Mais uma vez
encontramos em Portugal outra devoção a Maria Mãe de Deus. Aos moradores de
Pombeiro, na freguesia do Concelho de Arganil, no distrito e Diocese de
Coimbra, havia uma grande árvore de nome Loureiro. Ela facilitou dar esse nome
à imagem de Nossa Senhora. Numa outra capela, dedicada à Santíssima Virgem, sob
a invocação de Nossa Senhora do Loureiro, no Concelho de Baião no distrito e
Diocese do Porto, igualmente os fiéis se reuniam para louvar e agradecer à
Imaculada sua proteção contínua. O Conde de Samodães na sua obra O Culto de
Maria Santíssima na Diocese do Porto, publicada em 1904, confirma que existe
uma capela dedicada à Senhora do Loureiro, referindo-se à região do Gove. Assim
nos transmitiu o Pe. Jacinto dos Reis.
É de se notar que
nessa região os populares adoeciam de malária. Confiando mais em Maria, do que
na medicina, ou por falta de médicos, o povo a chamou também de Nossa Senhora
da Maleita. Por ingenuidade e simplicidade, as pessoas confiavam mais em Deus
por intercessão de Maria, do que nos próprios meios sanitários e medicinais.
O que mais
interessa é que Deus quer de nós é o amor. Bem que na sua catequese Jesus
esclareceu ao povo: dizendo destes dois mandamentos — amar a Deus sobre todas
as coisas e ao próximo como a si mesmo — depende toda lei e profetas (Mateus,
22, 40). Quem ama verdadeiramente, não se deixa vencer pela soberba, avareza,
luxúria, ira, gula, preguiça e inveja. Está atento por revestir-se de
sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, piedade, ciência e temor de Deus.
Essas virtudes infundidas por Deus revestem as almas simples, fazendo-nos
lembrar da oração de Cristo: ...Graças te dou ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque escondeste estas coisas aos sábios e aos prudentes e as revelaste aos
pequeninos (Mateus, 11,25).
Por Pe.Roque Vicente Beraldi, Cmf.
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