sábado, 16 de março de 2013

NOSSA SENHORA DE MACAU (CHINA)


     A penetração do Catolicismo Romano na China, segundo registros válidos, data do período da dinastia Yuan, a dinastia mongol, que imperou naquele País entre 1271 e 1368. A primeira iniciativa foi do próprio imperador Kubilai, ao enviar, em mãos, por intermédio do pai de Marco Pólo, uma carta ao papa para o estabelecimento de relações com Roma. E a imperatriz pediu, ao mesmo portador que, ao retornar de Veneza, passasse por Jerusalém e lhe levasse um frasco de óleo bento da Igreja da Natividade.
   Recém-eleito e ainda encontrando-se como bispo de Jerusalém, o papa Gregório X designou dois sacerdotes para acompanhar a comitiva da família Pólo, a fim de empreender a tarefa de evangelizar a China. Mas foi, especialmente sob o reinado do imperador Wan Li, da dinastia Ming (1368-1644) que a religião romana se expandiu, graças à profícua atuação dos jesuítas.
   Os católicos chineses têm uma devoção extraordinária por Nossa Senhora: desde a evangelização a figura ,materna e virginal, de Maria S.sma os encanta.
       O povo português serviu de exemplo a todo o mundo no culto à Mãe de Deus. Em todas as possessões territoriais e descobertas geográficas realizadas pela nação lusa, sempre levaram juntamente a devoção à Santíssima Mãe, Maria.
    Também na região de Macau, China, encontramos abundantes narrativas dessa piedade.        Possessão portuguesa na Ásia, ocupada desde 1557, estava dividida em dois Conselhos: o de Macau e o de Taipa e Coloante. O clima era o melhor de todas as cidades da China, sendo recomendada até como estação de inverno. Macau possuía um Liceu Central de Ensino, uma Escola Comercial. A instrução primária era ministrada em 25 escolas. Possuía, ainda, bons edifícios, um seminário, um teatro chinês e a Gruta de Camões onde, segundo a tradição, o insigne poeta luso escreveu alguns cantos dos “Lusíadas”.
    Apetrechos piscosos usados no Oriente eram guardados cuidadosamente num Museu de Barcos e Aparelhos de Pesca. A diocese de Macau foi erguida pelo Papa Gregório XIII, em 23 de janeiro de 1576, e abrangia a ilha de Timor, as igrejas cristãs de Malaca e Singapura, e ainda as ilhas adjacentes. O nome completo era: “Santo Nome de Deus de Macau”. Foi neste lugar paradisíaco que dois doutores portugueses dos quais a tradição conservou os pré-nomes, Miguel e Paulo, foram enviados pelo próprio Imperador, para tratar de assuntos referentes à monarquia. Eram piedosíssimos e o povo reconhecia que eles mereciam o título de Colunas da Fé. Essa era a opinião tanto dos nativos como dos cristãos lá existentes.       Aconteceu que o Dr. Paulo adoe¬ceu gravemente. Certo de estar nas últimas, encomendou-se a Nossa Senhora, esperando o fim! Ele mantinha em seu quarto uma imagem de Maria, de quem era muito devoto. Desenganado, preparava-se para morrer.
    O Dr. Miguel, porém, muito aflito, demonstrando grande confiança na Mãe de Deus, pôs-se em oração e acendendo velas prostrou-se por terra. Orava solicitando mais com lágrimas do que com palavras a cura de seu colega moribundo. Ainda nesse estado de sofrimento o Dr.   Paulo se levanta e narra que acabara de ver Nossa Senhora entrar no quarto, cercada de muita luz acompanhada de muitos anjos e lhe disse que a doença havia desaparecido. Ele estava curado. Chega também o médico que, o tendo examinado, confirma estar ele em perfeito estado de saúde. Podemos imaginar a grande alegria do dr. Miguel e depois de todo o povo ao constatar o milagre. A igreja de Nossa Senhora de Macau foi elevada à categoria de Catedral.

                                                                           Por Pe. Roque Beraldi, Cmf


Fontes: http://www.avemaria.com.br/revista e comunidade Virgem Imperatriz da China

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