sábado, 28 de setembro de 2013

VIRGEM MARIA


                         Por que os católicos veneram a Virgem Maria?
R: Os católicos veneram Maria, porque Deus a escolheu para ser a Mãe de seu Filho, Jesus. Nosso amor e veneração pela Mãe do Filho de Deus encarnado já se encontram mencionados no Evangelho, quando ela mesma diz: “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1, 48). Demonstramos nosso amor a Virgem Maria nas festas que a Igreja celebra em seu louvor ou quando rezamos o Rosário, contemplando Jesus com Maria. Mas também a cada dia, quando nos dirigimos a ela pedindo seu auxílio, quando rezamos com amor a “Ave Maria”, quando colocamos sob sua proteção materna nossa vida. Em sua primeira parte, a oração da “Ave-Maria” tem fundamento bíblico, pois contém as palavras do Evangelho de Lucas 1, 28 - 42.
    Adoramos somente a Deus. A Maria dedicamos especial amor, a imitação, o respeito e a confiança que seu próprio Filho, Jesus, lhe dedicou. Ela é a criatura que está mais próxima do Senhor. Ela é a primeira criatura plenamente glorificada, sinal concreto da eficácia da salvação de Jesus Cristo na nossa humanidade. Venerar Maria significa professar a nossa fé na poderosa realização da Páscoa de Jesus Cristo em nós, criaturas e filhos. Interessa-se por nós, ama-nos como a filhos queridos, pois o próprio Jesus nos confiou a ela: “Mulher, eis o teu filho” (Jo 19,26). Temos especial carinho por Maria, em obediência a Jesus e por fidelidade ao Evangelho: “Filho, eis aí tua mãe” (Jo 19, 27). Por isso podemo-nos dirigir a ela, confiando em sua intercessão materna em todas as nossas necessidades.
Jesus mesmo mostrou como lhe agradava a intercessão de Maria, quando por ocasião das Bodas de Caná, a pedido de sua mãe, realizou o primeiro sinal (cf. Jo 2,1-11). Quanto mais assemelhado a Cristo, tanto mais os cristãos devem nutrir os sentimentos de veneração e estima filial que Jesus nutria para com a sua mãe.

 Por que dizemos que Maria é a Mãe de Deus?
R: A Igreja confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus, porque é a Mãe do Filho Eterno de Deus feito homem. Os Evangelhos a denominam como “a Mãe de Jesus” (Jo 2,1; 19,25). Desde antes do nascimento de seu Filho, ela é chamada de “a Mãe do meu Senhor” (Lc 1,43).
   Maria não gerou Deus. Mas gerou e deu à luz Jesus, que é realmente o Filho de Deus. Por isso ela pode ser chamada “Mãe de Deus”. Falando assim, afirmamos nossa fé na divindade de Jesus, confessamos que Jesus é um só ser, humano e divino, é o Filho de Deus que se fez homem.
   A fórmula “Maria, Mãe de Deus” preserva uma das verdades mais fundamentais da fé, a verdade da encarnação e a maneira como Deus realizou a redenção do gênero humano. Como os Padres da Igreja diziam, o Verbo de Deus se fez homem para que a humanidade fosse divinizada.

 Jesus Cristo teve irmãos? Sua mãe teve outros filhos?
R: Em sete textos do Novo Testamento são mencionados os “irmãos” de Jesus (Mc 6,3; Mc 3,31-35; Jo 2,12; Jo 7,2-10; At 1,14; Gl 1,19; 1 Cor 9,5). Segundo Mc 6,3 chamavam-se Simão, Tiago, José e Judas. O episódio da peregrinação aos doze anos, quando os pais não deixariam o lar por quinze dias com filhos pequenos (Lc 2,41-42), e o episódio da entrega da mãe a João na cruz seriam incompreensíveis se Jesus tivesse outros irmãos em casa (Jo 19,26s). O termo irmão usado supõe um contexto linguístico pobre de vocabulário: a palavra aramaica “irmão” podia significar não somente os filhos dos mesmos genitores, mas os primos ou parentes mais distantes. Com efeito, Tiago e José, “irmãos de Jesus” (Mt 13,55), são filhos de outra Maria, discípula de Jesus (Mt 28,1). Trata-se de parentes próximos de Jesus, chamados de irmãos, consoante uma expressão conhecida do Antigo Testamento (Gn 13,8; 14,16; 29,15). “O que foi gerado nela vem do Espírito Santo”, diz o anjo a José acerca de Maria, sua noiva (Mt 1,20). A Igreja sempre entendeu que essas passagens não designam outros filhos da Virgem Maria. Cristo é o Filho único de Maria, nela concebido pelo poder do Espírito Santo.

Fonte: Livro do Católico, Parte 204, Basílica Nossa Senhora do Carmo – Campinas – SP – Brasil.
imagem de Nossa Senhora da internet; montagem do Power Point produzida por Maria Marta.


terça-feira, 24 de setembro de 2013

IMAGENS DE MARIA MÃE DE JESUS

Nossa Senhora

Nossa Senhora Rainha da Paz

Nossa Senhora com Jesus 

Nossa Senhora colocando Jesus para dormir


Nossa Senhora

Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento

Nossa Senhora do Equilíbrio

Nossa Senhora Divina Pastora

Nossa Senhora de Lourdes

Nossa Senhora de Fátima

Nossa Senhora de Fátima

Nossa Senhora das Graças

Nossa Senhora das Dores

Nossa Senhora das Dores
Nossa Senhora da Rosa

Nossa Senhora da Rosa Mística
Fonte: Algumas imagens são de arquivo pessoal; outras são da internet, e mais algumas do site: www.nospassosdemaria.com.br.
 A montagem em Power Point foi produzida por Maria Marta.

IMAGENS DE NOSSA SENHORA

Nossa Senhora da Medalha Milagrosa

Nossa Senhora da Luz

Nossa Senhora da Imaculada Conceição

Nossa Senhora Arca da Aliança

Nossa Senhora

Virgem Dolorosa

Nossa Senhora Virgem Dolorosa

Nossa Senhora Mãe dos Pobres

Nossa Senhora da Piedade

Nossa Senhora da Consolação

Coração Imaculado de Maria

Imaculado Coração de Nossa Senhora

Imaculado Coração de Maria

Imaculada Conceição de Maria


Fonte: As fotos são de arquivo pessoal e outras da internet. A montagem de power Point foi produzida por Maria Marta.


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O MAIS PERFEITO LOUVOR DE MARIA A DEUS

Maria disse:*


Minha alma proclama a grandeza do Senhor, meu espírito festeja a Deus, meu salvador, porque olhou a humildade de sua escrava e daqui para  frente me felicitarão todas as gerações.


Porque o Poderoso fez proezas, seu nome é sagrado.


Sua misericórdia com seus fieis continua de geração em geração.


Seu poder é exercido com seu braço: dispersa os soberbos em seus planos: derruba do trono os potentados e exalta os humildes: cumula de bens os famintos e despede vazios os ricos.


Socorre Israel seu servo, recordando a lealdade, prometida a nossos antepassados, em favor de Abraão e sua descendência para sempre.


Reflexão: Neste cântico chamado o Magnificat em estilo de hino com seus temas bíblicos tradicionais, nos é mostrado a beleza de reconhecer a grandeza do poder de Deus. Maria proclama as maravilhas que o Senhor realizou n'Ela. 
   Mas devemos entender que estas maravilhas, são as promessas se cumprindo em favor de seu povo Israel, e Maria como a serva fiel, é agraciada com o perfeito amor que Deus quer para toda criação. Nela se realiza por uma ação extraordinária da Bondade do Altíssimo, aquilo que o Senhor quer para todos nós; que sejamos um perfeito louvor à sua glória. 
  Na alegria de celebrar o seu Deus, Maria professa a sua fé na santidade do Poderoso, bem-dito seja Ele, e plena de felicidade proclama que a humildade é agradável, e quem a possui é exaltado; em contrapartida: a soberba derruba todos aqueles que são possuídos por ela. E os ricos de coisas do mundo, mas pobres de Deus, no final das contas, ficam de mãos vazias. E suas vidas não possui a verdadeira alegria, pois lhes falta o essencial, o Senhor da vida, as virtudes que elevam a alma a está num relacionamento sincero com Deus.
   Todavia, é compreendido por Maria, que Deus é justo, é Bom, é misericordioso, é leal, é santo e que é digno de toda confiança! Devemos também nós, crê que o Deus que se apresenta para a humanidade unindo-se a ela apesar de toda a pequenez, limitações, pecados, certamente deve ser acolhido por nós com as mesmas disposições que foi acolhido por Nossa Senhora. 
   Ela é o exemplo de como devemos nos relacionar com Deus, e como proceder, quando o Senhor quiser precisar de nós para realizar seus divinos favores a favor da humanidade. "Eis aqui a escrava do Senhor. Que sua palavra se cumpra em mim". (Lc 1, 38), deveria ser a nossa pronta resposta. No entanto, mesmo depois de Nosso Senhor Jesus Cristo ter ido a cruz e doado sua vida para nos reconciliar com o Pai, e nos fazer ver que Ele é Bom e quer a nossa salvação, temos dificuldades de confiar e se relacionar com sinceridade com o nosso Deus.  
  A prova de tudo isso é degeneração da sociedade, das famílias, das amizades sinceras, das realidades políticas de nosso país, que perderam muito de sua dignidade e honestidade, pois o que vemos e ouvimos, nos interroga: será que existe fé sobre a face da terra? Será que Deus existe no coração dos seres humanos? O que impede o verdadeiro relacionamento com Deus? O que impede o ser humano de confiar realmente na Palavra de Deus?
   Maria mãe de Jesus e nossa mãe, vem nos ensinar com teu exemplo de humilde, a confiar plenamente no Deus Altíssimo e a nos relacionar com Ele com um coração sincero e livre de toda soberba e autossuficiência.  Fazei com sua intercessão junto a seu Filho Jesus, que recebamos as graças que nos são necessárias, para vivermos com fidelidade o desígnio salvador de Deus para nossas vidas. Que possamos ser abertos a ação santificadora do Espírito Santo e dizer sempre: "cumpra-se em mim a tua palavra"! Amém.
     
                                                                                     Por Maria Marta

Fonte:*(Lc 1, 46-55) Bíblia do Peregrino.


sábado, 21 de setembro de 2013

LOUVORES A VIRGEM MARIA



 Nas palavras de São Bernardo:

Ó tu, quem quer que sejas, que te sentes longe da terra firme, arrastado pelas ondas deste mundo, no meio das borrascas e tempestades, se não queres soçobrar, não tires os olhos da luz desta estrela.



Se o vento das tentações se levanta, se o escolho das tribulações se interpõe em teu caminho, olha a estrela, invoca Maria.

Se és balouçado pelas vagas do orgulho, da ambição, da maledicência, da inveja, olha a estrela, invoca Maria.

Se a cólera, a avareza, os desejos impuros sacodem a frágil embarcação de tua alma, levanta os olhos para Maria.

Se, perturbado pela lembrança da enormidade de teus crimes, confuso à vista das torpezas de tua consciência, aterrorizado pelo medo do juízo, começas a te deixar arrastar pelo turbilhão da tristeza, a despencar no abismo do desespero, pensa em Maria.


Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria.

Que seu nome nunca se afaste de teus lábios, jamais abandone teu coração; e para alcançar o socorro da intercessão dela, não negligencies os exemplos de sua vida.

Seguindo-A, não te transviarás; rezando a Ela, não desesperarás; pensando nela, evitarás todo erro.

Se Ela te sustenta, não cairás; se Ela te protege, nada terás a temer; se Ela te conduz, não te cansarás; se Ela te é favorável, alcançarás o fim.

E assim verificarás, por tua própria experiência, com quanta razão foi dito: “E o nome da Virgem, era Maria“.


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

NOSSA SENHORA DA SALETTE

   Em meados de setembro de 1846, um camponês de Ablandins, Pedro Selme, está com o pastor adoentado. Desce a Corbs, até a casa de seu amigo, o carroceiro Giraud:-”Empresta-me teu Maximino por alguns dias…”-”Maximino pastor? Ele é irresponsável demais para tanto !…” Conversa vai, conversa vem…, a 14 de setembro o garoto Maximino vai a Ablandins.
  No dia 17 percebe a presença de Melânia na aldeia. No dia 18 vão pastorear seus rebanhos nos terrenos de Comuna, no monte Planeau. Conversam então, e decidem voltar a pastorear juntos no dia seguinte e no mesmo lugar.
   No sábado, 19 de setembro de 1846, bem cedo, as duas crianças sobem as ladeiras do monte Planeau. O sol resplandecia sobre as pastagens… Ao meio dia, no fundo do vale, o sino da Igreja da aldeia toca a hora do Angelus.
   Maximino e Melânia tornam a subir pelo vale até a “fonte dos homens“. Junto à fonte, comem pão e um pedaço de queijo. Outros meninos pastores, que pastoreiam mais abaixo, juntam-se aos dois e passam a conversar. Depois que eles partiram, Maximino e Melânia atravessam o regato e descem alguns passos até os dois assentos de pedras empilhadas, junto a poça seca de uma fonte sem água: e a “pequena fonte“.
Uma estranha claridade
  Contrariamente a seu costume, as duas crianças se estendem sobre a relva…e adormecem. O clima sob o sol de final de verão, é agradável. Nem uma nuvem no céu. calma e ao silêncio da montanha.
  Bruscamente Melânia acorda e sacode Maximino!-”Maximino, Maximino, vem depressa, vamos ver nossa vacas…Não sei onde andam!”. Rapidamente sobem a ladeira oposta ao Gargas. Voltando-se, têm diante de si toda a pradaria: as vacas lá estão ruminando calmamente. Os dois pastores se tranquilizam. Melânia começa a descer. A meio caminho se detêm imóvel e, de susto, deixa cair o cajado.- “Maximino, olha lá, aquele clarão!”
   Junto à pequena fonte, sobre um dos assentos de pedra…um globo de fogo. “É como se o sol tivesse caído lá“. No entanto, o sol continua brilhando num céu sem nuvens.
   Maximino corre gritando:- “Onde está? Onde está?” Melânia estende o dedo para o fundo do vale onde haviam dormido. Maximo para perto dela, cheio de medo e lhe diz:- “Segura o teu cajado, vai! Eu seguro o meu e lhe darei uma paulada se “aquilo” nos fizer qualquer coisa“. O clarão se mexe, se agita, gira sobre si mesmo. As duas crianças faltam palavras para externar a impressão de vida que irradia desse globo de fogo. Uma mulher ali aparece, assentada, a cabeça entre as mãos, os cotovelos sobre os joelhos, numa atitude de profunda beleza. 
   As Mensagens da Bela Senhora
   A Bela Senhora põe-se de pé. Os dois não se mexiam. Ela lhe diz, em francês:-
Vinde, meus filhos, não tenhais medo, aqui estou para vos contar uma grande novidade!
Então, as crianças descem até a Bela Senhora.
   Olham-na. Ela não para de chorar:- “Achávamos que era uma mamãe cujos filhos a tivessem espancado e que se teria refugiado na montanha para chorar“. A Bela Senhora é alta e toda de luz. Veste-se como as mulheres da região: vestido longo, um grande avental, lenço cruzado e amarrado as costas, touca de camponesa. Rosas coroam sua cabeça, ladeiam o lenço e ornam seu calçado. Em sua fronte a luz brilha como um diadema. Sobre os ombros carrega uma pesada corrente. Uma corrente mais leve prende sobre o peito um crucifixo resplandecente, com um martelo de um lado, e de outro uma torques. 
   “Nós a ouvimos, não pensávamos em mais nada”. Como Maximino e Melânia, deixemos que ressoe em nós também o que ela falou no alto da montanha. Com eles, ouçamos a Bela Senhora, contemplando o Crucifixo resplandente de glória sobre seu peito.
  Se meu povo não quer submeter-se, sou forçada a deixar cair o braço de meu Filho. É tão forte e tão pesado que não o posso mais suster.
   Há quanto tempo sofro por vós!Dei-vos seis dias para trabalhar, reservei-me o sétimo, e não me querem conceder! É isso que torna tão pesado o braço de meu Filho.
   E também os carroceiros não sabem jurar sem usar o nome de meu Filho. São essas as duas coisas que tornam tão pesado o braço de meu Filho.Se a colheita se estraga, e só por vossa causa. Eu vo-lo mostrei no ano passado com as batatinhas: e vós nem fizestes caso! Ao contrário, quando encontráveis batatinhas estragadas, juráveis usando o nome de meu Filho. Elas continuarão asssim, e neste ano, para o Natal, não haverá mais.
   A palavra “batatinhas” (em francês: ‘pommes de terre‘), deixa Melania intrigada. No dialeto da região, se diz “la truffa“. E a palavra ‘pommes‘ lembra-lhe o fruto da macieira.
   Ela se volta então para Maximino, para lhe pedir uma explicação. A Senhora porém, adianta-se dizendo:
  Não compreendeis, meus filhos? Vou dizê-lo de outro modo: Retomando pois, as últimas frases no dialeto de Corps, língua falada correntemente por Maximino e Melânia, a Bela Senhora prossegue: Se tiverdes trigo, não se deve semeá-lo. Todo o que semeardes será devorado pelos insetos, e o que produzir se transformará em pó ao ser malhado.Virá grande fome.    Antes que a fome chegue, as crianças menores de sete anos serão acometidas de trevor e morrerão entre as mãos das pessoas que as carregarem, Os outros farão penitência pela fome. As nozes caruncharão, as uvas apodrecerão. 
   De repente, a Bela Senhora continua a falar, mas somente Maximino a entende. Melânia percebe seus lábios se moverem, mas nada entende. Alguns instantes depois, Melânia por sua vez, pode ouvir, enquanto Maximino, que nada mais entende. Assim a Bela Senhora falou em segredo a Maximino e depois a Melânia. E novamente, os dois em conjunto ouvem as seguintes palavras: Se se converterem, as pedras e rochedos se transformarão em montões de trigo, e as batatinhas serão semeadas nos roçados..
   Fazeis bem vossa oração, meus filhos? “Não muito Senhora“, respondem as crianças.
   Ah! Meus filhos, é preciso fazê-la bem, à noite e de manhã, dizendo ao menos um Pai Nosso e uma Ave Maria quando não puderdes rezar mais. Quando puderdes rezar mais, dizei mais.
   Durante o verão, só algumas mulheres mais idosas vão à Missa. Os outros trabalham no Domingo, durante todo o verão. Durante o inverno, quanto não sabem o que fazer, vão a Missa zombar da religião. Durante a Quaresma vão ao açougue como cães. 
Nunca viste trigo estragado, meus filhos? “Não Senhora” , responderam eles.
  Então Ela se dirige a Maximo:
   Mas tu, meu filho, tu deves te-lo visto uma vez, perto do Coin, com teu pai. O dono da roça disse a teu pai que fosse ver seu trigo estragado. Ambos fostes até lá. Ele tomou duas ou três espigas entre as mãos, esfregou-as e tudo caiu em pó. Ao voltardes, quando estaveis a meia hora de Corps, teu pai te deu um pedaço de pão dizendo-te: “Toma, meu filho, come pão neste ano ainda, pois não sei quem dele comerá no ano próximo, se o trigo continuar assim”.
   Maximino responde:- “É verdade, Senhora, agora lembro. Há pouco não lembrava mais“. E a Bela Senhora conclui, não mais em dialeto, e sim em francês: Pois bem, meus filhos, transmitireis isso a todo o meu povo. 


Fonte: http://blog.cancaonova.com

domingo, 15 de setembro de 2013

NOSSA SENHORA DAS DORES



No dia 15 de setembro celebramos a festa de Nossa Senhora das Dores. Parece uma contradição comemorar o sofrimento de alguém. Porém, nesta comemoração, há uma sabedoria maravilhosa que pode nos ajudar durante toda a vida.
   Através da festa de Nossa Senhora das Dores nós aprendemos que todo sofrimento, quando oferecido a Deus, se transforma em bênçãos, em crescimento pessoal e em felicidade consistente e madura. Depois de toda morte vem a ressurreição.
    A Virgem Maria começou a experimentar o sofrimento por causa do seu sim a Deus quando era ainda bem jovem. Por volta de 15 anos, ela deu à luz seu Filho, concebido por obra do Espírito Santo. Ao apresentar o menino no Templo, ouviu uma profecia assustadora: “Por causa deste menino, uma espada de dor transpassará teu coração”. (Lucas, 2, 34-35)
   Logo em seguida teve que fugir para o Egito, porque um rei poderoso queria matar seu filho recém-nascido. Não parece estranho? O Filho de Deus nasce neste mundo e seus pais tem que fugir com ele para uma terra estranha por um rei sanguinário quer mata-lo… Terra estranha, língua estranha, costumes estranhos, religião estranha, pessoas estranhas…
   Este sofrimento durou quatro anos. Mas, passou. Herodes morreu e a Sagrada Família pôde, enfim, voltar para Nazaré e conviver com todos os seus queridos. Jesus teve uma infância simples, porém, feliz, junto de seus familiares, tios, primos e amigos.
   E o que dizer das outras dores de Maria? Perder o Filho justo quando ele completara doze anos e atingia a maioridade em Israel… E reencontrá-lo três dias depois, “na casa do Pai” (Pai de Jesus e ele deixa isso bem claro na frente de José). Uma dor… Uma prefiguração da perda real de Jesus na sua morte de cruz… Mas recuperando-o (para sempre) três dias depois!
   A grande sabedoria da festa de Nossa Senhora das Dores é que os sofrimentos desta vida são passageiros. Por mais infindáveis que possam parecer, todos são passageiros. E a coroa que nos aguarda no final, é incomparavelmente superior a qualquer sofrimento que possamos viver neste mundo.
   Além disso, os sofrimentos tem um papel importante na vida de qualquer pessoa. São Paulo fala sobre isso: “… Nós nos gloriamos até das tribulações (leia-se: sofrimentos). Pois sabemos que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança. E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” (Romanos 5, 3-5)
    Podemos dizer que Maria viveu isso. Ela amadureceu no sofrimento, mas também na fé, na paciência, na esperança e na perseverança. E, em tudo, viveu o amor de Deus.
   São Paulo tem uma frase belíssima, que norteou a vida de milhões de cristãos no mundo inteiro. Ele disse: “Tenho para mim que os sofrimentos da vida presente não têm comparação alguma com a glória futura que se manifestará em nós” (Romanos 8, 18).
   No fundo, esta é a grande esperança de todos os cristãos: a glória futura. Esta é a Pérola preciosa da qual Jesus fala. Esta é a Pérola Preciosa que Maria encontrou quando disse sim a Deus. Por causa dela, vale a pena vender tudo e dar aos pobres. Por causa dela, vale a pena todo sofrimento e nenhum sofrimento fica sem sentido.
   E este é o grande sentido da festa de Nossa Senhora das Dores: ela dá um sentido ao nosso sofrimento. Maria sofreu. Jesus sofreu. Quem somos nós para não passarmos pelo sofrimento? Porém, depois de todo sofrimento vem a vitória. Depois de toda morte, vem a ressurreição.
   Que Nossa Senhora das Dores nos ajude nos momentos de sofrimento, pois ela passou por eles, passou pela pior dor que alguém poderia passar e venceu. Com ela no coração, podemos vencer também.



sábado, 14 de setembro de 2013

MARIA: EXEMPLO DE ORAÇÃO



   Em comunhão com nossa Igreja Particular em oração, quero aqui falar de Nossa Senhora cuja a vida sempre esteve envolta em oração. Maria, exemplo de oração.
    Maria, criança orante com seus piedosos pais, em casa e na sinagoga, ouvindo a Palavra de Deus e cantando salmos.
   Maria, adolescente e jovem, no meio daquelas comunidades religiosas dos pobres de Javé que havia na região da Galiléia.
   Maria, filha orante com seus pais, nas longas peregrinações a Jerusalém, celebrando a Festa da Páscoa.
    Maria, jovem noiva orante, ungida pelo Espírito Santo, respondendo ao Anjo da anunciação: “Eis aqui a servidora de Javé, faça-se em mim segundo a tua Palavra” (Lc 1,8).
   Maria, orante com a anciã Isabel, confidenciando-lhe o mistério de sua gravidez divina e profeticamente cantando e orando: “A minha alma engrandece ao Senhor e exulta meu espírito em Deus, meu Salvador, porque olhou para a pequenez de sua serva. Sim! Doravante as gerações hão de chamar-me bem aventurada, pois o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor” (Lc 1,46-49).
  Maria, mãe orante, esposa de José, diante do mistério do Natal: “Ela conservava cuidadosamente todos os acontecimentos e os meditava em seu coração” (Lc 2,19).
   Maria, orante silenciosa na apresentação do Menino no Templo, diante dos exultantes anciãos Simeão e Ana que reconheceram o Messias anunciado pelos profetas.
   Maria, orante no exílio do Egito, na saudade e na recordação de sua gente e sua pátria.
    Maria, dona de casa orante, no aconchego humilde de seu lar em Nazaré, no cumprimento de sua missão de esposa e mãe.
   Maria, orante com José  e com o Menino, na sinagoga e nas suas alegres peregrinações ao Templo de Jerusalém.
   Maria, mãe aflita orante, no desaparecimento do Menino com seus doze anos, numa Festa da Páscoa em Jerusalém.
   Maria, orante na dor e na solidão, ao tornar-se viúva de José. Maria, orante nos três anos da vida pública de Jesus.
   Maria particularmente orante naquela sua intervenção materna em Caná da Galiléia, para que não faltasse o vinho na festa de um casamento: “Filho, eles não têm mais vinho”! (Jo 2,3)
   Maria, viúva de José, mulher forte e cheia de fé orante aos pés da cruz, unindo seus sofrimentos ao de Cristo pela salvação da humanidade.
   Maria, mãe corajosa, orante no sepultamento  de Jesus. Maria orante na expectativa da ressurreição, orante jubilosa no encontro e no amplexo com seu Filho ressuscitado.
   Maria orante com a Igreja que nascia após a Ascensão: “Todos, unânimes perseveram na oração com algumas mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus e os irmãos dele” (At 1,14). Maria orante no dia de Pentecostes quando a Igreja iniciava sua caminhada na história.
   Maria, de Jesus discípula missionária orante e evangelizadora, no meio das primeiras comunidades cristãs. Quem melhor do que ela para falar de seu filho?
   Maria, mulher ressuscitada assunta ao Céu, junto ao Filho, no seio do Pai, sempre orante pela Igreja e por toda a humanidade.
   Maria, exemplo e mestra de oração, nos convidam, nos ensina e nos ajuda a sermos pessoas de oração, famílias de oração, comunidades de oração. 
Fontes: Frei Lourenço Maria Papin, OP
Informativo do Santuário Nossa Senhora do Rosário de Fátima
Santa Cruz do Rio Pardo/SP
Edição 169 – Junho/2013


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

SANTÍSSIMO NOME DE MARIA


   O nome de Maria é como um bálsamo que corre agradavelmente sobre os membros dos enfermos e os penetra com eficácia. Ele é semelhante a este óleo que, por suas unções, reanima e suaviza, dá força, flexibilidade e saúde. Mais do que o nome de todos os Santos. O de Maria nos repousa de nossas fadigas, cura todos os nossos males, ilumina nossa cegueira, comove nosso endurecimento e nos encoraja em nossos desânimos. Maria é a vida e a respiração de seus servidores, a saúde dos enfermos, o remédio dos pecadores. Ricardo de São Vítor, interpretando estas palavras do Eclesiastes (VII, 2): "É melhor o bom nome do que os bálsamos preciosos", as aplica assim à Bem-aventurada Virgem: "O nome de Maria cura os males do pecador com maior eficácia do que a dos unguentos mais procurados; não há doença, por desastrosa que seja, que não ceda imediatamente à voz desse bendito nome".
   Nosso Divino Salvador, se não me engano, no-lo quis recomendar quando, ressuscitando dos mortos, o primeiro nome que aflorou em seus lábios foi o de Maria.
Com efeito, dirigindo-se à Madalena, a primeira a quem Ele aparecia após sua Ressurreição, disse-lha (Jo XX, 16): "Maria", para nos significar que o nome de Maria encerra a vida em si mesmo, e se harmoniza tão bem com a vida imortal, que merece ser o primeiro a sair da boca do Salvador, já em possessão da imortalidade. Esta reflexão é de Cesário, em sua bomilia sobre a Visitação.

Nome que desarma e abre o coração de Deus, em favor dos homens

   E acrescentamos com o Pe. J. Guibert, que assim se expressa na sua Meditação para a festa do Santo Nome de Maria: “O nome de Maria desarma o coração de Deus”. Não há pecador, por mais criminoso, que pronuncie em vão esse nome. Embora merecesse, por suas faltas, todas as cóleras do céu, ele se vê protegido como por inviolável para-raios, logo que articule o nome de Maria.
A este nome, o perdão desce infalivelmente sobre as almas pecadoras, não porque tenha Ela o direito de concedê-lo, mas porque é onipotente para implorá-lo - Omnipotentia suppex. O nome de Maria abre o coração de Deus e põe todos os seus tesouros à disposição da alma que o invoca.
    A História nos ensina que uma multidão de Santos caridosos fizeram voto de jamais recusar a esmola que lhes fosse pedida em tal ou tal nome. Assim que ouviam o nome amada, eles davam, davam sempre, até o último óbolo e até suas próprias vestimentas. O nome de Maria tem esse poder mágico sobre o coração de Deus. Deus Filho, Jesus Cristo, entrega tudo o que tem àqueles que Lhes estendem a mão em nome de sua Mãe; Deus Padre, fonte de toda riqueza, concede toda graça àqueles que mendigam diante d’Ele invocando o nome de sua Filha Bem-amada. (...)

Nome de salvação e de alegria

   O nome de Maria é um nome salvador, sobretudo nos perigos de ordem moral. Quantas tentações por ele foram vencidas, quantos pecados evitados, quantos imundos corações purificados, quantas penosas confissões extraídas de almas que se cria para sempre fechadas!
É também um nome de consolação e de alegria. Ele dissipa a tristeza na alma que o pronuncia. Tendes medo de Deus e de seus julgamentos? Pensai em Maria e invocai seu nome: vossa confiança em Deus renascerá. Tendes medo dos homens, diante dos quais vos cobristes de vergonha e perdestes a reputação? Pensai em Maria e invocai seu nome: e não tereis mais receio de levantar os olhos diante de vossos semelhantes. Esmaga-vos o peso da humilhação ou da dor física? Pensai em Maria, invocai seu nome, e sereis aliviados. Tendes a horrível morte que rompe e põe fim a tudo? Pensai em Maria, invocai seu nome, e tereis coragem de aceitar esse supremo sacrifício.

Nome de força

   O nome de Maria, enfim, é um nome de força. Quaisquer que sejam os inimigos que vos ameaçam, venham eles do Inferno, como o demônio que vos tenta; ou venham do mundo, como os adversários que vos perseguem, invocai o poderoso nome de Maria e a todos vencereis. 
Quaisquer que sejam vossas próprias fraquezas provenham elas do orgulho, da inveja, da sensualidade ou da preguiça, confiai vosso débil coração à solicitude da Virgem, invocai o poderoso nome de Maria, e vos vencereis a vós mesmos. 

Precioso tesouro da Santíssima Trindade

   Recolhendo opiniões dos santos Doutores sobre o nome de Maria, traça São João Eudes esta admirável síntese: 

   "O nome de Maria, diz Santo Antônio de Pádua, é júbilo para o coração, mel na boca e doce melodia no ouvido." 

   "Bem-aventurado o que ama vosso nome, ó Maria (é São Boaventura quem fala), porque este santo nome é uma fonte de graça que refresca a alma sedenta e a faz produzir frutos de justiça." 

   "Ó Mãe de Deus, diz o mesmo Santo, que glorioso e admirável é vosso nome. O que o leva em seu coração se verá livre do medo da morte. Basta pronunciá-lo para fazer tremer a todo inferno e por em fuga a todos os demônios. O que deseja possuir a paz e a alegria do coração, que honre vosso santo nome." 
   "O nome de Maria, diz São Pedro Crisólogo, é nome de salvação para os regenerados, sinal de todas as virtudes, honra da castidade; é o sacrifício agradável a Deus; é a virtude da hospitalidade; é a escola de santidade; é, enfim, um nome completamente maternal." 
   "Ó amabilíssima Maria, exclama também São Bernardo, vosso santo nome não pode passar pela boca sem abrasar o coração! Os que Vos amam não podem pensar em Vós, sem um consolo e um gozo muito particulares. Nunca entrais sem doçura na memória dos que Vos honram." 
   "Ó Maria, diz o Santo Abade Raimundo Jordão, o chamado Idiota, a Santíssima Trindade Vos deu um nome que, depois do de vosso Filho, está acima de todos os nomes; nome a cuja pronunciação deve dobrar o joelho todas as criaturas do Céu, da terra e do Inferno, e toda língua confessar e honrar a graça, a glória e a virtude do santo nome de Maria. Porque, depois do nome de vosso Filho, não há quem seja tão poderoso para nos assistir em nossas necessidades, nem de quem devamos esperar mais os socorros que necessitamos para nossa eterna salvação." 
   "Este nome tem mais virtude do que todos os nomes dos Santos para confortar os débeis, curar os enfermos, iluminar os cegos, abrandar os corações endurecidos, fortificar os que combatem, dar ânimo aos cansados e derrubar o poderio dos demônios" (...). 
   "Ouçamos a São Germano de Constantinopla: “Como a respiração, diz, não só é o sinal como também a causa da vida, assim quando vedes cristãos que tem com frequência o santo nome de Maria na boca, é sinal de que estão vivos com a verdadeira vida”. O afeto particular que se tem a este sagrado nome, dá vida aos mortos, a conserva nos vivos, e os enche de gozo e de benção". 
Numa palavra, quem diz Maria, diz o mais precioso tesouro da Santíssima Trindade, como afirma Orígenes. Quem diz Maria, diz o mais admirável ornamento da casa de Deus. Quem diz Maria, diz a glória, o amor e as delícias do Céu e da Terra. 

Nome terrível para os demônios

   Concluímos com estas fervorosas palavras do venerável Tomás de Kempis, a respeito do glorioso nome da Mãe de Deus: 
   Os espíritos malignos tremem ante a Rainha dos Céus, e fogem como se corre do fogo, ao ouvir seu santo nome. Causa-lhes pavor o santo e terrível nome de Maria, que para o cristão é um extremo amável e constantemente celebrado. 
Não podem os demônios comparecer nem poder por em jogo suas artimanhas onde veem resplandecer o nome de Maria. Como trovão que ressoa no céu, assim cai derrubados ao ouvirem o nome de Santa Maria. E quanto mais amiúde se profere este nome, e mais fervorosamente se invoca mais céleres e para mais longe escapam. 


Nome a ser continuamente invocado

   De outro lado, os Santos Anjos e os espíritos dos justos se alegram e se deliciam com a devoção dos fiéis, ao verem com quanto afeto e frequência celebram estes a memória de Santa Maria, cujo glorioso nome aparece em todas as igrejas do orbe, que tem especialmente consagrada a seu louvor. E é justo e digno que acima de todos os Santos seja honrada na Terra a Mãe de Deus, a quem os Anjos veneram todos a uma só voz, com sublimes cânticos. 
   Seja, pois, o nome de Maria venerado por todos os fiéis, sempre amado pelos devotos, vinculado aos religiosos, recomendado aos seculares, anunciado pelos pregadores, infundindo aos atribulados, invocado em toda sorte de perigos. É desejo de Deus que os homens amem a Nossa Senhora. 

É desejo de Deus que os homens amem a Nossa Senhora

    Devemos amar a Santíssima Virgem - escreve Santa Antônio Maria Claret - porque Deus o quer. (...) Ele próprio nos dá exemplo e nos incita a amar a Maria: O Padre Eterno A escolheu por Filha sua muito amada; o Filho Eterno A tomou por Mãe, e o Espírito Santo, por Esposa. Toda a Santíssima Trindade A coroou como Rainha e Imperatriz do Céu e da terra, e A constituiu dispensadora de todas as graças (...) 
   Devemos amar a Maria Santíssima porque Ela o merece, pelo cúmulo de graças que recebeu sobre a Terra, pela eminência da glória que possui no Céu, pela dignidade quase infinita de Mãe de Deus a que foi exaltada, e pelas prerrogativas inerentes a esta sublime dignidade. (...) Devemos amar a Maria Santíssima e ser seus devotos verdadeiros, porque a devoção a Ela é um meio poderosíssimo para alcançar a salvação. 

Bem-aventurados os que amam a Maria

   “Feliz, feliz aquele que Vos ama, ó Maria, Mãe dulcíssima” - exclama Santo Afonso de Ligório. São João Berchmans, da Companhia de Jesus, costumava dizer: Se amo a Maria, estou certo da minha perseverança e de Deus obtenho tudo o que quiser. Renovava por isso sem cessar este propósito: Quero amar a Maria, quero amá-La sempre. 
   Oh! Como esta boa Mãe excede em amor a todos os seus filhos! Amem-Na estes quanto puderem, sempre serão vencidos pelo amor que lhes consagra Maria, observa Pseudo-Inácio, mártir. 
   Tenham-lhe a mesma ternura de amor com que A tem amado tantos de seus servos, que já nem sabiam o que mais fazer como prova muito que Lhe bem queriam. (...) 
   Estava uma vez ao pé de uma imagem de Maria o Venerável Afonso Rodriguez, da Companhia de Jesus. Abrasado de amor para com a Santíssima Virgem, disse-lhe: Minha Mãe amabilíssima, bem sei que Vós me amais; mas Vós não me quereis tanto quanto eu Vos amo. Então, Maria, como que ofendida em seu amor, lhes respondeu: Que dizes Afonso, que dizes? Oh! Quanto é maior o meu amor por ti do que o teu por Mim! Sabe lhe disse, que do meu amor ao teu há mais distância do que do céu a Terra. 

   Tem, pois, razão São Boaventura ao exclamar: Bem-aventurados aqueles que têm a felicidade de ser fiéis servos e amantes desta Mãe amantíssima! Sim, porque esta gratíssima Rainha não admite que em amor A vençam os seus devotos servidores. Maria, imitando nisto a Nosso Senhor Jesus Cristo, com seus benefícios e favores dá a quem A ama o seu amor duplicado. 

Ao amor de Mãe, deve corresponder nosso amor de filhos

    Sendo assim, ao amor de Mãe que nos tem Maria, devemos corresponder com nosso amor de filhos. Pois é justo que nosso coração se mostre conquistado pelo seu. Se nós A amamos, devemos nos comprazer com sua lembrança, falar d'Ela com agrado e obedecê-La com diligência (...) 
   Devemos nos esforçar por imitá-La. A mais bela homenagem que um filho pode render à sua mãe é de lhe reproduzir os traços em sua própria conduta. Que nosso coração, portanto, seja semelhante ao de Maria. Antes de tudo, que ele seja puro como o d'Ela; evitemos, pois, a imundície do pecado. Que nosso coração seja bom e terno como o d'Ela; compassivo, acolhedor, benévolo, generoso. Portanto, que nada exista de duro em nossos pensamentos nem em nossas palavras, em relação ao nosso próximo. 
   Enfim, que nosso coração seja forte, como o d'Ela, indomável quando se trata da salvação das almas, não abandonando jamais o terreno, quando nos tenha sido confiado o regate de uma alma, trabalhando para isto com o perigo de nossa própria vida. Portanto, nada dessas timidezes que se recusam a abordar as almas, nada de covardias que recuam diante das dificuldades. (Clá Dias, João - Pequeno Ofício da Imaculada Conceição Comentado, Artpress, São Paulo, 1997, p. 299 à 304). 



Fonte: http://www.arautos.org
 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

ROSÁRIO DAS LÁGRIMAS

Rosário das Lágrimas – símbolo de Nossa Senhora das Sete Dores: é um terço com 49 contas brancas divididas em sete partes de sete contas cada.
Eis-nos aos Vossos pés, ó dulcíssimo Jesus Crucificado, para Vos oferecer as Lágrimas d'Aquela que, com tanto amor, Vos acompanhou no caminho doloroso do calvário. Fazei, ó bom Mestre, que nós saibamos aproveitar a lição que elas nos dão para que, realizando a Vossa Santíssima Vontade na terra, possamos um dia, nos céus, Vos louvar por toda a eternidade. Amém.

Nas contas maiores:
Vede, ó Jesus, que são as lágrimas d'Aquela que mais Vos amou na terra... E que mais Vos ama nos céus.

Nas contas menores:
Meu Jesus, ouvi os nossos rogos. Pelas lágrimas de Vossa Mãe Santíssima.

No final:
Vede, ó Jesus, que são as lágrimas d'Aquela que mais Vos amou na terra... E que mais Vos ama nos céus. (3 vezes)
Virgem Santíssima e Mãe das Dores, nós Vos pedimos que junteis os Vossos pedidos aos nossos, a fim de que Jesus, Vosso divino Filho, a quem nos dirigimos, em nome das Vossas Lágrimas de Mãe, ouça as nossas preces e nos conceda, com as graças que desejamos a coroa eterna. Amém.

Jaculatórias:
Coração de Jesus Crucificado, Fonte de amor e de perdão! Por Vossa mansidão divina renovai a face da terra e reinai em nossos corações.
Ó Virgem dolorosíssima! As Vossas lágrimas derrubaram o império infernal.

+ Francisco, Bispo de Campinas
Campinas, 8 de março de 1934