sábado, 30 de novembro de 2013

DEUS VOS SALVE SENHORA DO MUNDO - MARIA É A SENHORA DO MUNDO

salve |sálvè| 

   Expressão designativa de saudação, de cumprimento. (Equivale a Deus te salve ou Deus vos salve.)
Assim, iniciamos rezando o Oficio da Imaculada Conceição, repetindo a saudação do Anjo Gabriel a Maria, dependendo da tradução que se dá: Ave! Salve! Deus vos salve! Alegra-te!
   Maria é a Senhora do Mundo, pois e a Mãe do Senhor do Mundo, como nos diz o Evangelho de São Lucas (1, 32) e o Apocalipse (12, 5): "Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono."
    Maria é a Senhora do Mundo, pois o Senhor a entregou como Mãe do seu discípulo mais amado, representando todos os cristãos, irmãos de Jesus, por conseguinte, filhos de Deus e assim como Cristo, filhos também dela, representada pelo próprio João no Apocalipse 12,1 como a Mulher vestida de sol: "Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas."
   Maria tornou-se a Mãe de todos que creem ao dizer seu sim a Deus através do Anjo Gabriel, ao se colocar como Escrava do Senhor, (Luc 1,38) aceitando sua Missão sem duvidar (Luc 1,34), ela tornou-se a Mãe da fé dos cristãos, assim como Abraão é o Pai da fé para o judeu e depois para todos aqueles que creem em Deus. “Enquanto peregrinamos, Maria será sempre a mãe e  educadora da fé. Ela cuida que o Evangelho nos penetre intimamente, plasme nossa vida de cada dia e produza em nós frutos de santidade” (Documento de Puebla, nº 290). Ao pé da cruz, Maria recebeu de Jesus agonizante a missão de ser mãe de todos os que seriam seus discípulos (Jo 19, 26). Eva foi a mãe de todos os viventes na ordem da natureza (Gn 3, 20); Maria “se tornou para nós mãe na ordem da graça” (Concílio Vaticano II, Constituição Lumem Gentium, nº 61).
   Essa maternidade espiritual de Maria sobre a Igreja e descrita por João, no Apocalipse (12, 17) em: "Este (O DRAGÃO), então, se irritou contra a Mulher (MARIA, A IGREJA) e foi fazer guerra ao resto de sua descendência (FILHOS DE MARIA, FILHOS DE DEUS), aos que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus. “Por isso, Maria não cessa de interceder por nós no céu através do Único Mediador de nossa Salvação Jesus, pois ela intercede, junto com todos os Santos, como parte da Igreja”. Essa missão de Maria é uma realidade da vontade do próprio Deus, pois após o pecado dos primeiros pais, quando Deus amaldiçoou a serpente, Ele anunciou que a descendência da Mulher haveria de esmagar-lhe a cabeça (Gn 3, 15). Por isso, muitas imagens de Maria são representada com a serpente debaixo dos pés. Trazendo ao mundo o salvador, ela deu início à vitória do Bem sobre o Mal. E nós que somos da descendência de Nossa Senhora, cada vez que livremente e generosamente deixamos que a vontade de Deus se realize no mundo, em nós ou através de nós, evidentemente estamos colaborando com o esmagamento da serpente e de sua descendência.
   A Igreja que é o Corpo místico de Cristo unido a sua Cabeça, Jesus, o qual vive e reina, e também intercede por nós, pois não há cabeça sem corpo. E Maria como Mãe da cabeça, está sempre cuidando dos membros desse corpo que é a Igreja, seu cuidado ultrapassa o corpo místico de Cristo, como afirma os Bispos em Puebla: “Maria não vela apenas pela Igreja. Ela tem um coração tão grande quanto o mundo e intercede ante o Senhor da história por todos os povos. Isto bem registra a fé popular, que põe nas mãos de Maria, como Rainha e Mãe, o destino de nossas nações” (nº 289).
   Através dessa Comunhão dos Santos, a intercessão de Maria é para nós cristãos católicos, muito preciosa, como nos evidencia São João em seu Evangelho (Jo 2) ao falar indiretamente sobre o poder de intercessão da Mãe do Senhor.

Documento de Puebla; Ofício da Imaculada Conceição do Pe. José Raimundo Vidigal, C. Ss. R.



sábado, 23 de novembro de 2013

A MÃE DO PURO AMOR


Nossa Senhora da Ternura
 "sou a mãe do puro amor" (eclo 24, 24).
"sou a mãe do puro amor, do temor  de deus, da ciência e da santa esperança”. Em mim se acha toda graça do caminho e da verdade, em mim toda esperança da vida e da virtude.
Vinde a mim todos os que me desejais com ardor, e enchei-vos dos meus frutos; pois meu espírito é mais doce do que o mel, e minha posse mais suave que o favo de mel.
“A memória de meu nome durará por toda a série dos séculos" (Eclo. 24, 24 -28). O trecho acima, retirado do livro do eclesiástico, fala sobre o elogio da sabedoria, no entanto, podemos perceber nesta palavra uma clara ligação com Maria, mãe de jesus, o verbo encarnado, a sabedoria por excelência.
  Maria é a "mãe do puro amor", nosso senhor jesus cristo, que tudo fez para nos salvar  aceitando a morte de cruz, em Maria "se acha toda graça do caminho e da verdade", pois nela foi gerado o caminho, a vida e a verdade, que é jesus cristo. E o pedido de Maria é que "façamos o que seu filho mandar" jo 2, 5, desse modo ela nos mostra o caminho e a "esperança da vida e da virtude".
   Ao venerarmos Maria, buscamos encher-nos de seus frutos, aprender com ela a lição mais importante da vida: amar a deus com todas as forças e o próximo como a si mesmo. Por isso, para amar é preciso ser suave é preciso ser como Maria " mais doce que o mel", e viver, com Maria, o amor de jesus, é muito diferente daqueles que não a amam.
   Amar  jesus tendo como mãe Maria é a "posse mais suave que o favo de mel" e dessa forma a memória do nome de Maria durará por toda a série dos séculos, pois nós somos " sua descendência, aqueles que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de jesus"(Apo. 12, 17).





quinta-feira, 21 de novembro de 2013

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DA APRESENTAÇÃO



Minha boa Mãe do Céu, Nossa Senhora da Apresentação que, aos três anos subistes as escadarias do Templo para vos consagrardes inteiramente a Deus, praticando assim o ato de religião o mais agradável ao Senhor, seja-vos também agradável, a nossa homenagem, a nossa consagração. Consagrastes ao Senhor, ó Rainha do Céu, o vosso espírito e vosso coração, em flor de infância, o vosso corpo e todas as potências do vosso ser pelo sacrifício total, o mais generoso e desinteressado, pela mais solene imolação que o mundo já viu, antes da imolação do Calvário. Nós, aqui na terra de exílio, unimos aos espíritos celestes que assistiram a esta augura cerimônia que é como prelúdio de todas as vossas festas e com eles e todos os santos cantamos as glórias da vossa Apresentação benditíssima.
Amém.





quarta-feira, 20 de novembro de 2013

NOSSA SENHORA DA APRESENTAÇÃO



   A memória da apresentação da Virgem Maria é celebrada no dia 21 de novembro, quando se comemora um dos momentos sagrados da vida da Mãe de Deus, sua apresentação no Templo por seus pais Joaquim e Ana. Nenhum livro da Sagrada Escritura relata este acontecimento, sendo fartamente tratado nas escrituras apócrifas, que não são reconhecidas como inspiradas. Segundo esses apócrifos, a apresentação de Maria foi muito solene. Tanto no momento de sua oferta como durante o tempo de sua permanência no Templo verificaram-se alguns fatos prodigiosos: Maria, conforme a promessa feita pelos seus pais, fora conduzida ao Templo aos três anos, acompanhada por um grande número de meninas hebreias que seguravam tochas acesas, com a presença de autoridades de Jerusalém e entre cantos angélicos.
   Para subir ao Templo havia 15 degraus, que Maria subiu sozinha, embora fosse tão pequena. Os apócrifos dizem ainda que Maria no Templo se alimentava com uma comida extraordinária trazida diretamente pelos anjos e que ela não residia com as outras meninas. Segundo a mesma tradição apócrifa ela teria ali permanecido doze anos, saindo apenas para desposar São José, pois durante este período havia perdido seus pais.
   Na realidade a apresentação de Maria deve ter sido muito modesta e ao mesmo tempo mais gloriosa. Foi de fato através deste serviço ao Senhor no Templo, que Maria preparou o seu corpo, mas, sobretudo a sua alma, para receber o Filho de Deus, realizando em si mesma a palavra de Cristo: "Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática".
   Na Igreja Oriental, a festa da Apresentação é celebrada desde o século VII, no dia 21 de novembro, aniversário da Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, em Jerusalém. Contudo, ela só foi estabelecida na Igreja Ocidental no século XIV pelo papa Gregório XI, a pedido do embaixador de Chipre junto à Santa Sé. A cidade de Avinhão, na França, residência dos papas naquela época, teve a glória de ser a primeira do Ocidente a celebrar a nova festividade em 1732.
   Desde então este episódio da vida de Maria Santíssima começou a despertar o interesse dos cristãos e dos artistas, surgindo belíssimas pinturas sobre o tema da Apresentação.
   A primeira paróquia dedicada a esta invocação mariana no Brasil ocorreu em 1599, na cidade de Natal, Rio Grande do Norte. A cidade de Porto Calvo, em Alagoas, palco de diversas batalhas entre brasileiros e tropas invasoras, durante a guerra holandesa, tem também como padroeira a Senhora da Apresentação.
   No Rio de Janeiro, o bairro do Irajá, era antigamente um vasto campo público, destinado à pastagem e descanso do gado que descia para o consumo da cidade. Em 1644 ali foi erigida uma pequena e humilde capela sob o patrocínio de Nossa Senhora da Apresentação pelo Pe. Gaspar da Costa, que foi mais tarde o seu primeiro Vigário e cujo pai possuía propriedades nos arredores. A igrejinha foi reformada, ampliada e transformada em paróquia, uma das mais antigas do Rio de Janeiro.






domingo, 17 de novembro de 2013

POESIA A MARIA MÃE DE JESUS CRISTO


Hoje é dia de festa, vamos pois com alegria
dedicar com muito amor, tudo em louvor de Maria.   

Canta hoje um hino novo a uma virgem singular,
que com carinho e dedicação resolveu aqui fundar
para as Cúrias ajudar.


Seja bem vindo a Regia, que veio de Fortaleza,
fazer esta Solenidade cheia de encanto e beleza,
receba nossos aplausos, estamos felizes com certeza.


Seja bem vindo também o Comitium de Mossoró,
que tanto nos ajudou, sempre fazendo o melhor,
apesar das dificuldades nunca nos abandonou.


A Cúria Mãe do Redentor veio homenagear
nesta manhã tão bonita, queremos parabenizar
o Comitium de Pau dos Ferros com quem vamos Trabalhar.


Ah! Se pudesse Maria falar com toda essa gente
abraçando a cada um dizendo o que seu coração sente,
pois temos real certeza,  Ela está aqui presente.


Vamos juntos Caminhando com o nome da Legião,
o terço é a nossa arma e a tessera a munição,
o encontro e o trabalho nos anima na missão.



Por isso te pedimos Maria, nas Cúrias (Comitium) alegria,
no Senatus muita Paz, e a Regia Harmonia.


Virgem Santa Virgem Santa, eu sou tua filha!
Minha mãe tu és querida! Nas agruras desta vida
És estrela tutelar!...

Fonte das poesias: http://www.legiaodemaria.org.br
As imagens são da internet, e a produção em Power Point foi produzida por Maria Marta.




     

sábado, 9 de novembro de 2013

EXPLICAÇÃO SOBRE O ÍCONE DE NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO



A Nossa Igreja celebra o dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, com muita alegria, pois é uma devoção universal, conhecida e venerada em todos os continentes do mundo, talvez a mais ampla e conhecida devoção de Nossa Senhora, especialmente no Oriente. No mundo todo são realizadas as famosas Novenas Perpétuas em honra de Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro.
Pensando nisso, achamos interessante divulgar um artigo da Gaudium Press que explicará o significado do quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
A Mensagem do Quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Aparentemente é um simples quadro de mais uma das inúmeras devoções à Santa Mãe de Deus, mas se nos determos em seus detalhes, veremos que a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é cheia de simbolismos e significados.
Medindo 53 por 41,5 centímetros o ícone foi produzido no estilo bizantino em madeira sobre um fundo dourado.
Na época em que a obra foi executada, durante o Império Romano, os artistas utilizavam o ouro ou simplesmente sua cor para retratar apenas as grandes personalidades.
Segundo a tradição o quadro foi pintado por um artista até hoje desconhecido que, por sua vez, inspirou-se em uma pintura atribuída a São Lucas.
O ícone é rico em detalhes e a cada um deles é atribuído um significado, uma simbologia, uma mensagem.
Abreviatura de "Arcanjo São Miguel", Ele apresenta a lança, a vara e o cálice da amargura.
    À direita, São Gabriel, de manto lilás, com a cruz e os cravos que perfuraram pés e mãos do Redentor.
   No alto do quadro, estão escritas, em letras gregas, as iniciais que significam: Mãe de Deus.
     Ao lado da cabeça do Menino Jesus, as iniciais de Jesus Cristo.
A estrela no manto de Nossa Senhora é a estrela guia que nos conduz como conduziu os Reis Magos, ao encontro de Jesus.
    Os olhos de Maria, voltados sempre para nós, significam  o desejo de acolher e ver todas as nossas necessidades.
   Nos primórdios do Cristianismo, as virgens se distinguiam pela cor azul, símbolo da pureza... E as mães pela cor vermelha, signo da caridade. Combinação cromática que define excelentemente Nossa Senhora, Virgem e Mãe.
      As mãos de Jesus apoiadas nas mãos de Nossa Senhora significam a confiança total.
    A Virgem Mãe segura com desvelo, afeto e adoração o Menino-Deus; seu olhar, porém, não está voltado para Ele, mas para nós, seus filhos adotivos.
    A sandália pendente do pé direito do Menino Jesus é bem o símbolo da situação da alma em estado de pecado mortal: preso a Jesus por um fio, a devoção a Nossa Senhora.

   Jesus não olha nem para sua Mãe nem para nós, mas quer abarcar com o seu olhar divino os dois anjos que seguram os instrumentos da Paixão.
   Assustado pela aparição dos dois anjos, mostrando-lhe os instrumentos de sua morte, Jesus corre para os braços de sua Mãe, e com tanta pressa que desamarrou-se o cordão da sandália… Nossa Senhora abriga-o com ternura e o Menino Jesus sente-se seguro nos braços de sua Mãe. O olhar de Nossa Senhora não se dirige ao menino, mas a nós – apelando para os homens evitarem o pecado, causa do susto e da morte de Jesus. As mãos de Jesus estão na mão de Maria para lembrar que Ela é a Medianeira de todas as graças.

Por Emílio Portugal Coutinho


sábado, 2 de novembro de 2013

NOSSA SENHORA DA BOA MORTE

 
   A devoção a Nossa Senhora da Boa Morte chegou aos cristãos do Ocidente, através da tradição cristã do Oriente, sob o título de "Dormição da Assunta".
   Talvez, esse seja o culto mariano mais antigo, iniciado logo nos primeiros séculos do cristianismo.
A última metade do século V foi marcada pela propagação de uma literatura apócrifa, isto é, escrita na época dos fatos, mas não incluída na Bíblia, sobre a morte e assunção da Virgem; e a construção de uma Basílica para venerar o túmulo da Mãe de Deus, por ordem da imperatriz Eudóxia.
   Nossa Senhora da Boa Morte é um dos títulos  dados a Nossa Senhora. Entretanto, a tradição católica evita dizer que Nossa Senhora morreu, substitui morte por "dormitio" (dormição), pois a morte muitas vezes é comparada ao sono na Bíblia: "Muitos daqueles que dormem no pó da terra, despertarão, uns para a vida eterna, outros para a ignomínia, a infâmia eterna"( Dn 12, 2).

História
   O culto a Nossa Senhora da Boa Morte é uma tradição da Igreja Católica.
   No ano de 1661, em Lombo do Atouquia, freguesia de Calheta, Portugal, já existia uma capela de Nossa Senhora da Boa Morte, fundada por Francisco Homem de Couto.
  O culto chegou ao Brasil por meio dos portugueses
   A imagem de Nossa Senhora da Boa Morte pode ser venerada em Salvador, Bahia, na igreja da Glória e Saúde, mas é na cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano é onde são realizadas as maiores celebrações organizadas anualmente pela Irmandade da Boa Morte. E possui certas características: Incorpora elementos da cultura afro-brasileira, tem mais de duzentos anos, Só admite mulheres com mais de quarenta anos de idade, São na maioria adeptas do candomblé.
  Existe também na cidade de Santos em São Paulo, uma Confraria de Nossa Senhora da Boa morte, localizada no Convento de Nossa Senhora do Carmo dos carmelitas.
  Entretanto, não se deve confundir o título de "Nossa Senhora da Boa Morte”, um dos atributos da Virgem, Mãe do Senhor com o culto sincrético da Boa Morte cuja imagem é um esqueleto e que tem suas raízes nas crenças indígenas dos povos nativos do México.
  Esse culto da Boa Morte no México  em nenhum momento foi ou é autorizado e aprovado pela Igreja. Trata-se de Sincretismo Típico do México assim como a Umbanda o é no Brasil.
Em relação a Virgem, o título Senhora da Boa Morte está ligado ao final da oração denominada "Ave Maria": "Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores agora e na hora de nossa morte".

A DORMIÇÃO DE MARIA
   Senhora da Boa Morte chegou aos cristãos do Ocidente, através da tradição cristã do Oriente, sob o título de "Dormição da Assunta".
   Talvez, esse seja o culto mariano mais antigo, iniciado logo nos primeiros séculos do cristianismo.
A última metade do século V foi marcada pela propagação de uma literatura apócrifa, isto é, escrita na época dos fatos, mas não incluída na Bíblia, sobre a morte e assunção da Virgem; e a construção de uma Basílica para venerar o túmulo da Mãe de Deus, por ordem da imperatriz Eudóxia. Isso acabou provocando a mudança do conteúdo temático do culto de 15 de agosto, para a "Dormição da Assunta", já no início do século VI.
   Os escritos apócrifos revelavam que, a Virgem Maria teria entrado em "Dormição", isto é, entrado no sono da morte rodeada pelos apóstolos.
   O seu corpo imaculado foi levado por eles a um sepulcro novo no Getsêmani. Três dias depois, eles voltaram ao local e o encontraram vazio e com odor de flores. A Mãe fôra "Assunta", isto é, subira ao céu em corpo e alma.
   A Assunção de Maria, do ponto de vista bíblico, é totalmente possível, já que outros personagens também foram arrebatados por Deus ao céu como Moisés, depois de morto (Jd 1,9), Henoc que "pela fé, foi levado, a fim de escapar à morte e não foi mais encontrado, porque Deus o levara (...)" (Hebreus, 11,5), Elias  que subiu num carro de fogo, e foi arrebatado por Deus, em corpo e alma. (II Reis, II, 1-11).
   Se esses homens mereceram tal graça, porque a Mãe do senhor (Lc1,43)  não, já que deu-lhe a carne e o sangue que nos remiu?
   No século VII, o imperador Maurício prescreveu que essa festa mariana fosse celebrada em todos os seus domínios, como uma das mais importantes.
   E finalmente, o Papa Sérgio I a introduziu na liturgia de Roma. Desse modo, o culto "Dormição da Assunta" ou "Dormição da Mãe de Deus" alcançou toda a Igreja, do Oriente e do Ocidente.
    A Igreja do Oriente se dedicou ao culto da devoção da Mãe de Deus, até por ser a mais primitiva.
    Muitas igrejas cobertas de ícones sagrados foram erguidas em todas as regiões, nesse período bizantino.
Os lugares sagrados, marcados pelos acontecimentos da Revelação do Mistério de Deus, foram guardados dentro de magníficos templos cobertos de ícones. Tais ícones não foram feitos para adornar o templo, são pinturas que representam os símbolos sagrados da Igreja e descrevem o Evangelho.
   Assim, uma grande profusão de ícones invadiu a Igreja do Ocidente, especialmente os da Mãe de Deus.
A Virgem Santíssima, além de ser invocada e representada em "Dormição", foi chamada de "Assunta", como seu filho foi elevada ao céu, pelo mérito de Cristo, obtendo a Redenção corpórea. Venerar a Boa Morte de Nossa Senhora sempre foi uma grande festa, para os cristãos.
   Ela é a premissa da glorificação do corpo e da alma, assegurada por Cristo no final dos tempos, pois "Cristo ressuscitou dentre os mortos como primícias dos que morreram" ( I Cor 15,20) e  cada um ressurgirá "cada qual porém em sua ordem" (I Cor 15,23).
   Assim, não há porque não crer na Assunção de Maria, visto que nem"  todos morreremos, mas todos seremos transformados" ( I Cor 15,51). Antigamente o culto iniciava na véspera, com a deposição da imagem da Virgem "dormente", num esquife e ficava exposta à visita dos fiéis até a manhã da festa, quando era retirada e colocada a imagem triunfal de Nossa Senhora da Assunção.
  Em algumas localidades essa tradição se manteve inclusive nas Américas que herdou o culto dos missionários espanhóis e portugueses.
   O dogma da Assunção de Maria só foi proclamado pelo Papa Pio XII em 1950, como consequência lógica de intensos estudos históricos e teológicos patrocinados pela Igreja ao longo desses séculos. Ele só fez coroar uma fé sempre professada universalmente por todo o Povo de Deus.

Oração à Santíssima Virgem para obter uma boa morte

  Ó Maria, concebida sem mácula, orai por nós que a Vós recorremos. Ò Refúgio dos pecadores, Mãe dos agonizantes, não nos desampareis na hora da nossa morte, mas alcançai-nos uma dor perfeita, uma contrição sincera, a remissão dos nossos pecados, uma digna recepção do Santíssimo Viático, a fortaleza, do Sacramento da Unção dos enfermos, para que possamos seguros apresentar-nos ante o trono do justo mas também misericordioso Juiz, Deus e Redentor nosso. Amém.

Fonte: http://rezairezairezai.blogspot.com.br  A produção da imagem em Power Point foi feita por Maria Marta.