"Alegra-te Maria, Imaculada e Santa, amada de Deus,
nova Eva eleita, cooperadora da reconciliação. Mãe de Jesus e nossa; incansável
auxílio dos pecadores, maternal intercessora, lembra-te sempre deste filho teu.
Amém." Oração Mariana.
O mês de maio, para os cristãos católicos, é o mês de muitas
alegrias, pois é dedicado aquela que muito amamos: Maria, por isso, é oportuno
meditarmos as suas alegrias, que são os
momentos felizes que Nossa Senhora experimentou em sua vida terrena. A maior
delas, sem dúvida, foi o fato de ter sido escolhida para ser a Mãe de Deus.
Poderia haver maior felicidade do que esta?
Dentre as alegrias
que Maria viveu, podemos destacar sete:
Primeira Alegria -
É o anúncio do anjo Gabriel a Maria, dizendo-lhe que ela seria a Mãe do Filho
de Deus - Lucas 1: 26-33, 38.
Segunda Alegria –
É a visitação de Maria levando em seu ventre Jesus a Sua prima Santa Isabel - Lucas 1: 39-45
Terceira Alegria
- Nasce seu filho, o Menino Jesus - Lucas 2: 6-7
Quarta Alegria – Maria
vê os três reis magos prestarem adoração ao Menino Jesus - Mateus 2: 1-2,
10-11.
Quinta Alegria -
Maria encontra o menino Jesus, que pensava está perdido, mas estava no templo -
Lucas 2: 41-50
Sexta Alegria – É a jubilosa Ressurreição de Jesus nosso
salvador - Marcos 16: 1-7.
Sétima Alegria – É a Sua Assunção e Coroação como Rainha do
Céu e da Terra - "Fidei dogma definitur deiparam virginem Mariam corpore
et anima fuisse ad caelestem gloriam assumptam" - Papa Pio XII, 1 de
novembro de 1950; Acta Apostolicae Sedis, An et Vol XXXXII - Ser II, V. XVII -
nº 15 - *Ver também Lucas 1: 46-55
A alegria é um sentimento profundo que nasce da mescla de
vários fatores: sentir confiança, ter a satisfação do dever cumprido, estar em
harmonia consigo mesmo, com Deus e com os demais irmãos. A alegria constante é
uma atitude própria do católico, que tem a segurança de sentir-se amado por
Deus, no caminho certo e na verdade. Maria, nossa Mãe, é exemplo e fonte dessa
mesma alegria, para todos nós.
No início do século XV na Itália, na época de São Bernardino
de Sena (1380-1444), surge entre os franciscanos uma devoção, que recorda esses
episódios felizes. É a chamada "Coroa Franciscana" ou as "Sete
Alegrias da Santíssima Virgem Maria". Em cada uma das "Sete
Alegrias" roga-se à Maria que se alegre, porque Deus a favoreceu de várias
maneiras.
Existe um colar de contas apropriado para a devoção. Ele é
composto de 76 contas fixadas em um círculo, que está conectado a uma medalha,
e mais um prolongamento com cinco contas que termina com um crucifixo e uma
medalha de São Francisco de Assis. O círculo contém sete dezenas de contas que
representam as "Ave Maria." Uma conta do "Pai Nosso" separa
cada dezena com uma única exceção: a conta do "Pai Nosso" para a
Primeira Alegria, que se encontra no prolongamento, junto à medalha conectora. O
colar da Coroa Franciscana facilita a contagem na hora das orações, mas não é
indispensável, podendo-se realiza-la usando qualquer outra forma de contagem.
O Modo de se fazer as orações é o seguinte: reza-se um
"Pai Nosso" e dez "Ave Maria" por cada uma das Sete
Alegrias. Nas orações finais mais duas "Ave Maria", para totalizar
72; e para terminar mais um "Pai Nosso" e uma "Ave Maria"
pelas intenções do Papa. O número "72" tem um significado especial.
Faz referência à tradição pela qual Nossa Senhora teria vivido 72 anos aqui na
Terra.
Muito já se falou e se falará ainda de Maria Santíssima. Seu
Amor incondicional a Deus e à sua Obra, fez dela um exemplo a ser seguido por
homens e mulheres de todas as gerações. O saudoso Papa João Paulo II escolheu
para Lema de seu Pontificado, "Totus Tuus Maria”. Tendo se consagrado a
Ela, o Papa viveu mergulhado em Ação de Graças à sua Senhora.
A Virgem Maria é a amiga mais querida, mais íntima, mais
amorosa que podemos pensar em ter. Se o próprio Deus a escolheu para ser mãe de
seu filho, imagine os tesouros espirituais que podemos alcançar, ao meditarmos
em Suas Alegrias.
Que tal começarmos
agora?
* "E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor, meu
espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para sua pobre
serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações,
porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo.
Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem.
Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos soberbos.
Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. Saciou de bens os
indigentes e despediu de mãos vazias os ricos. Acolheu a Israel, seu servo,
lembrado da sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de
Abraão e sua posteridade, para sempre." Lucas 1:46:55.
Outra formas de rezar a Coroa Franciscana – é fazer a introdução e
conclusão como na oração do Terço.
I - Forma comum
1. No primeiro mistério consideramos a alegria de Nossa
Senhora ao ouvir do Arcanjo São Gabriel que fora escolhida por Deus para ser
Mãe do Salvador. (1 Pai-nosso, 10 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai)
2. No segundo mistério consideramos a alegria da Santíssima
Virgem em casa de sua prima Santa Isabel, quando foi pela primeira vez saudada
como Mãe de Deus.
3. No terceiro mistério consideramos o inefável gozo de
Nossa Senhora no estábulo de Belém, quando seu Filho divino nasceu
milagrosamente.
4. No quarto mistério consideramos a alegria de Nossa
Senhora quando os três magos vieram de longe adorar o Menino Jesus e
oferecer-lhe ouro, incenso e mirra
5. No quinto mistério consideramos a alegria de Nossa
Senhora quando achou o Divino Menino no Templo entre os doutores.
6. No sexto mistério consideramos a alegria e o júbilo da
Santa Mãe de Deus, quando, na manhã de Páscoa, viu seu Filho divino
ressuscitado e glorioso.
7. No sétimo mistério consideramos a maior de todas as
alegrias de Nossa Senhora, quando morreu santamente e foi levada aos céus, com
corpo e alma, acima dos coros angélicos, à direita de seu Filho divino, que a
coroou Rainha dos anjos e dos santos.
II - Forma especial
Após cada Ave-Maria, acrescenta-se, depois das palavras:
“...e bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus:
1. ... que com grande alegria concebestes do Espírito Santo.
(E segue:) Santa Maria...
2. ... que com grande alegria levastes em visita à Isabel.
3. ... que com grande alegria destes à luz em Belém.
4. ... que com grande alegria apresentastes à adoração dos
Magos.
5. ... que com grande alegria encontrastes no Templo.
6. ... que com grande alegria vistes ressuscitado e
glorioso.
7. ... que vos elevou aos céus, ó Virgem Maria.
Histórico: Em
1442, na época de São Bernardino de Sena, divulgou-se a notícia de Nossa
Senhora ter aparecido a um noviço franciscano, que desde criança tinha o
costume de oferecer à Virgem Maria uma coroa de rosas. Mas quando entrou na
Ordem dos Frades Menores, sentia-se muito triste por não lhe ser permitido
continuara a oferecer a Virgem os ramos de flores. Chegou mesmo a pensar em
desistir da Ordem seráfica. Apareceu-lhe então, a Virgem a consolá-lo e
indicar-lhe outra oferta diária que seria para ela ainda mais agradável.
Sugeriu-lhe que, todos os dias, rezasse sete dezenas de ave-marias intercaladas
com a meditação de sete misteriosos acontecimentos da sua vida que a tinham
enchido de alegria. Assim teria nascido à coroa franciscana, o rosário das sete
alegrias. São Bernardino foi um dos primeiros a praticar e divulgar esta
piedosa devoção.
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