Luxemburgo ficou
mais conhecida ainda pela devoção a Maria Santíssima. Um tanto distante dessa
cidade, havia um mosteiro com uma grande cruz na frente. No dia 8 de dezembro
de 1624, em que se celebrava a festa da Imaculada Conceição, o padre Brocquart,
jesuíta, colocou no cruzamento dos braços dessa cruz, uma imagem de Maria
Imaculada. O povo gostou da ideia e começou a venerar aquele símbolo da fé,
como Maria Mãe das Dores, por ter permanecido ao pé da cruz, onde seu
Filho-Deus expirava pela salvação da humanidade.
Em 1626, Luxemburgo
foi assolada por uma peste que levou muitas vítimas. O povo fez romarias a
Nossa Senhora de Luxemburgo, nome que aplicaram à imagem fixada na cruz
redentora. Diante desse ato de piedade, a peste acabou. A fé do povo simples
aumentou quando o padre Brocquart, também atacado pela peste, fez um voto à
Nossa Senhora de Luxemburgo e ficou completa e repentinamente curado.
As autoridades eclesiásticas estudaram
cuidadosamente alguns fatos e curas, declarando a presença milagrosa do poder
divino por meio daquela cruz com a imagem de Nossa Senhora Imaculada, em
Luxemburgo. Diante dessa declaração, a piedade do povo a Maria Santíssima
cresceu mais ainda.
A Cruz com a imagem ficava ao relento.
Compreenderam, então, a necessidade de construir uma capela naquele lugar. Foi
o que fizeram e, em 5 de agosto de 1627, trasladaram solenemente a Cruz com a Imagem.Todos
a conheciam como Nossa Senhora de Luxemburgo.
O grande número de
pessoas que peregrinava àquele local para agradecer favores cresceu muito. Os
ex-votos se multiplicaram. Príncipes e imperadores também foram agradecer
favores e deixaram suas ricas ofertas em sinal de gratidão. Haja vista, os
ricos e preciosos vestidos com que vestem a pequena imagem de madeira de Nossa
Senhora de Luxemburgo.
Numa das revoluções
políticas na região, destruíram a capela. Outra muito maior depois foi erguida.
Mais tarde, porém, a imagem de Nossa Senhora de Luxemburgo, com a cruz
salvadora, foi entronizada na Catedral de Luxemburgo, aos cuidados dos Padres
Jesuítas.
por Pe. Roque V. Beraldi, cmf.
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