Na região da Iugoslávia, à beira do Mar
Adriático, encontra-se na Dalmácia, a cidadezinha chamada Tersato. Tornou-se
famosa por um acontecimento inusitado. Por volta de 1291, no dia 10 de maio,
num lugar próximo e desabitado, de terreno irregular os habitantes viram ali
uma pequena casa. Observando bem, ela não tinha alicerce. Como podia permanecer
em pé? Para maior espanto do povo, chegou o pároco, que há três anos se
encontrava acamado, vítima de uma hidropisia. Ele falou ao povo que naquela
noite havia tido a aparição de Nossa Senhora, que o havia curado e comunicado
que, para evitar a profanação dos não crentes, lá em Nazaré, a casa onde Jesus
vivera tinha sido trasladada pelos anjos para aquele lugar. A notícia correu
rápida. Para se certificar do acontecido, o governador da Dalmácia enviou uma
comissão de engenheiros à Palestina para ver se os alicerces da casa de Nazaré
haviam permanecido no lugar. Mesmo antes do grupo de engenheiros regressarem
com a resposta afirmativa, o povo já venerava a ‘Casa de Nazaré’ com muito
fervor.
Inesperadamente, porém, a Casa de Nazaré
desapareceu daquele lugar e foi vista depois perto de Recantai. Depois,
definitivamente, em Loreto, cidade italiana da província de Ancona. Isso
aconteceu em 10 de dezembro de 1294. Em 1937, para compensar a tristeza do povo
de Dalmácia por ter perdido a Casa de Nazaré, o papa Urbano V enviou-lhes de
Roma, um quadro de Nossa Senhora, conhecido como milagroso e parecido com a
tradicional pintura de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Um senhor, devoto de Maria Imaculada, de
nome Nicolau Francopan, mandou construir uma capela no lugar onde estivera à
Casa de Nazaré e colocou no altar-mor, o quadro que o Papa havia presenteado.
Mais tarde, em 1453, fizeram uma igreja maior contendo no seu interior a
primitiva capela. Aumentaram-na várias vezes. Deram o nome de “Madonna del Mar”
porque estava perto do Adriático. Essa igreja foi ponto de peregrinação,
principalmente aos navegantes que têm oferecido muitos ex-votos representando o
mar tempestuoso e os navios protegidos por Nossa Senhora.
Por Pe. Roque
Vicente Beraldi, Cmf.
Fonte:
http: //www.avemaria.com.br/revista
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