sexta-feira, 12 de outubro de 2012

NOSSA SENHORA DE GUADALUPE – PADROEIRA DE BELIZE - MÉXICO



   No dia 9 de dezembro de 1531, um piedoso índio, chamado João Diego, (teria uns 48 anos), dirigia-se para a igreja de Santiago Tlaltelolco no México, para participar da missa. Estava na região de Tepeiac quando ouviu a voz de uma mulher, que lhe chamava pelo nome. O índio subiu a encosta daquele monte e viu numa claridade intensa, uma senhora formosíssima. Suas vestes brilhavam muito e lhe disse: "Meu filho, a quem amo ternamente. Sou a sempre Virgem Maria, Mãe do verdadeiro Deus feito homem. É meu desejo que façam aqui uma igreja. Pela compaixão que tenho pelos índios e por todos os que me amam e me procuram, atenderei seus pedidos para lhes dar consolo e alívio. Deves ir à cidade do México, falar com o bispo para que se construa aqui, uma igreja. Dize que sou eu que te envio. Narrarás tudo o que viste e ouviste aqui. Por tudo que fizeres neste sentido, agradecerei e te prestigiarei”.

   O índio se prostrou e prometeu executar aquele pedido. Falou com o bispo dom João de Sumárraga. Contou-lhe a aparição e o desejo de ser erguida a igreja. O bispo, prudente, recebeu-o com benevolência e admiração, ouviu a narrativa do índio, mas supôs que pudesse ser sonho ou ilusão. Despediu-o e disse que voltasse outro dia, porque ia deliberar sobre aquele assunto. Diego, desconsolado e triste, compreendeu que o bispo não lhe dera crédito. Sua missão fora sem êxito. Voltou para sua casa e, ao passar por Tepeiac, encontrou novamente a Virgem. Ao vê-la, Diego prostrou-se a seus pés e falou: "Minha querida Rainha, fiz o que me mandaste... mas senti que não me deram crédito. Suplico-te que encarregues uma pessoa nobre e de importância, digna de respeito e em quem se possa acreditar... Se me afastei do respeito que lhe devo, perdoa, minha Rainha, o meu atrevimento". A Virgem ouviu-o e depois renovou a mensagem dizendo que voltasse ao bispo e falasse que era ela que mo enviara. Diego foi. O bispo o recebeu e se convenceu da sua sinceridade. Mas precisava de um sinal. Ao chegar em casa o índio encontrou o tio enfermo. No dia seguinte, não compareceu no local da aparição, porque cuidava do tio moribundo.
   A Virgem foi ao seu encontro, ouviu a preocupação do índio. Disse-lhe que o tio já estava curado. Que fosse ao alto do morro buscar o sinal. Lá ele encontrou rosas louçãs e perfumosas, naquele lugar árido e seco. A Virgem mandou que recolhesse quantas rosas pudesse conter no seu manto. Diego levou-as ao bispo que notou, com grande admiração, ter aparecido no manto do índio o ícone de Nossa Senhora, sobre cuja perfeição os cientistas ainda hoje disputam e examinam. E convenceu-se definitivamente da vontade de Maria. A própria Virgem da aparição indicou o nome com que desejava ser conhecida "Santa Maria de Guadalupe".

   De todos os recantos o povo acorreu para verificar os acontecimentos. A devoção cresceu muito e se tornou conhecida no mundo inteiro. No dia 12 de outubro de 1895, o arcebispo coroou a maravilhosa imagem de Nossa Senhora de Guadalupe.  
                                                 por Pe. Roque Vicente Beraldi, Cmf.



Nenhum comentário:

Postar um comentário