Quando falamos sobre "invocações" de Nossa Senhora deve-se entender
que sempre honramos a uma só Virgem Maria. Às vezes surgem imprecisões que levam a se converter seu
culto em falsas práticas neopagãs ou a novas heresias.
Maria
é a Mãe de Jesus, quem lhe deu “a carne do Verbo Divino”. Concebeu a Jesus, milagrosamente, para que Nosso Senhor Jesus Cristo cumprisse com o mandato do
Pai, Nosso Deus: trazer-nos os ensinamentos divinos (verbo divino) e sofrer como
verdadeiro homem. O que o levou à Cruz, para expiar nossos pecados e abrir-nos o caminho para a
Vida Eterna, com a Ressurreição. Este papel de Mãe, e o de primeira discípula de Jesus tornaram-na Santa.
Nós
os católicos, nos acostumamos representar com algo físico, aquilo que não se
pode ver. Por exemplo, o Espírito Santo, por uma pomba; Jesus Cristo, por uma Cruz, etc. Para
venerar os santos, pintamos quadros ou esculpimos imagens, para mostrar, de maneira
simbólica, cada uma de suas virtudes. Um quadro com uma imagem bem pintada é uma soma de elementos
que sintetizam a mensagem Evangélica que se quer dar.
A
primeira imagem de Nossa Senhora foi pintada por São Lucas, Apóstolo, médico,
escritor e pintor, para ilustração de um códice (pergaminho manuscrito). Nela se vê a
Santa Mulher com um Menino, e escrito, em caracteres gregos, a indicação de que é a Mãe de Deus.
Desta imagem provieram todas as “madonas” (senhoras, em italiano) que se seguiram. Aqueles
que as pintaram denominaram-nas: Salus Populi Romani (Auxílio para o Povo Romano), Nossa
Senhora das Neves, e assim os mais de dois mil títulos atribuídos à única Virgem Maria.
Cada
título é uma invocação. “Invocação” é o nome que se dá a uma imagem que
pertence a um lugar (cidade, povoado, etc.) ou a alguma bondade que Nossa Senhora
manifesta com suas graças. Nossa Senhora de Guadalupe é a Virgem Maria na cidade de Guadalupe, no
México. Nossa Senhora de Lujan, porque foi introduzida na cidade de Lujan, na
Argentina. Nossa Senhora de Fátima, porque Ela apareceu na cidade de Fátima, em Portugal. Nossa
Senhora do Rosário, porque Ela nos presenteia com o Santo Rosário. Nossa Senhora
Aparecida (do Brasil), porque apareceu na rede de uns pescadores. E assim sucessivamente.
Todas
e cada uma das imagens que veneramos devem ter um fundamento e uma história que
a justifique. Pois é pecado de idolatria venerar, e mais ainda adorar, uma imagem
que, mesmo que pareça com a Virgem Maria, não se tenha bem claro de qual invocação se
trata. É uma irreverência para com Nossa Senhora venerá-la diante de qualquer material
físico que não a represente. Este é um problema frequente nos países latinos da América, por causa da imigração, eram trazidas imagens que nem sequer se conhecia, com segurança,
o nome e a origem. A influência indígena, e a influência africana, complicaram ainda mais.
Em alguns
países sul-americanos foram introduzidos cultos à “Virgem Maria que Desata os
Nós”, como se fez aqui (na Argentina?), com a denominação de “Virgem Desatadora dos
Nós” ou “Nossa Senhora de Knotenlöserin”, sem se saber nada sobre ela – ou seja, sua história
e a verdadeira significação -, correndo-se o risco de, sem querer, praticar uma
idolatria, dado o perigo de desvios esotéricos e mágicos, pois muitos cultos de umbanda,
curandeirismo e astrologia usam imagens de Nossa Senhora.
Este foi o
motivo porque se fez investigações para ser-lhe dado um fundamento correto. Primeiro, a história. Segundo, o significado dos símbolos que estão na Imagem.
A
interpretação da mensagem também deve ser exata. Para uma sã veneração deve
dar-se uma explicação sobre a “Invocação”, que tenha uma clara mensagem evangélica.
No caso de
Nossa Senhora Desatadora dos Nós, por se desconhecer sua origem, no princípio definiram-na, improvisadamente, com fundamento no Apocalipse, ou escritos de Santo
Irineu de Lyon, no que se refere ao paralelismo entre Eva e Maria: “O nó da
desobediência de Eva, está desatado por meio da obediência de Maria”. Esta afirmação, do século II de
nossa era, pode aplicar-se a este quadro, mesmo se não existir o fato histórico, que se
tem investigado. Portanto,
nesta Invocação, Nossa Senhora é aquela que “desata os nós do “cinto” da vida conjugal” e, por conseguinte, das pessoas e dos povos.
Agrada-nos
que nos chame por nossos nomes e por nossas funções. Nossa Senhora se alegra quando se se refere a ela com a precisão de que é merecedora. A esse respeito,
sobre a esta invocação, todos os detalhes, fundamentos e precisões são encontrados no livro
“Maria als Knotenlöserin – Virgem Maria Como Desatadora dos Nós – A Verdadeira História”.
Este livro tem a aprovação da Igreja Católica Apostólica Romana. Prof. Mário
H. Ibertis Rivera – Setembro, 2003.
PORQUE A COMEMORAÇÃO NO
DIA 28 DE SETEMBRO
No
dia vinte e oito, o último prometido pelo padre Jakob Rem S.J. a Wolfgang
deu-se no
quarto sábado, no 28º dia que o nobre havia terminado suas orações nas visitas
diárias a Nossa Senhora com a invocação de Nossa Senhora das Neves, no Mosteiro de Inglostad.
“Nesse dia – 28 de setembro de 1615 – o venerável padre Jacob tomou o “cinto”
matrimonial e, desfazendo o último laço, o alisou diante da Virgem. Com um gesto muito
cerimonioso, formulando seus pedidos pelo casal e pronunciando muitas frases com uma cadência
quase musical. Fez uma série de exortações próprias a comover os mais duros corações.
Quando o padre Jakob elevou o cinto (para a Imagem), um pintor (Hans), entre
lágrimas, notou que “este ia adquirindo um branco tão puro que jamais poderia ter saído de seu
pincel”, palavras que o mesmo pintor transmitiu o fato, muitos anos depois, a seu filho Johann.
Era a
mesma cor que havia tido no dia em que Wolfgang e Sophia pronunciaram seus
votos matrimoniais: branco esplendoroso, como uma luz que iluminava a noite, e puro
como as açucenas de Ingolstadt.
No
vigésimo oitavo dia, à noite, Wolfgang voltou à sua casa em Augsburgo, muito
contente e muito emocionado. Chegando à sua casa, descansou, tendo dormido como nunca havia
feito em sua vida.
No
domingo, quando encontrou-se com Sophia, abraçaram-se, rodeados de seus
pequenos filhos. Wolfgang mostrou à Sophia “o cinto matrimonial”, branco, radiante como
essas açucenas de Nossa Senhora de Ingolstadt. O cinto estava firme e liso como no primeiro
dia de suas bodas, no que os dois compreenderam tudo...
Neste
dia, os quatro (eles e seus dois filhos) foram à Igreja de São Pedro dar graças
a Deus e a Nossa Senhora. Ali eles tomaram o cinto e “voltaram a unir seus braços como
fizeram seus padrinhos no dia das bodas”, renovando, assim, seus votos matrimoniais, com
profundas orações. (Dos livros “Rito dos 28 dias com a Virgem Maria, Desatadora dos Nós”
©, e “Maria Knotenlöserin – Maria Desatadora dos Nós – A Verdadeira História” ©
Copyright by Mario H. Ibertis Rivera, 2001).
É por
este motivo que se determinou como Calendário para Nossa Senhora Desatadora dos Nós, o dia 28 de setembro. Embora, por tradição, honramos a Virgem Maria todos
os dias 8 de cada mês, peregrinando até o seu santuário, e os dias 28 de cada mês, como “Dia de Súplica”.
Fonte: Prof.
Mario H. Ibertis Rivera - 2003 de setembro - Imagem da internet.
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