Para descansar,
parou em um lugarejo próximo a Kevelaer, onde havia uma cruz de pedra. Corria o
ano de 1641. O Natal estava próximo. Agradecia a Deus o êxito de seu trabalho,
humilde, mas que lhe dava o sustento suficiente para uma vida normal.
Concentrado na sua oração ouviu uma voz feminina que dizia: “Quero que me
construas uma capelinha neste lugar”. Pensou que houvesse outras pessoas por
ali e não deu atenção. Logo que observou não haver ninguém por ali, ficou
impressionado. Quem teria dito? Preocupado com isso, dirigiu-se para sua casa.
Afastava toda lembrança do fato, como ilusão.
Alguns dias depois
tornou a passar pela cruz de pedra e ouviu novamente o mesmo pedido. Isto o
deixou aflito. Não será ilusão minha? Tudo quanto possuo não é suficiente para
a construção de uma capela. Sua esposa também lhe disse dias depois que tinha
tido um sonho no qual em uma luz vislumbrante viu uma pequena ermida e nela uma
estampa que uns soldados lhe haviam oferecido, mas que se destinavam a um
militar. Os guardas noturnos perguntaram a Hendrick o que era a luz brilhante
que tinham visto na casa dele durante uma das noites passadas.
Ligando esses
acontecimentos, Hendrick se convenceu de que se tratava de um pedido celeste e
resolveu poupar o quanto possível, para construir a capela. Ajudado pelo pároco
de Kevelaer, concluiu a capela. As irmãs Carmelitas, sabendo do ocorrido,
pediram a um pintor que reproduzisse a estampa em tamanho maior para ser vista
com facilidade no altar da capela.
Os padres
capuchinhos organizaram uma solene procissão e levaram a imagem até a capela,
onde o povo oferece homenagens e ofertas. Por sua vez, ele recebe favores
celestes.
A efígie da mãe de
Deus é de Nossa Senhora de Luxemburgo a que o povo aplica o nome do lugar
chamando-a de Nossa Senhora de Kevelaer.
Lembramos que o
título não é o que interessa para nossa mãe celeste. O que importa é a devoção.
Aplica-se bem a resposta que santo Estanislau Kostka deu a umas pessoas que
perguntou qual era a melhor devoção a Maria santíssima: “Qualquer uma, desde
que seja perseverante”.
Por Pe. Roque Vicente Beraldi.
Fontes:
http//www.avemaria.com.br/revista; site
da imagem: padrejairosouza.blogspot.com
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