domingo, 16 de setembro de 2012

NOSSA SENHORA DO KEVELAER




   Para nós, brasileiros, este nome é estranho. Mas, na Alemanha, é muito popular. Tudo se iniciou quando o comerciante Hendrick Busman, senhor de uns 40 anos, casado com a senhora Mechel - apelido de Mectilde -, de sobrenome Schrouse, voltava para sua casa depois de ter vendido suas mercadorias em weeze.

   Para descansar, parou em um lugarejo próximo a Kevelaer, onde havia uma cruz de pedra. Corria o ano de 1641. O Natal estava próximo. Agradecia a Deus o êxito de seu trabalho, humilde, mas que lhe dava o sustento suficiente para uma vida normal. Concentrado na sua oração ouviu uma voz feminina que dizia: “Quero que me construas uma capelinha neste lugar”. Pensou que houvesse outras pessoas por ali e não deu atenção. Logo que observou não haver ninguém por ali, ficou impressionado. Quem teria dito? Preocupado com isso, dirigiu-se para sua casa. Afastava toda lembrança do fato, como ilusão.

   Alguns dias depois tornou a passar pela cruz de pedra e ouviu novamente o mesmo pedido. Isto o deixou aflito. Não será ilusão minha? Tudo quanto possuo não é suficiente para a construção de uma capela. Sua esposa também lhe disse dias depois que tinha tido um sonho no qual em uma luz vislumbrante viu uma pequena ermida e nela uma estampa que uns soldados lhe haviam oferecido, mas que se destinavam a um militar. Os guardas noturnos perguntaram a Hendrick o que era a luz brilhante que tinham visto na casa dele durante uma das noites passadas.

   Ligando esses acontecimentos, Hen­drick se convenceu de que se tratava de um pedido celeste e resolveu poupar o quanto possível, para construir a capela. Ajudado pelo pároco de Kevelaer, concluiu a capela. As irmãs Carmelitas, sabendo do ocorrido, pediram a um pintor que reproduzisse a estampa em tamanho maior para ser vista com facilidade no altar da capela.

   Os padres capuchinhos organizaram uma solene procissão e levaram a imagem até a capela, onde o povo oferece homenagens e ofertas. Por sua vez, ele recebe favores celestes.

   A efígie da mãe de Deus é de Nossa Senhora de Luxemburgo a que o povo aplica o nome do lugar chamando-a de Nossa Senhora de Kevelaer.

   Lembramos que o título não é o que interessa para nossa mãe celeste. O que importa é a devoção. Aplica-se bem a resposta que santo Estanislau Kostka deu a umas pessoas que perguntou qual era a melhor devoção a Maria santíssima: “Qualquer uma, desde que seja perseverante”.


                                                                                   Por Pe. Roque Vicente Beraldi.


Fontes: http//www.avemaria.com.br/revista; site da imagem: padrejairosouza.blogspot.com


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