Em Lisboa, Portugal, na capela de Nossa
Senhora da Vitória, encontra-se um altar dedicado à Nossa Senhora da Lembrança.
Era um grupo particular de caldeireiros que cuidava da festa e do adorno do
nicho a ela designado. Pelo que se sabe, caprichavam nos enfeites, demonstração
carinhosa de uma sincera devoção. Não era só na capital lusa, mas também na
diocese do Porto fala-se de uma ermida com o mesmo orago.
No livro Santuário Mariano, título 12 do 2º
livro, tomo I, encontra-se uma referência à “Milagrosa imagem de Nossa Senhora
da Lembrança”, venerada na capela do convento dos frades franciscanos, sede da
Ordem Terceira de Nossa Senhora de Jesus. Comentando essa devoção, Frei
Agostinho de Santa Maria descreveu: “é de excelente escultura, de madeira
estofada, tem mais do que seis palmos de altura”.
Essa devoção não ficou estacionada nos
limites da nobre e piedosa nação portuguesa, mas saltou os mares aportando na
Ilha de Goa, na costa do Malabar, Índia Portuguesa. Chegou a essa Arquidiocese
no lugar denominado Murdá. Existe aí, também, uma capela fundada pelos Padres
do Oratório, dedicada à Nossa Senhora da Lembrança.
Na
apresentação de Jesus no Templo, Simeão, tendo o menino nos braços, disse a
Maria (Lucas, 2, 35): “Uma espada traspassará a tua alma...” e o Apocalipse
(12,17) fala do Dragão: “Este, nesse momento, se irritou contra a Mulher, e foi
fazer guerra ao resto de sua descendência (todos os cristãos), aos que guardam
os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus”. Um dos cumprimentos desta
profecia se deu quando “o Marquês de Pombal moveu a perseguição feroz e cruel
contra a benemérita Congregação” dos Padres do Oratório.
A História
Eclesiástica de Portugal, de Monsenhor Miguel de Oliveira, 2ª. edição, p. 303,
diz: “Por aviso régio de 3 de janeiro de 1769, foi determinado aos prelados
portugueses que suspendessem de confessar e pregar todos os Padres da
Congregação do Oratório (divulgadores da devoção à Nossa Senhora da Lembrança),
que mandassem fechar as igrejas em que eles exerciam o ministério, depois de
uma hora da tarde”. Bem que São Paulo disse aos Romanos, capítulo 8, vs. 1:
“Tenho para mim que os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma
com a glória futura que nos deve ser manifestada”. Mesmo neste mundo Deus vem
em socorro dos seus servos. Certamente, vendo o absurdo de tal determinação,
Dª. Maria I anulou esta suspensão, em 5 de abril de 1777.
Oração
Senhor, dadivoso de inúmeros benefícios à
humanidade, concedei por intercessão de Maria, a Senhora da Lembrança, que nos
recordemos sempre da vossa infinita benevolência para cantarmos agora e por toda
a vida, os vossos louvores. Assim Seja!
Por Pe. Roque Vicente Beraldi,
é sacerdote, missionário claretiano
Fonte: http://www.avemaria.com.br/revista.
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