Trata-se de um ícone da escola cretense do século XVII. A Virgem
da Ternura era um tipo de ícone que tinha uma popularidade especial nos Bálcãs,
nas regiões gregas e italo-bizantinas.
Salta aos olhos as expressões de carícias dos dois rostos. Sensibiliza-nos,
especialmente, a disposição das mãos: a do Menino Jesus está apoiada num
confiante abandono sobre a mão direita da Mãe, enquanto que com a sua mão
esquerda Ela o segura e ao mesmo tempo parece acariciá-lo. O vermelho é
delicado e muito claro com relação aos demais ícones: a escola cretense acolhia
elementos derivados da pintura retratística ocidental.
As vestes – feitio, coloridos, pregas – são as tradicionais: o
‘mafórion’ da Santíssima Virgem cereja-escuro sobre a veste azulada com mangas
bordas. Jesus se veste como adulto e têm os pezinhos descalços, a mãozinha
direita, apoiada sobre o joelho, aperta o rolo da Escritura, os traços do rosto
mostram ser verdadeiro menino.
A auréola em torno da cabeça da Mãe
de Deus delimita uma parte do fundo dourado escuro e vem tipicamente
trabalhada: sobre o fundo dourado escuro e vem tipicamente trabalhada: sobre o
fundo preparado com gesso antes da pintura (sempre necessário para ser verdadeiro
ícone), foram incisos pequenos buraquinhos redondos ligados ao desenho, os
quais depois da douração de fundo mantêm um efeito visível.
Este ícone da Virgem da Ternura mede 49×64 cm e pertence ao Pontifício Colégio
Grego de Roma.
Que Nossa Senhora, a Mãe da Ternura, o único ser que ‘abraça
Aquele que todo o Universo não pode conter’ (Santo Éfrem), desperte em nossos
corações sentimentos de bondade e ternura para com todos! Amém.
Fonte: www.oarcanjo.net
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