sábado, 9 de fevereiro de 2013

NOSSA SENHORA DO MONTE BÉRICO


   A cidade Vicenza, na Itália, tem ao sul o monte Bérico, com aproximadamente mil metros de altitude. Sua origem é vulcânica e alonga-se por cerca de trinta quilômetros de extensão. A palavra “Bérico” vem de “berg”, que, no dialeto da região, indica uma elevação gradual. Com o passar do tempo, o nome evoluiu para “Bérice” ou “Bérico”, nome que prevaleceu.
   A história nos conta que uma senhora, Vicenza Pasini, era muito piedosa. Ela rezava diante de um crucifixo erguido no alto do monte Bérico. Na manhã do dia 7 de março de 1426, enquanto uma terrível peste devastava progressivamente a população, Nossa Senhora lhe aparece, com a promessa de banir a peste sob uma condição: que o povo construa uma igreja, naquele local, em sua honra.
   As autoridades demoraram alguns anos para acreditar nas palavras da anciã. Só ergueram o templo após uma segunda aparição, em 1428. Durante a construção, a confiança dos fieis só aumentava, pois, além do surgimento de uma fonte borbulhante no alto do monte, o número de pessoas contaminadas pela peste diminuía.
   Para chegar ao templo existem dois caminhos: o primeiro é uma escada com 194 degraus, feita em 1596; o segundo é conhecido como “Caminho do Rosário”, pois há 150 capelinhas, conforme os mistérios do Santo Rosário da época O templo é majestoso e conta com três frentes, como se fossem duas igrejas juntas: a primeira em estilo gótico e a segunda em estilo barroco. Na frente principal há três baixos-relevos: o primeiro representa a aparição de Nossa Senhora; o segundo mostra a vidente pedindo a construção do templo; e o terceiro retrata o bispo da época, benzendo a pedra fundamental.
    Um convento foi construído (1429) junto ao templo sob o título de Nossa Senhora do Monte Bérico, no qual o corpo da senhora Vicenza repousa. O altar-mor foi reformado em 1928, ocasião em que foi colocada sobre o altar a imagem de Maria com seu véu aberto (burilado no mármore), amparando pessoas ajoelhadas.

                                              Por  Pe. Roque Vicente Beraldi, Cmf


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