A festa
de hoje liga-se a uma antiga tradição cristã. Contam que, na Sexta-feira da
Paixão, Maria Santíssima voltou a encontrar-se com Jesus, seu
filho. Foi um encontro triste e muito doloroso, pois Jesus havia sido açoitado,
torturado e exposto à humilhação pública. Coroado de espinhos, Jesus arrastava
até ao Calvário a pesada cruz, para aí ser crucificado. Sua Mãe, ao vê-lo tão
mal tratado, com a coroa de espinhos, sofre de dor. Perdendo as forças, caiu
por terra, vergada pela dor e pelo sofrimento de ver Jesus prestes a morrer
suspenso na cruz. Recobrando os sentidos, reuniu todas as suas forças,
acompanhou o filho e permaneceu ao pé da Cruz até o fim.
É impossível não sentir profunda emoção ao contemplar alguma expressiva
imagem da Mater Dolorosa e meditar estas palavras do Profeta Jeremias, que a
piedade católica aplica à Mãe de Deus: "Ó vós todos que passais pelo
caminho, parai e vede se há dor semelhante à minha dor" (Lm 1, 12).
Inicialmente,
esta festa foi celebrada com o título de "Nossa Senhora da Piedade" e
"Compaixão de Nossa Senhora". Depois, Bento XIII (1724-1730)
promulgou a festa com o título de "Nossa Senhora das Dores".
Mas foi o Papa Pio X que fixou
a data definitiva de 15 de Setembro, Virgem Maria Dolorosa. Com este título nós
honramos a dor de Maria aceita na redenção mediante a cruz. É junto à Cruz que
a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do corpo místico nascido da Cruz,
isto é, nós somos nascidos, enquanto cristãos, do mútuo amor sacrifical e
sofredor de Jesus e Maria. Nossa Senhora
das Dores (também chamada Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Soledade,
Nossa Senhora das Angústias, Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete
Dores, Nossa Senhora do Calvário ou ainda Nossa Senhora do Pranto, é invocada
em latim como Beata Maria Virgo Perdolens, ou Mater Dolorosa) é um dos muitos
títulos pelos quais a Igreja Católica venera a Virgem Maria em 15 de setembro.
Somos
convidados, hoje, a meditar os episódios mais importantes que os Evangelhos nos
apresentam sobre a participação de Maria na paixão, morte e ressurreição de
Jesus: a profecia do velho Simeão (Lucas 2,33ss.); a fuga para o Egito (Mateus
2,13ss.); a perda de Jesus aos doze anos, em Jerusalém (Lucas 2,41ss.); o
caminho de Jesus para o Calvário (João 19:12ss.); a crucificação (João
19,17ss.); a deposição da cruz e o sepultamento (Lucas 23,50ss.).
Fonte: cf.www.ecclesia.pt
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