Depois desta suposição, verificamos que o povo certamente cultuou a Mãe
de Deus, pois, já em 1701, no povoado de Chimbel, na paróquia de Nossa Senhora
da Ajuda de Ribandar, havia uma capela dedicada à Mãe de Jesus, cuidada por uma
Confraria. O povoado de Belbatta, na paróquia de São Bartolomeu de Chorão,
também na Arquidiocese de Goa, conservava-se desde 1786 uma igreja reconstruída
em 1950. Confundia-se com o título de Nossa Senhora do Livramento. Ainda na
arquidiocese de Goa encontra-se na paróquia de Nossa Senhora da Esperança de
Candolim, outra ermida com o nome de Nossa Senhora do Livra Febres.
William Shakespeare falou: “Todo o mundo pode dominar uma dor, exceto
quem a sente”. Dominar uma dor são palavras consoladoras que têm limites. Na
maioria das vezes nem mesmo consolo oferece ao coração sofredor. Deus nos criou
para a felicidade. Na Terra, mesmo se estamos sofrendo, se Deus está presente
em nós, podemos ser felizes e alegres. Entretanto, não é fácil enfrentar a dor,
física ou moral. No momento em que ela toma conta de nós, as palavras de
consolo pouco adiantam. Por vezes, até nos irritam, pois pensamos: “Que sabe
ele (ela) do que estou vivendo?”
Lembremo-nos, no entanto, de que a ligação do sofrimento com a ideia de
castigo é errônea e só pode nos fazer mal. À dor é uma bênção que o Pai
permite, como oportunidade de crescimento: pode fazer-nos mais pacientes,
resignados, complacentes, compreensivos, amorosos, humildes, humanos e
‘guerreiros’ do bom combate. Quando a “canga” estiver por demais pesada, vamos
colocá-la nas mãos do Pai. Ele haverá de carregá-la com amor e nos enxugará as
lágrimas, confortará nossas almas e nos dará a coragem para seguir adiante.
Esta coragem nos vem por meio de Maria, se nos colocarmos sob seu manto
protetor, contra febres, doenças e outros sofrimentos...
Por Pe. Roque V. Beraldi, Cmf
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