O
culto de Nossa Senhora da Escada foi trazido de Portugal para o Brasil.
Porque
"da Escada"?
Uma
das explicações remete à infância de Nossa Senhora.
Ainda bebê, ela miraculosamente teria conseguido
galgar as escadarias do templo de Jerusalém.
Outra,
mais prosaica, recorre a uma simples questão arquitetônica.
O
atributo "da Escada" teria surgido de igrejas em que era preciso
vencer escadarias para cultuar a Virgem Maria.
Existem
igrejas sob a invocação de Nossa Senhora da Escada na Bahia, em Pernambuco
(onde empresta o nome ao município de Escada) e em outras partes do Brasil.
Em
São Paulo, além de Barueri, existe outra em Guararema.
Esta,
de meados do século XVII, é tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional e, como
a de Barueri, foi erguida para servir a um aldeamento.
Curiosidade:
Na
Capela da Nossa Senhora da Escada, na cidade de Guararema, está à única imagem
em gesso do São Longuinho, presente vindo da Itália.
Nossa
Senhora da Conceição da Escada; antiga devoção mariana popular de Portugal e do
Brasil, ligada ao mar.
Não
é de estranhar que, pela acentuada vocação marítima de Portugal, tenha sido a
devoção dos marinheiros de Lisboa uma das mais populares no país, e, por essa razão
uma das primeiras a se implantar no Brasil.
Escada?
Que
nome estranho para designar uma devoção a Nossa Senhora, poderão pensar alguns
ao ouvi-lo.
Outros,
mais eruditos, estabelecerão talvez um nexo com a escada de Jacó, narrada na
Sagrada Escritura, pois o Patriarca sonhou com uma escada que levava ao Céu. De
modo análogo, Nossa Senhora leva ao Céu, logo... E
ainda outros, quiçá, relacionarão o nome com imagens da Paixão de Cristo, dado
que, muitas vezes, Nossa Senhora aparece ao lado da escada utilizada para
descer o corpo de seu Divino Filho da cruz.
O
que ninguém consegue imaginar é a razão verdadeira da invocação Nossa Senhora
da Conceição da Escada.
Na
origem do nome, singeleza de circunstâncias naturais, qualquer pessoa dotada
de cultura básica conhece a enorme importância que tiveram as navegações e
descobrimentos portugueses nos séculos XV e XVI, bem como o fato de terem sido
os navegantes lusos que uniram, por via marítima, diversos continentes.
E
que tal epopeia ocorreu mediante viagens realizadas a bordo de navios que, se
comparados aos de hoje, eram semelhantes a frágeis cascas de nozes.
Coragem
não faltou aos navegantes daquela época. Também não faltou fé e fortaleza para
correr todos os riscos.
E
tal fé dos marinheiros lusos encontrava uma expressão encantadora na devoção a
Nossa Senhora da Conceição da Escada, na cidade de Lisboa.
A
imagem original da Virgem Santíssima – que depois ficou conhecida sob essa
invocação – é muito antiga, anterior à reconquista da cidade aos mouros, em
1147.
Ela
se encontrava em uma capela situada à margem do rio Tejo. Ao partir, os
marinheiros encomendavam-lhe seus trabalhos, e agradeciam sua proteção ao
voltar. Como a margem do rio é elevada, precisavam subir ou descer os 31
degraus que separam a capela do rio.
Por
isto, com a passar do tempo, a imagem de Nossa Senhora da Conceição começou a
ser chamada de Conceição da Escada, para diferenciá-la de outras imagens de
Nossa Senhora da Conceição (devoção muito difundida em Portugal). Desse fato
resultou que a imagem passou a ser conhecida como Nossa Senhora da Escada.
Dada
a importância que a vida ligada ao mar tinha para o povo português naquela
época, é compreensível que a referida imagem fosse das mais veneradas. De onde
se explica que, cada vez que se decidia a realização de procissões para
celebrar tal ou qual vitória, ou pedir proteção contra este ou aquele flagelo, era
as procissões da capela de Nossa Senhora da Escada das mais concorridas.
Com
o tempo, começaram a acorrer à capela pessoas em barcos de locais longínquos, a
fim de cumprir promessas e votos, bem como agradecer favores recebidos. Numa
determinada época, realizava-se uma procissão com tochas acesas, provavelmente
à noite, que descia o rio até chegar à capela dedicada a Nossa Senhora da
Conceição da Escada.
Vitória de Aljubarrota
fortalece devoção
A procissão mais importante, porém, era a que comemorava a vitória dos portugueses em Aljubarrota, no ano de 1385. As tropas portuguesas, comandadas pelo Venerável Nun'Álvares Pereira, lutavam não só para defender a independência do país, mas sobretudo para este não cair no cisma que ameaçava dividir a Cristandade, já que o Rei de Castela na ocasião apoiava um antipapa. Após travarem a luta em condições de inferioridade numérica, os portugueses obtiveram memorável vitória. Ao ter notícia do triunfo, o povo acudiu em massa aos diversos santuários do país, e um dos mais concorridos foi o de Nossa Senhora da Escada, onde pessoas de todas as classes sociais se dirigiram para agradecer a Nossa Senhora a insigne proteção. Que tenham sido de todas as classes sociais não é de estranhar, pois à Marinha dedicavam-se representantes de todos os segmentos sociais da época. Desde os nobres mais elevados que comandavam as armadas com destino à África ou à Ásia, até os mais humildes servidores.
A procissão mais importante, porém, era a que comemorava a vitória dos portugueses em Aljubarrota, no ano de 1385. As tropas portuguesas, comandadas pelo Venerável Nun'Álvares Pereira, lutavam não só para defender a independência do país, mas sobretudo para este não cair no cisma que ameaçava dividir a Cristandade, já que o Rei de Castela na ocasião apoiava um antipapa. Após travarem a luta em condições de inferioridade numérica, os portugueses obtiveram memorável vitória. Ao ter notícia do triunfo, o povo acudiu em massa aos diversos santuários do país, e um dos mais concorridos foi o de Nossa Senhora da Escada, onde pessoas de todas as classes sociais se dirigiram para agradecer a Nossa Senhora a insigne proteção. Que tenham sido de todas as classes sociais não é de estranhar, pois à Marinha dedicavam-se representantes de todos os segmentos sociais da época. Desde os nobres mais elevados que comandavam as armadas com destino à África ou à Ásia, até os mais humildes servidores.
Devoção
expande-se para Bahia e São Paulo
Com
as descobertas marítimas que iam sendo feitas, a Fé católica ia se expandindo.
Por
isso, ao dominar novos territórios, uma das primeiras preocupações dos portugueses
era ensinar as verdades da Fé aos habitantes do local.
E
nada melhor para consolidar uma alma no caminho da verdadeira Religião do que
ensiná-la a amar e confiar naquela que é a Mãe de Deus, e por isso mesmo, nossa
advogada.
Como
dois dos primeiros locais a serem colonizados em nosso País foram a Bahia de
Todos os Santos e zonas na região próximas ao litoral de São Paulo, é
compreensível que aí se encontrem as duas capelas dedicadas a Nossa Senhora da
Escada.
A
existente na Bahia apresenta uma característica muito antiga, da época da
escravidão: os escravos, quando ainda não batizados, não podiam ficar dentro da
Igreja, permanecendo num alpendre junto à entrada. É por isso que o pequeno
templo possui um amplo alpendre.
A
outra capela situava-se numa vila chamada Escada, nome este proveniente da
própria invocação mariana. Tal capela está situada cerca de Guararema, cidade a
80 quilômetros da capital paulista. Devido à sua proximidade do rio Paraíba,
essa vila era frequentada tanto por pescadores como por viajantes que navegavam
rumo ao Rio de Janeiro.
Quando
passou por lá, em 1717, o Conde de Assumar, Governador de São Paulo, Escada era
uma vila que já possuía sua própria Câmara Municipal. Mas o pequeno núcleo não
prosperou, e com sua decadência também foi minguando a devoção mariana que lhe
deu origem.
As
devoções marianas não constituem, via de regra, um fruto artificial, ocasionado
por algum interesse humano. Elas florescem naturalmente quando Nossa Senhora
distribui suas graças, valendo-se, por exemplo, de uma imagem sob esta ou
aquela invocação. E se o povo é verdadeiramente piedoso, costuma corresponder a
essas graças, propaga-se naturalmente a devoção Àquela que o sustenta nas duras
lutas da vida.
Quando,
porém, a população decai em fervor e não mais invoca a Virgem Santíssima, as
devoções ligadas a alguma capela ou imagem também por vezes decaem. As pessoas
deixam de frequentar o local, e vão se olvidando das graças recebidas. Nessas
condições, não raro Nossa Senhora opera novo prodígio, a fim de reerguer a
antiga devoção. Mas, infelizmente, nem sempre os homens correspondem à nova
manifestação da bondade materna.
Dois
terremotos e decadência da devoção
Foi
o que aconteceu com a imagem de Nossa Senhora da Escada em Portugal.
Em
1531 um terremoto destruiu a capela, que foi reedificada. Mas como a devoção
continuava decaindo aos poucos, permitiu Nossa Senhora que novo terremoto em
Lisboa, mais terrível que o anterior, destruísse o pequeno templo em 1755.
Nos
dois casos, os edifícios que abrigavam a imagem foram destruídos, salvando-se,
contudo, milagrosamente, entre as ruínas, tanto a efígie mariana como o altar
em que ela se encontrava.
A
decadência do culto a Nossa Senhora sob essa invocação havia chegado a tal ponto,
que a capela da Escada não foi mais reconstruída. Por isso, a primitiva imagem
foi levada para o templo de Nossa Senhora das Mercês em Lisboa, onde se
encontra até hoje. Pareceria um triste fim de uma invocação mariana antes tão
difundida.
Renascimento promissor
Entretanto,
a devoção não morreu.
Ela
deitou raízes em nosso País, surgindo várias capelas a ela dedicadas, como a
que foi edificada na vila da Escada, acima referida, no Estado de São Paulo, e
anos atrás em Curitiba, no bairro Novo Mundo.
Peçamos
à Mãe de Deus que este seja um sinal do revigoramento dessa bela devoção tão
acendrada em nossos ancestrais lusos, especialmente os navegadores, que a
trouxeram para a Terra de Santa Cruz.
Nossa
Senhora da Conceição da Escada é a Padroeira da cidade de Barueri, cuja festa
celebra-se em 21 de novembro.
NOSSA SENHORA DA ESCADA, EM PERNAMBUCO.
Primitivamente
o município foi uma aldeia de índios das tribos Potiguaras, Tabujarés e
Mariquitos(Indeterminado,pois os arquivos que provam a existências dessas
tribos foram perdidos na histórica cheia de setenta que a atingiu).
O
nome "Escada" provém da capela erguida por missionários da Congregação do Oratório, vinda de Portugal para a catequese dos índios.
Como
a capela estava localizada no alto do terreno, foi construída uma escada para
dar acesso a um "nicho" em louvor a Nossa Senhora d'Apresentação, que
ficou conhecida como Nossa Senhora da Escada.
O
distrito de Escada foi criado pela Carta Régia de 27 de abril de 1786 e por Lei
Municipal em 6 de março de 1893. A Lei Provincial nº 326, de 19 de abril de
1854, criou o município de Escada, com território desmembrado do município do Cabo de Santo Agostinho.
A
sede municipal foi elevada à cidade pela Lei Provincial nº 1.093, de 24 de maio
de 1873. É formado pela Sede Administrativa, distritos de Massuassú e
Frexeiras.
Fonte: rezairezairezai.blogspot.com.br
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