A grande Mensagem Celeste dos tempos
modernos: O Santo Rosário.
A Divina Providência que rege o mundo e tudo dirige para a Salvação eterna do
gênero humano, socorre a humanidade, nas diferentes épocas, com remédios
adequados às suas necessidades e a seus males.
Do fim do século XIX até nossos dias, DEUS claramente manifestou ao mundo um
grande remédio que auxiliará, enormemente, para salvar os homens dos
terríveis perigos que o ameaçam. O grande remédio é
o Santo Rosário.
O mundo até hoje admira o imortal Pontífice que, há mais de um século.
Escreveu a monumental Encíclica “RERUM NOVARUM” e que deu novos
rumos à momentosa questão social.
Todos exaltam a benemerência de Leão XIII. Mas, talvez, nem todos saibam que
o mesmo Pontífice escreveu dez (10) admiráveis Encíclicas sobre o
Santo Rosário. A começar em 1883 até 1897, o admirável Papa
não se cansou de explicar, louvar e recomendar a reza do Rosário.
Foi precisamente nessas Encíclicas que encontramos os argumentos preciosos
que expusemos nestes textos para provar a Mediação Universal da MÃE de DEUS.
A última Encíclica, de 05 de setembro de 1898, intitulada “Diuturni temporis”
é o testamento Mariano e despedida do Pontífice Leão XIII deste mundo, pois
já estava com 88 anos de idade. Afirma Ele: “No Amor desta MÃE
que procuramos fomentar dia a dia, queremos terminar, assim o esperamos, os
nossos dias”.
Desejamos ardentemente solidificar a salvação da sociedade humana pelo Culto
da Santíssima Virgem, e esforçamo-nos em promover, entre os fiéis cristãos, o
uso do Rosário Mariano, emitindo, para este fim, Cartas Apostólicas e
Decretos, como sabeis, desde o começo de setembro de 1883(...)
(...) Constantemente animava-nos o desejo que entre os povos cristãos
perdurasse a convicção da dignidade e do poder do Rosário Mariano.
Por isso lembramos primeiro a origem do mesmo, que é antes Celeste do que
humano, e demonstramos que a Coroa trançada da saudação Angelical,
intercalada na oração do SENHOR e acompanhada do exercício da meditação, é
uma oração ótima e utilíssima para chegarmos à vida eterna. Além desta
vantagem, é um forte baluarte da fé.
Pelos mistérios a serem meditados, é um insigne exemplo de virtude. Ademais, é
uma prática muito fácil que se acomoda à índole do povo. Demonstramos que a
família de Nazaré apresenta à sociedade doméstica o exemplo mais perfeito,
cujo influxo salutar o povo cristão sempre sentiu.
E nós, como sinal imorredouro de nossa propensão para esta espécie de
piedade, mandamos que a mesma solenidade (Festa de Nossa Senhora do Rosário)
e Seu Ofício, se celebrassem na Igreja Universal sob “Ritu duplici
secundal classis”,
e que todo o mês de outubro se consagrasse a essa prática de devoção; e ainda
prescrevemos que se introduzisse na Ladainha Lauretana, como prenúncio de
vitória nos combates presentes, a invocação: “Regina Sacratíssimi Rosari.” Concluiu Leão XIII.
Dizemos nós todos há mais de 100 anos: “Rainha do Sacratíssimo Rosário,
rogai por nós!”
Vinte anos após o Papa Leão XIII ter publicado sua última Encíclica sobre o
Santo Rosário, a própria Virgem desce dos Céus e traz à Terra a Mensagem
Divina do Santo Rosário.
Nas memoráveis seis Aparições, de 13 de maio a 13 de outubro de 1917, seis
vezes repete aos três pastorzinhos a admoestação de rezarem com devoção o
Terço (do Rosário) pelo menos todos os dias.
Como em Lourdes, também em Fátima, (e em tantas outras Aparições), já na
primeira Manifestação a Virgem tem as Mãos juntas à altura do peito em sinal
de oração, e pendente um lindo Rosário de contas brilhantes e um Crucifixo
prateado.
- “E eu irei para o Céu?” pergunta Lúcia.
- “Sim, irás”, respondeu a meiga
SENHORA.
- “E a Jacinta?”...
- ”Também”.
- “E o Francisco?”...
- ”Ele também, mas
primeiro tem de rezar muitos Terços (do Rosário).”
Ensina-lhes a VIRGEM esta pequenina, mas poderosa jaculatória, para
intercalar entre os Mistérios, depois do Glória ao PAI...:
“Ó meu JESUS,
perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno e aliviem as almas do Purgatório,
principalmente as mais abandonadas.”
Na terceira Aparição, torna a VIRGEM a insistir na recitação cotidiana do
Terço (do Rosário), para obter o fim da guerra (1ª grande guerra mundial –
1914 a 1918), porque, afirmava-lhes, ELA poderia interceder.
Jacinta pede várias
curas, mas a SENHORA responde que receberiam as Graças pedidas, porém antes
era necessário que começassem a rezar o Terço (do Rosário).
Na quarta Aparição volta a VIRGEM a recomendar que rezassem o Terço (do
ROSÁRIO) todos os dias, e, na quinta Aparição renova a recomendação que se
continuasse a rezar o Rosário para alcançarem o fim da guerra.
Nas últimas Aparições pergunta Lúcia:
- “Quem é ‘Vós mecê’ e o que quer de mim?”
Respondeu que era a SENHORA do Rosário e que viera exortar
os fiéis a recitarem o Santo Rosário.
Entre as orações Marianas, a que mais exalta e destaca a Mediação da Santíssima
Virgem é o santo Rosário. Na reza do
Rosário, repetimos cento e cinqüenta e três vezes à saudação Angélica,
(podemos denominá-la de hino da Mediação Universal) e meditamos os Mistérios
da Redenção do gênero humano, onde MARIA vive e sofre com CRISTO, na
conquista de todas as Graças, e onde MARIA com CRISTO as distribui.
Mais uma vez lembramos este grande Papa Mariano, Leão XIII, citando a Santo
Tomás de Aquino, na Encíclica “jucunda semper
expectatione” de 08 de setembro de 1894, que diz da
Ave-Maria: “Saudamo-LA como
Aquela que “achou Graça junto de Deus”, de modo singular por ELE constituída
“cheia de Graça”, de cuja plenitude recebe todo o universo, à qual “DEUS está
ligado em união tão íntima quanto possível”, a “Bendita entre as mulheres“
que suspendeu a maldição e trouxe a benção com o fruto Bendito de SEU Ventre,
por quem foram abençoados os gentios, e que exatamente invocamos como “MÃE DE
DEUS.”
Saudamo-La na segunda parte “Santa MARIA, Mãe
de DEUS,” dignidade que LHE garante a
Onipotência Suplicante, porque no dizer do grande orador Bossuet: “É MÃE DE DEUS para
tudo poder e Mãe dos homens para tudo conceder.”
E prosseguimos: “Rogai por nós
pecadores agora e na hora da nossa morte”.
Pedimos que nos atenda em todas as tribulações da vida, mas LHE confiamos a
hora derradeira, porque a Graça da perseverança final, abraça e enfeixa todas
as outras Graças que visam precisamente esta última, sem a qual, melhor teria
sido nem nascermos.” (até aqui a Encíclica).
Os 15 Mistérios do Santo Rosário de Nossa SENHORA (os 20 Mistérios compõe o
“Rosário ampliado do Papa João Paulo II”) acompanham a Mediação Universal
desde o seu começo até à sua completa vitória.
O primeiro nos desdobra a Anunciação, onde à VIRGEM é oferecida a Maternidade
Divina na qual encerra a Mediação, e MARIA aceita com o SEU humilde: “Eis aqui a Escrava
do SENHOR. Faça-se em MIM segundo a TUA Palavra.” No segundo, por SEU
intermédio DEUS concede a primeira Graça da Redenção a São João Batista. Nos
seguintes três Mistérios exerce a missão de conservar e zelar a Vítima
Divina.
Nos mistérios Dolorosos SEU posto é ao lado da Cruz ensangüentada, ofertando
a VÍTIMA para a Redenção do gênero humano. Nos mistérios Gloriosos, depois de
contemplarmos CRISTO Triunfante, assistimos à “novena” do Divino ESPÍRITO
SANTO, onde os Apóstolos ”cum MARIA MATER JESU”... “com MARIA, MÃE de
JESUS”...
Preparam-se e recebe o PARÁCLITO, AQUELE QUE HABITA O PAI E O FILHO. No
quarto e quinto mistério, MARIA é levada aos Céus, onde toma posse de SEU
ofício de Medianeira de Todas as Graças.
Como vemos o Santo Rosário, desde o seu começo até o fim, exalta as grandezas
da Mediação Universal, e dela se serve para obter Graças e favores Celestes.
Sim, se quisermos obter tudo da Medianeira de Todas as Graças, saibamos rezar
o Rosário com devoção, e rezemos todos os dias da nossa vida.
Imitemos aqueles grandes devotos e santos que O rezavam dia e noite. Santo
Afonso Rodrigues tinha os dedos calejados de tanto passar as contas do
místico rosal da Virgem SENHORA.
São Clemente Hofbauer dizia, ao ser chamado ao leito de um moribundo pecador: “Se entre minha
casa e a do doente tiver o tempo necessário para rezar o Terço, estou certo
de sua conversão e salvação.”
São João Berchmaus, entrelaçando o livro das Regras e o Crucifixo com o
Terço, exclamava na hora da morte: “Agora posso
morrer.”
Para inocular na alma dos filhos de MARIA, o mais vivo amor a oração do santo
Rosário, narramos alguns fatos que provam a sua eficácia:
1- Um maquinista de
trem tomou parte num retiro, em Munique, Alemanha. Conversando com o
pregador, contou-lhe que há trinta anos conduzia uma grande locomotiva.
Durante todo esse tempo nunca passou, em suas viagens diárias, por uma Igreja
sem saudar o Santíssimo Sacramento com as seguintes palavras: “Louvado seja JESUS
CRISTO e bendito e louvado seja o Santíssimo Sacramento!” Disse que vira tão
belo à noite do trem, nas janelas das
Igrejas, o clarão da lâmpada do Santíssimo.
Disse também que rezava todos os dias o Terço na máquina, mesmo porque, nas
grandes rotas, não lhe era difícil; e que muitas vezes o seu auxiliar rezava
junto.
Compreende-se então
porque esse senhor tenha sido tão abençoado em toda a sua vida. Em trinta
anos de arriscada profissão nunca foi vitima de nenhum acidente, nem o mais
leve contratempo. Para completar tão agraciada
existência, dois de seus filhos tornaram-se sacerdotes.
2- Uma boa e santa mãe
de família, ao despedir-se do filho que fora convocado para o “front”,
entregou-lhe seu velho Terço, com o seguinte maternal apelo: “Meu filho, grande é a dor de tua mãe ao ver-te partir
para a guerra. Correrás gravíssimos perigos para tua alma e vida: Talvez nunca
mais te verei. Eis aqui o meu Terço. É o Terço que tua mãe tantas e tantas
vezes tem rezado durante a vida. Filho, nunca te separes dele. Leva-o sempre
contigo. Reza-o sempre que puderes. O Terço de tua mãe seja teu companheiro
inseparável.”
O filho partiu cumprindo o conselho de sua saudosa mãe, nunca se separava
dele, nem de dia, nem de noite. Imaginemos com que devoção deveria rezá-lo no
horror de uma guerra, principalmente na iminência das terríveis batalhas!
Certa manhã de rigorosíssimo inverno, em meio da neve e do gelo, o jovem
soldado toma parte num dos mais sangrentos combates. Em pouco tempo uma bala
atinge-o na cabeça e o prostra desacordado. Felizmente a ferida não era
mortal.
Terminada a batalha, os oficiais ordenaram aos camponeses católicos que
abrissem uma grande vala e enterrassem todos os soldados mortos. Antes disso,
porém, examinassem os bolsos, para ver se encontravam algo por onde pudessem
ser identificados os cadáveres, para avisar os respectivos familiares.
Obedeceram imediatamente. Ao examinarem ao nosso jovem que parecia morto
encontraram no bolso o bendito Terço.
“Oh! Exclamaram os
colonos, este é dos nossos, reza o Terço, é filho de MARIA. Não, a este não
vamos enterrar aqui na vala comum. Vamos enterrá-lo no cemitério sagrado e
dar-lhe uma sepultura como merece quem reza o Terço e é devoto de MARIA
Santíssima!”
Sepultaram a todos os outros, como tinha sido determinado, e depois,
carregando o jovem soldado numa padiola, lá se foram rumo ao cemitério, para
dar-lhe uma sepultura católica. No caminho encontraram um médico que lhes
perguntou: “que estão
fazendo?” Eles então
relataram todos os fatos, desde a ordem dos oficiais, até a intenção de
enterrá-lo dignamente, pois se tratava de um irmão de fé, devoto de NOSSA
SENHORA.
O médico examinou o suposto morto e disse: “Não parece que
esteja morto, só desacordado. Vamos movimentá-lo para ver se recobra os
sentidos.” Algum tempo depois
o jovem, reanimado pelos movimentos, abre os olhos. Estava salvo!
O bendito Terço (do Rosário) de sua mãe salvou-lhe a vida, impedindo que
fosse enterrado vivo. Quantos Terços das mães terrestres aliados ao Rosário
da MÃE celeste, já não impediram que tantas e tantas almas tivessem sido
enterradas no fogo do inferno?
Amados da MÃE de DEUS e nossa, façamos o propósito de rezar, pelo menos, o
Terço todos os dias, mas sempre lembrando que já há muitos anos Nossa SENHORA
vem pedindo com grande insistência (Medjugorje) para rezarmos sim, o santo
Rosário.
“Imaculado Coração
de MARIA, sede nossa salvação!”
Continua na parte XII.
|
|
Que Deus lhe abençoe.
ResponderExcluir