A devoção a Nossa Senhora
Consolata, cujo santuário mais famoso situa-se em Turim, na Itália, teve
início de acordo com a seguinte tradição: Santo Eusébio trouxe o ícone do
Egito para a Itália no século IV e o deixou em Turim. São Máximo, bispo de
Turim de 380 a 420, o colocou num pequeno santuário mariano da cidade.
São Máximo promoveu a devoção até
que os iconoclastas começaram a destruir crucifixos, imagens e relíquias dos
santos. O ícone da Consolata, entretanto, não foi destruído. Alguém o
escondeu numa cripta da Capela de Santo André, em Turim, até o século XI. Em
1014, Arduíno, Marquês de Ivrea, estava seriamente enfermo. Teve uma visão da
Virgem Santíssima que pediu-lhe a construção de uma capela sob o título de
Nossa Senhora da Consolata, na igreja de Santo André, prometendo-lhe a recuperação
da saúde. Tocado profundamente pelos favores da Virgem Maria, Arduíno
empreendeu seriamente a construção da capela. Durante os trabalhos da
escavação, o ícone da Consolata foi reencontrado para a alegria da população.
O santuário transformou-se num lugar de muitas graças e bênçãos.
No século seguinte, uma terrível guerra
civil quase destruiu completamente a cidade de Turim, e a capela que o
Marquês tinha construído para o ícone da Consolata ficou esquecida no meio
das ruínas.
Em 1104, John Ravais, um homem
cego de Briançon, França, teve um estranho sonho: enterrado sob as ruínas de
uma velha igreja velha, viu uma pintura de Nossa Senhora. A Virgem
revelou-lhe que aquela capela localizava-se em Turim, na Itália.
Maria queria ser honrada novamente naquele
lugar. Se fizesse alguma coisa para recuperar aquela igreja, ele seria curado
da cegueira. O homem dirigiu-se a Turim. Iniciados os trabalhos de escavação,
foram encontrados os restos da igreja e o ícone intacto no dia 20 de junho de
1104.
Comovidos pelo milagre ocorrido, os cidadãos
de Turim transformaram a pequena capela em um grande Santuário aonde vem
sendo venerada pelos séculos a Virgem Santíssima sobre o título
"Consolata".
Encarregou-se de espalhar a devoção a Nossa
Senhora Consolata o Pe. José Allamano, que foi reitor do Santuário de Nossa
Senhora Consolata em Turim, por 46 longos anos e o transformou num centro de
Espiritualidade Mariana e de irradiação missionária.
Fundou duas congregações religiosas, a dos
Missionários da Consolata e das Missionárias da Consolata.
"Consolata" quer dizer
"Consoladora". A missão destes religiosos é anunciar ao mundo todo,
a Verdadeira Consolação: JESUS CRISTO. Eles têm como lema que lhes deixou o
Fundador: "Anunciarão a minha glória aos povos" (Is 66,19).
Contemplando a imagem da Consolata, vemos
Nossa Senhora que reclina docemente a cabeça para Jesus. Símbolo desse gesto:
ela dirige seu pensamento à fonte e causa de todas as suas grandezas: seu
divino filho. Parece-nos ouvir ainda de seus lábios o "Magnificat"-
solene cântico de gratidão - que há vinte séculos ecoa pelas montanhas da
Judéia e pelas encostas do mundo: "O Poderoso fez em mim maravilhas...
Sua misericórdia se estende de geração em geração"(Lucas 1, 49-50).
Ao mesmo tempo, Nossa Senhora volve
para nós seu olhar, como para infundir-nos os mesmos pensamentos e afetos. A
fonte das misericórdias e das consolações é Jesus Cristo. Maria recebe dele
as graças que derrama sobre os homens. Em sua missão materna, ela quer
conduzir a Jesus as almas consoladas por seu amor. Suas consolações não visam
tornar a vida menos triste, mas purificar mais e mais a consciência; não
tendem apenas a livrar o coração das preocupações, mas enriquecê-lo de
virtudes; não a subtrair o cristão, mas enriquecê-lo de virtudes; não a
subtrair o cristão da dor, e sim aproximá-lo de Jesus Cristo.
Nossa Senhora Consolata estreita
ao coração o Menino Jesus... Símbolo do mais belo amor que une o Coração de
Deus a um coração de criatura. Jesus e Maria estão indissoluvelmente unidos
pelo amor. Nossa Senhora é a criatura que Deus mais amou; é a criatura que
mais amou a Deus! Em força do amor de Jesus, ela é Imaculada, a virgem Mãe do
Redentor, a Rainha do céu, perfeitíssimo exemplar da santidade, poderosa
Medianeira entre o céu e a terra, a Consoladora dos aflitos. Em suma: o amor
de Jesus é a razão de toda a sua felicidade, a chama divina que ela quer
atear na ala dos seus devotos. Se Nossa Senhora usa tão generosamente do seu
poder para consolar, é para que nós, libertos da dor, nos elevemos com mais
generosidade e presteza ao amor de Jesus.
Contemplando a imagem de Nossa Senhora
Consolata, vemos Jesus com a mão direita elevada, em atitude de abençoar.
Simboliza o admirável desígnio realizado em Maria: como por intermédio de Eva
se abateu sobre a terra uma torrente de sofrimento, assim, por intermédio de
Maria, a divina misericórdia fez jorrar a fonte de todos os bens. Jesus salva
o mundo, passando através das entranhas imaculadas da maternidade de Maria.
Ele nutre e dessedenta as almas com o corpo e o sangue que recebeu de Maria.
Vemos, por fim, duas coroas cingindo a
fronte de Jesus e de Maria: símbolo glorioso dum império celeste que abrange
o céu e a terra. Nos dois diademas, os católicos reconhecem e proclamam a
régia majestade de Jesus Cristo e de Maria.
Fonte:
www.padrejuarez.com.br
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sábado, 6 de julho de 2013
NOSSA SENHORA CONSOLATA
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