Os
apóstolos, ao iniciar suas caminhadas missionárias seguindo a ordem de Jesus,
Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura (Marcos, 16,15), certamente
teriam pedido a Maria santíssima sua proteção para obter êxito nos trabalhos
apostólicos. Os primeiros fiéis teriam repetido muitas vezes o que é narrado
nos Atos Apóstolos (12,5): Pedro estava assim encerrado na prisão, mas a Igreja
orava sem cessar por ele a Deus. Podemos piamente acreditar que Maria estivesse
no meio daqueles primeiros fiéis elevando a Deus Pai, de quem era filha, a
Jesus, Deus Filho de quem era mãe e ao Divino Espírito Santo, de quem era
esposa fiel, preces fervorosas pelo êxito das pregações.
Podemos ainda acreditar que estando em
longínquas plagas os apóstolos teriam aproveitado portadores para enviar
notícias das maravilhas operadas por meio deles ao povo que se convertia para
Cristo. O ponto de referência não poderia ser outro senão a Senhora de
Jerusalém.
O espírito de confiança e amor se espalhou
por todos os seguidores de Jesus. Assim nos atesta santo Elredo, abade no
século XII que nos deixou a seguinte exortação: “Aproximemo-nos da esposa do
Senhor, aproximemo-nos de sua mãe, aproximemo-nos de sua ótima serva. Tudo isto
é Maria! Mas que faremos? Que presentes lhe ofereceremos? E se pudéssemos, ao
menos, dar-lhe de volta o que por justiça lhe devemos?! Nós lhe devemos honra,
nós lhe devemos serviço, nós lhe devemos amor, nós lhe devemos louvor. Honra,
porque é mãe de nosso Senhor. Quem não honra a mãe, sem dúvida alguma despreza
o filho. E a Escritura diz Honra teu pai e tua mãe (Deuteronômio 5,16).
“Então,
irmãos, que diremos? Não é ela nossa mãe? Sim, ela é verdadeiramente nossa mãe.
“Por ela nascemos, não para o mundo, mas para Deus” (Liturgia das Horas). Sabe-se
que foi célebre aquele santuário de Nossa Senhora de Jerusalém, com romarias e
festas no último domingo de julho.
por Pe. Roque Vicente Beraldi, Cmf
Nenhum comentário:
Postar um comentário