domingo, 4 de novembro de 2012

NOSSA SENHORA DE JERUSALÉM





   Na praça diante do Palácio de Gominhães, na região de Caldas de Vizela, Distrito e Arquidiocese de Braga, em Portugal, na região dos Guimarães, no lugarejo chamado Cardal, encontrava-se uma capela construída por ordem de d. Maria Fogaça. No retábulo principal colocara a imagem de Nossa Senhora de Jerusalém. O povo chamava-a também de Nossa Senhora de Cardal, identificando-a com o nome do local. Este título de Nossa Senhora de Jerusalém é um dos primeiros que a piedade cristã primitiva dedicou a Maria santíssima.

    Os apóstolos, ao iniciar suas caminhadas missionárias seguindo a ordem de Jesus, Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura (Marcos, 16,15), certamente teriam pedido a Maria santíssima sua proteção para obter êxito nos trabalhos apostólicos. Os primeiros fiéis teriam repetido muitas vezes o que é narrado nos Atos Apóstolos (12,5): Pedro estava assim encerrado na prisão, mas a Igreja orava sem cessar por ele a Deus. Podemos piamente acreditar que Maria estivesse no meio daqueles primeiros fiéis elevando a Deus Pai, de quem era filha, a Jesus, Deus Filho de quem era mãe e ao Divino Espírito Santo, de quem era esposa fiel, preces fervorosas pelo êxito das pregações.

   Podemos ainda acreditar que estando em longínquas plagas os apóstolos teriam aproveitado portadores para enviar notícias das maravilhas operadas por meio deles ao povo que se convertia para Cristo. O ponto de referência não poderia ser outro senão a Senhora de Jerusalém.

   O espírito de confiança e amor se espalhou por todos os seguidores de Jesus. Assim nos atesta santo Elredo, abade no século XII que nos deixou a seguinte exortação: “Aproximemo-nos da esposa do Senhor, aproximemo-nos de sua mãe, aproximemo-nos de sua ótima serva. Tudo isto é Maria! Mas que faremos? Que presentes lhe ofereceremos? E se pudéssemos, ao menos, dar-lhe de volta o que por justiça lhe devemos?! Nós lhe devemos honra, nós lhe devemos serviço, nós lhe devemos amor, nós lhe devemos louvor. Honra, porque é mãe de nosso Senhor. Quem não honra a mãe, sem dúvida alguma despreza o filho. E a Escritura diz Honra teu pai e tua mãe (Deuteronômio 5,16).
 “Então, irmãos, que diremos? Não é ela nossa mãe? Sim, ela é verdadeiramente nossa mãe. “Por ela nascemos, não para o mundo, mas para Deus” (Liturgia das Horas). Sabe-se que foi célebre aquele santuário de Nossa Senhora de Jerusalém, com romarias e festas no último domingo de julho.

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                             por Pe. Roque Vicente Beraldi, Cmf


Nenhum comentário:

Postar um comentário