Festa 20 litúrgica dia 20 de Janeiro
No livro Atos dos Apóstolos, no capítulo 9, São Lucas narra à conversão de Paulo de Tarso que, de perseguidor da Igreja, se tornou o apóstolo de Jesus, depois que teve a visão no caminho de Damasco. Sua conversão encheu de pasmo os primeiros cristãos! Caso semelhante se deu em Roma no dia 20 de janeiro de 1842. Um jovem de 27 anos, chamado Afonso Ratisbonne, judeu de raça e religião, banqueiro1, aparentado com a riquíssima família Rotschild, nutria manifesta antipatia pela fé católica, converteu-se a esta fé de repente. Parando em Roma, a caminho do Oriente Médio, acompanhara um amigo a Igreja de Santo André Delle Frate, unicamente para esperar seu amigo Teodoro de Bussière, que era católico. Este conseguiu quatro dias antes desta feliz experiência, que o jovem israelita levasse no peito, a Medalha Milagrosa de Nossa Senhora, apenas como enfeite, argumentou o amigo, já que você não acredita. Afonso Ratisbonne cedeu com relutância e meio jocosamente. Aceitara também, uma copia do Lembrai-vos (conhecida oração composta por São Bernardo), que prometera rezar todo dia. Ali na Igreja de Santo André delle Fratte a Santíssima Virgem lhe apareceu tal como está representada na Medalha Milagrosa.
É Ratisbonne mesmo quem relata: “Estava eu na Igreja de Santo André Delle Frate, fazia pouco tempo, quando, de repente, senti algo inexplicável; levantei os olhos e tudo estava turvo. Toda luz havia se concentrado numa única capela e do centro desta irradiação apareceu, de pé, sobre o altar, brilhante, cheia de majestade e meiguice, a Virgem Maria. Raios luminosos jorravam de suas mãos, exatamente como representado na Medalha Milagrosa. Ela fez sinal com a mão para que eu ajoelhasse.
Uma força irresistível me empurrou em sua direção. Ela parecia dizer: ‘muito bem’, mas não precisou falar, porque eu compreendi tudo”. Chorando, Ratisbonne estava transtornado, levado por uma forte emoção. Incapaz de se expressar exclamava:”...Eu vi Maria, eu a vi, eu a vi e suplicava:”leve-me a um padre”. Ratisbonne, iluminado por luzes extraordinárias, abriu-se ao mistério da Fé. Fez um breve retiro espiritual, rezou bastante, meditou muito na sua dureza de espírito até então e pela bondade divina sobre ele e sua gente, nunca agradecida por ter sido o povo eleito para levar o nome de Deus aos confins da terra. Depois de receber instrução religiosa suficiente, foi batizado no dia 31 de janeiro do ano de 1842. Comungou pela primeira vez e, no mesmo dia, foi crismado. Continuou depois recebendo instrução religiosa, estudou teologia e foi ordenado sacerdote em 1848. Nessa data acrescentou “Maria” a seu nome em sinal de agradecimento pela graça recebida. Ao considerar tal acontecimento, todos passaram a dizer: “É obra de Nossa Senhora do Milagre!”.
Ratisbonne, iluminado por luzes extraordinárias, abriu-se ao mistério da Fé e fixou residência na Palestina, dedicando-se aos catecúmenos judeus convertidos ao cristianismo. Ajudou seu irmão Teodoro, também sacerdote e fundador da Congregação Nossa Senhora de Sion.
Por Pe. Roque Vicente Beraldi, Cmf
Referencia: http://WWW.avemaria.com.br/revista
1 Livro a Medalha Milagrosa – histórias e celestiais promessas, 8ª edição de julho de 2002 - de João S. Clá Dias – Takano Editora Gráfica Ltda.
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