sábado, 11 de maio de 2013

NOSSA SENHORA DO DOCE BEIJO




Trata-se de um ícone da escola cretense do século XVII. A Virgem da Ternura era um tipo de ícone que tinha uma popularidade especial nos Bálcãs, nas regiões gregas e italo-bizantinas.
Salta aos olhos as expressões de carícias dos dois rostos. Sensibiliza-nos, especialmente, a disposição das mãos: a do Menino Jesus está apoiada num confiante abandono sobre a mão direita da Mãe, enquanto que com a sua mão esquerda Ela o segura e ao mesmo tempo parece acariciá-lo. O vermelho é delicado e muito claro com relação aos demais ícones: a escola cretense acolhia elementos derivados da pintura retratística ocidental.

As vestes – feitio, coloridos, pregas – são as tradicionais: o ‘mafórion’ da Santíssima Virgem cereja-escuro sobre a veste azulada com mangas bordas. Jesus se veste como adulto e têm os pezinhos descalços, a mãozinha direita, apoiada sobre o joelho, aperta o rolo da Escritura, os traços do rosto mostram ser verdadeiro menino.
    A auréola em torno da cabeça da Mãe de Deus delimita uma parte do fundo dourado escuro e vem tipicamente trabalhada: sobre o fundo dourado escuro e vem tipicamente trabalhada: sobre o fundo preparado com gesso antes da pintura (sempre necessário para ser verdadeiro ícone), foram incisos pequenos buraquinhos redondos ligados ao desenho, os quais depois da douração de fundo mantêm um efeito visível.
Este ícone da Virgem da Ternura mede 49×64 cm e pertence ao Pontifício Colégio Grego de Roma.

Que Nossa Senhora, a Mãe da Ternura, o único ser que ‘abraça Aquele que todo o Universo não pode conter’ (Santo Éfrem), desperte em nossos corações sentimentos de bondade e ternura para com todos! Amém.
                                      

Nenhum comentário:

Postar um comentário