O local estratégico
se tornou ponto de peregrinação principalmente por¬que era convicção popular
que a Imaculada Conceição havia protegido o povo da região contra corsários que
freqüentemente a pilhavam.
Considerando a
grande afluência de romeiros, os franciscanos ampliaram a igrejinha. Mais
tarde, em 1548, o Infante dom Luís (filho de dom Manuel), também visitou a
venerada imagem mariana. Ela é apresentada com o menino Jesus ao colo. Além das
permanentes homenagens, todos os anos, em 10 de julho, o povo passou a promover
solenidades com missa, pregação de sermões e procissão ao som de “devotas
cantigas”. Não podia faltar, entre as atividades festivas, a demonstração de
fogos de artifício. Conservava-se aí também, algumas pinturas de origem
flamenca, oferecidas pela princesa d. Isabel, em 1581.
É admirável como o
povo português de tudo se vale para homenagear à santíssima Virgem. Ora um
passo alegre, ora triste, tanto da vida nacional como pessoal, um evento feliz
ou doloroso constitui motivo para elevar hinos de louvor. O local, a
profissão... Os teólogos aplicam a mística; os poe¬tas, a imaginação fecunda. A
escultura mostra imagens. O local, a profissão... Os teólogos aplicam à
mística; os poe¬tas, a imaginação fecunda. A escultura mostra imagens Os
músicos compõem lindas e celestiais melodias. Tudo canta a gratidão.
Frei dom Francisco Rendeiro, OP, em 1967,
bispo coadjutor de Coimbra, externou sua alegria pela devoção do povo a Nossa
Senhora quando disse: “Portugal é certamente um dos países em que este culto
aparece com mais exuberância e, ao mesmo tempo, com mais simplicidade. Dificilmente
se poderão contar as igrejas e capelas, os santuários e as imagens de todas as
invocações espalhadas pelo território português, que bem merece o nome de Terra
de Santa Maria”.
Por Pe. Roque Vicente Beraldi.
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