domingo, 20 de abril de 2014

QUARTA DOR DE MARIA


   *A quarta dor de Nossa Senhora é extremamente dolorosa, pois é o encontro de Maria com o seu Filho no caminho do Calvário. É o encontro de dores imensas – as de Jesus que vem sendo torturado, zombado, desprezado, sendo vítima da maldade, do julgamento e da inveja dos poderosos do Templo, do povo que se deixava manipular e principalmente do poder romano. E a dor de Maria que via seu Filho sofrendo todas essas injustiças porque só havia praticado o bem, e a dor de não poder aliviar tal sofrimento, nem tão pouco podia evitar a morte cruenta de cruz, a qual Ele estava sendo conduzido pelos seus carrascos. Era uma dor sem consolo e aos olhos humanos, faltam todos os motivos para a esperança! Todavia, existe no coração dessa mulher a reserva de uma fé inabalável no poder e na pessoa de Deus, pois ela sabia que Jesus Cristo, o Seu Filho era Filho de Deus. Entretanto, mesmo com essa fé inabalável, nada desse mundo serve para aliviar seu sofrimento, nem tão pouco serve de comparação às dores que Maria sofreu junto a Jesus. Portanto, é apropriado chama-la de Nossa Senhora das Dores, pois na sua missão de Mãe de Jesus ela sofreu muitas dores.
   Não se sabe ao certo quando a devoção a Nossa Senhora das Dores surgiu. Alguns historiados remontam ao século XIII, na Alemanha, outros acreditam que seja bem mais antiga. Seja como for, sabe-se que ela está ligada ao encontro de Nossa Senhora com Nosso Senhor no caminho do Calvário.
   **Nossa Senhora das Dores (também é chamada de Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora da Soledade, Nossa Senhora das Angústias, Nossa Senhora das Lágrimas, Nossa Senhora das Sete Dores, Nossa Senhora do Calvário, Nossa Senhora do Monte Calvário ou ainda Nossa Senhora do Pranto, e invocada em latim como Beata Maria Virgo Perdolens, ou Mater Dolorosa), sendo sob essa designação particularmente cultuada em Portugal.
   O culto à Mater Dolorosa iniciou-se em 1221, no Mosteiro de Schönau, na Germânia. Em 1239, a sua veneração no dia 15 de Setembro teve início em Florença, na Itália, pela Ordem dos Servos de Maria (Ordem Servita). Deve-se o seu nome às Sete Dores da Virgem Maria:
1-A profecia de Simeão sobre Jesus (Lucas, 2, 34-35);
2-A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus, 2, 13-21);
3-O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lucas, 2, 41-51);
4-O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas, 23, 27-31);
5-Maria observando o sofrimento e morte de Jesus na Cruz - Stabat Mater (João, 19, 25-27);
6-Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus, 27, 55-61);
7-Maria observa o corpo do filho a ser depositado no Santo Sepulcro (Lucas, 23, 55-56).
   Nossa Senhora das Dores surge representada sendo ferida por sete espadas no seu coração imaculado (algumas vezes uma só espada), dado ter sido trespassada por uma espada de dor, quando da Paixão e Morte de seu Filho, unindo-se ao seu sacrifício enquanto redentor e sendo por isso chamada pelos teólogos de Corredentora do Gênero Humano. É também seu símbolo o Rosário das Lágrimas (ou Terço das Lágrimas), com 49 contas brancas divididas em sete partes de sete contas cada. Aparece também frequentemente representada com uma expressão dolorida diante da Cruz, contemplando o filho morto (donde nasceu o hino medieval Stabat Mater), ou então segurando Jesus morto nos braços, após o seu descimento da Cruz (dando assim origem à temática das Pietà).

*Meditação feita por Maria Marta tendo como guia a Bíblia de Jerusalém


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