Sua Força Divina chamara de volta à vida?
         Que é feito daquelas cinco mil pessoas que alimentara, multiplicando os pães e peixes, e as quais; saciadas queriam, com tanto entusiasmo, proclamá-LO seu Rei e Senhor?
         Ei-LO hoje, Sexta-Feira Santa, a caminho da morte, quando cinco dias atrás, os clamores do Domingo de Ramos O tinham recebido triunfalmente: “Hosana, Bendito O que vem em Nome do SENHOR! Rei de Israel! ”E agora...? Sim, O recebem, mas aos gritos de: “Crucifica-O, crucifica-O...”
         Entre tantos beneficiados pelos mais estupendos Milagres, não haverá, porventura, um único sequer, que venha dizer em SUA defesa, uma única palavra que seja neste abismo de dor e desprezo em que SE encontra?
         Eis que uma nobre SENHORA vem chegando e se aproxima tanto do CONDENADO, que os Olhos DELA se encontram com o Olhar de Sangue da VÍTIMA. Não trocam palavras, mas se compreendem, falam-se Dois CORAÇÕES...
         É a MÃE do CONDENADO que O vem confortar e tomar parte em SEU Martírio. O Coração da MÃE das Dores fala ao FILHO das Dores: 
“Meu Filho, aqui ME tens, é TUA MÃE que TE Fala. O conforto que uma MÃE pode dar ao FILHO condenado à morte, aqui o tens todo. TUA MÃE jamais te abandonará. Não importa que ME apontem como a MÃE de um CONDENADO à Cruz. Filho, estou a TEU lado.
         Nesta “Via Crucis”, Minha Alma é arremessada a um imenso mar de fel e amargura, mas EU vou CONTIGO.
         Embora Meu Coração seja transpassado pela espada, subirei CONTIGO ao Calvário; estarei a TEU lado, EU, TUA MÃE!
         Tuas feridas abertas e gotejantes de Sangue são Minhas feridas, TEUS passos de morte são Meus passos, TUA morte é Minha morte. TUA MÃE está aqui a TEU lado; CONTIGO, caminho para a morte.
         FILHO, vamos, subamos a montanha da Redenção, a hora já está soando, a NOSSA grande hora soando já está...”
         O grande conforto recebido da MÃE no caminho para o Calvário, jamais poderá o FILHO de DEUS esquecê-lo...




Continua na parte IV