segunda-feira, 21 de abril de 2014

QUINTA DOR DE MARIA – JESUS MORRE NA CRUZ


   *Essa dor de Maria é o ápice das suas dores e a consequência do julgamento injusto sofrido por Jesus. Antes Maria sofreu muito vendo seu Filho sendo torturado, humilhado e desprezado. Mas a coroação de um grau maior de dores, se é que poderemos dizer tal coisa. De qualquer jeito, a dor de ver que Jesus morre na cruz deve ter sido para Maria uma dor terrível, que ação alguma naquele momento poderia aliviar.
   O que Jesus sofreu antes da morte, tornou-se o sofrimento de sua Mãe, mas a morte tornou-se, por assim dizer um alívio de tanta tortura e humilhações, mas para Maria tornou-se a sua mais aguda dor. Pois ela experimentava a dor de perder seu Filho para a morte.
   Estava a Mãe dolorosa junto à Cruz, lacrimosa, da qual pendia o seu Filho. Banhada em pranto amoroso, e neste transe doloroso, a dor lhe rasgava o peito. Estava triste e sofria porque ela mesma via as dores do Filho amado. O que pode mensurar tão grande sofrimento? Nada desse mundo serve de comparação às dores que Maria sofreu junto a Jesus. Por essa razão é que nós cristãos católicos chamamos Maria de Nossa Senhora das Dores.
   **Por isso nos parece importante salientar que, no século XIV, na Igreja de Santa Maria Maggiore, Santa Brígida da Suécia teve uma revelação particular no sentido de que Jesus carrega a Cruz às costas – Igreja de San Ginés, Madri, e falou que todos aqueles que tivessem devoção às dores de Nossa Senhora teriam, na hora da morte, uma contrição perfeita de seus pecados e uma proteção especial no passamento desta vida para a eternidade.
   Em 1814, o Papa Pio VII introduziu a festa de Nossa Senhora das Dores oficialmente na liturgia e no calendário romano. Mais tarde a Igreja passou a celebrá-la como memória da Virgem Maria Dolorosa.
   A Cruz de Nosso Senhor, ao invés de ser um lenitivo para Nossa Senhora, era a causa de Sua dor. Deus deu a Maria, Sua filha diletíssima, tudo o que havia de melhor! No entanto, em determinadas etapas de sua vida, para Ela o melhor era sofrer. Como ocorreu na Paixão, quando passou por um tremendo tormento. Sofreu muito mais do se fosse Ela própria crucificada, pois a dor que sentiria na sua crucifixão não seria nada perto do que Ela sentiu vendo o seu próprio Filho crucificado.
   A propósito, Santo Afonso Maria de Ligório afirma que todos aqueles que passam por tormentos, recebem alguma forma de consolo. Porém nenhum consolo foi dado a Nossa Senhora.
   Nossa Senhora não podia pensar em mitigar suas dores, porque a sua dor consistia na dor de Nosso Senhor. Aquilo que é para toda e qualquer pessoa um lenitivo, para Ela não o era, porque pensando nas dores de Nosso Senhor, Ela ainda sofria mais. A causa do sofrimento de Nossa Senhora era, justamente, as dores de Nosso Senhor. Ela sofreu em Si as dores que estavam sendo atribuídas a Nosso Senhor na flagelação, coração de espinhos, carregamento da Cruz, Crucifixão e tudo o mais.
   Digníssima Mãe de Deus, que estando em pé junto à Cruz de Jesus, Vosso Filho Unigênito, o vistes sofrer, agonizar e morrer, ficando só e desamparada, sem mais alívio que amarguras, e sem outra companhia que os tormentos.
    Minha alma deseja participar, ó dolorosa Virgem, das vossas dores e aflições, para que me as acompanhe toda vida no justo sentimento da morte de Vosso querido Filho.
Permiti-me, ó solitária Senhora, que a assista em tão amarga solidão, sentindo o que sentis e chorando o que chorais.
    Infundi em meu peito, ó mãe do verdadeiro Amor, uma ardente caridade para amar a vosso Divino Filho, que por amor de mim morreu crucificado; e concede-me o favor que lhe peço nesta oração, para a glória de Deus, honra Vossa e proveito de minha alma. Amém.

* Reflexão feita por Maria Marta.


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